Paleossolo
Paleossolo (do grego: παλαιός palaiós‚ "antigo" + "solo"), é a designação dada em geologia, pedologia e paleontologia aos antigos solos que:[1] (1) foram preservados por enterramento sob sedimentos (materiais aluvionares, loess) ou depósitos vulcânicos (lahar's, cinzas, bagacinas e outros piroclastos); ou (2) formaram-se em paleoclimas e foram preservados por prolongada exposição à superfície a condições climáticas muito diferenciadas das originais. Na maioria dos casos, esses solos foram litificados ou sofreram consideráveis alterações ao serem parados ou profundamente alterados os normais processos de pedogénese que os originaram. O estudo destes solos é o objecto da paleopedologia.[2]
Definição[editar | editar código-fonte]
Um paleossolo é um solo «fóssil» e inactivo, formado numa antiga paisagem e preservado por soterramento ou exposto prolongadamente à superfície. Devido ao carácter episódico da acumulação de sedimentos, é frequente que uma sequência sedimentar terrestre contenha paleossolos isolados, sobrepostos ou múltiplos.[1][2]
Os paleossolos são principalmente reconhecíveis pela presença de: (1) vestígeos de raizes de morfologia diversificada, tais como rizólitos, rizoconcreções, rizo-halos, paleorizosferas ou estruturas similares; (2) horizontes principais e subordinados, definidos por mudanças composicionais, estructurais ou de coloração; e (3) macro e micro-estruturas edáficas, como por exemplo agregados (peds), glébulas (nódulos, concreções ou motas), cutans e pedotúbulos.[1]
Notas
Referências[editar | editar código-fonte]
- Retallack, G.J., 2001, Soils of the Past, 2nd ed. New York, Blackwell Science. ISBN 0-632-05376-3
- Kraus, M.J., 1999, Paleosols in clastic sedimentary rocks: their geologic applications, Earth Science Review 47:41-70.