Panthera onca mesembrina

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPanthera onca mesembrina
Ocorrência: Pleistoceno - 1,5–10,8 Ma

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Subfamília: Pantherinae
Género: Panthera
Espécie: Panthera onca
Subespécie: P. onca mesembrina
Nome trinomial
Panthera onca mesembrina
Cabrera, 1934[1]

Onça-gigante-sul-americana (Panthera onca mesembrina) foi uma subespécie gigante das atuais onças-pintadas que viveu durante o Pleistoceno entre 1,5 milhão há 10,8 mil anos na América do Sul e Central.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Ilustração de uma Phantera Onca Mesembrina no cerrado há 84.000 anos.

Essa espécie era um felino de grande porte maior que a onça atual da qual era parente próximo. Tinha o porte aproximado de um leão adulto, com cerca de 1,0 metro de altura e de 1,50 m a 2,90 m de comprimento e um peso estimado de 50 a até 200 kg. Seu corpo era robusto e musculoso bem adaptado ao clima e forte o suficiente para abater grandes presas. Competia também com outros grandes predadores da época e por serem maiores que elas as onças gigantes se adaptaram ás grandes florestas e pântanos alagadiços, deixando as áreas abertas para eles. Tal adaptação gerou a eximia habilidade desses felinos em escalar, arrastar presas para o alto das arvores, caçar entre arbustos, troncos e na água, pois devido às grandes inundações durante a cheia nas florestas as onças desenvolveram sua grande capacidade de nado.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

A Panthera onca mesembrina era maior que qualquer onça pintada atual e possuía esse tamanho todo por causa da grande abundância alimentar de animais de grande porte, se alimentava principalmente, de cavalos, lhamas (Palaeolama), tatus gigantes, veados, antas, capivaras, macrauquenias e das menores espécies de preguiças gigantes, usando a camuflagem de sua pele pintada e entre os arbustos, onde armava emboscadas para suas vitimas. Mas por causa da grande concorrência com os outros predadores grandes da época, como o tigre-dentes-de-sabre-sul-americano (Smilodon populator), ursos e matilhas de lobos-pré-históricos (Canis dirus), talvez tivessem o costume de levar sempre suas presas para o alto das árvores, ou as esconder em cavernas, pois esses outros grandes predadores carniceiros podiam a roubar, e algumas cavernas também poderiam ter servido como tocas para abrigo e criação de filhotes.

Descoberta[editar | editar código-fonte]

Os seus fósseis foram descobertos a partir de Cueva del Mylodon, no Chile e foram examinados em 1934. Outros restos fósseis foram descobertos no Piauí, Brasil. Dois espécimes foram examinados por Legendre e Roth para calcular a massa corporal. O primeiro espécime foi estimado para ter um peso de 46,3 kg (100 libras). O segundo foi estimado ter um peso de 129,1 kg (280 libras).

Origem[editar | editar código-fonte]

As onças gigantes surgiram através do ancestral do gênero Panthera, o jaguar-europeu(Panthera gombaszoegensis), que migrou da Europa e Ásia cruzando o Estreito de Bering há cerca de 2 milhões de anos, chegando a América do Norte e em seguida migrarando para o sul pela América Central, através do Grande Intercambio Americano, onde se estabeleceram entrando em extinção juntamente com as outras espécies da megafauna, há 10.000 anos.

Referências

  1. Cabrera A. 1934. Los yaguares vivientes y extinguidos de la América austral. Notas Preliminares del Museo de la Plata 2:34-50.

http://www.avph.com.br/pantheraoncamesembrina.htm

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