Papinho-amarelo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaPapinho-amarelo

Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Animalia
Sub-reino: Bilateria
Infrarreino: Deuterostomia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Sarcopterygii
Subclasse: Neognathae
Infraclasse: Neognathae
Ordem: Saurischia
Família: Cotingidae
Género: Piprites
Espécie: Piprites chloris
Subespécie: Piprites chloris grisescens
Distribuição geográfica

O papinho-amarelo (Piprites chloris), chamado em espanhol de bailarín verde (na Argentina e no Paraguai, saltarín oliva (em Colômbia), piprites alibandeado (no Equador), piprites de asa barrada (em Peru) ou quejoso asa barreteada (em Venezuela) é uma espécie de ave paseriforme da família Tyrannidae, uma das três pertencentes ao género Piprites.[1] Anteriormente era incluída na família Pipridae, mas actualmente, com base em estudos genéticos, demonstrou-se sua inclusão dentro da família Tyrannidae. É nativo de América do Sul.

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Distribui-se numa imensa área do centro norte do continente sulamericano que inclui a bacia amazônica, o escudo das Guianas e regiões montanhosas do norte, incluindo Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, norte e oeste de Brasil, este de Equador, este de Peru e norte de Bolívia; e também em áreas do este e sudeste de Brasil, este de Paraguai, e extremo nordeste de Argentina.

Esta é considerada pouco comum em seus habitats naturais: o estrato médio e o sub-dosselel de selvas húmidas, principalmente abaixo dos 1300 m de altitude.[2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Mede de 12,5 a 13 cm de comprimento. O dorso e a coroa são de cor verde oliva brilhante. A nuca é cinza. As bochechas e a zona loreal podem ser amarelas ou cinzas, a frente e a garganta amarelas ou verde oliva, o ventre amarelo oliváceo a cinza clara.[2] As asas com linhas e pontos brancos e negros, podem apresentar filetes amarelados.[3]

Sistémica[editar | editar código-fonte]

Descrição original[editar | editar código-fonte]

A espécie P. chloris foi descrita pela primeira vez pelo naturalista holandês Coenraad Jacob Temminck em 1822 sob o nome científico Pipra chloris; sua localidade tipo é: "Brasil, limitado posteriormente a Ipanema, São Paulo".[1]

Etimología[editar | editar código-fonte]

O nome genérico feminino Piprites compõe-se das palavras do grego "πιπρα pipra" ou "πιπρω piprō": pequena ave mencionada por Aristóteles e outros autores mas nunca propriamente identificada, e associada aos coloridos pássaros neotropicais do gênero Pipra, e "ιτης itēs": ‘parecido’, ‘similar a’; significando "que parece um Pipra"; e o nome da espécie "chloris" prove/provem do grego khlōris que significa ‘verde’ .[4]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

É parente próxima a Piprites griseiceps. A subespecie chlorion é bastante diferente, diferencia-se das outras por seu manto, lados do pescoço, colar trasero e alto da garganta até o baixo ventre cinza (e não amarelo/oliva) e pelo médio ventre esbranquecido e não amarelo pálido; mas não se detectaram diferenças vocais, e a cauda mais curta supõe seja associada à subespecie tschudii.[5]

Subespecies[editar | editar código-fonte]

Segundo as classificações do Congresso Ornitológico Internacional (IOC) e Clements Checklist/eBird v.2021 reconhecem-se sete subespecies, com sua correspondente distribuição geográfica:

  • Piprites chloris antioquiae Chapman, 1924 – Andes centrais de Colômbia (Antioquia).
  • Piprites chloris boliviana Chapman, 1924 – norte tropical de Bolívia e sudoeste da Amazonia brasileira.
  • Piprites chloris chlorion (Cabanis), 1847 – sudeste de Venezuela, as Guayanas e norte de Brasil.
  • Piprites chloris chloris (Temminck), 1822 – sudeste de Brasil (desde Espírito Santo) até o este de Paraguai e nordeste de Argentina (Missões)
  • Piprites chloris grisescens Novaes, 1964 – norte de Brasil, leste do Pará.
  • Piprites chloris perijana Phelps & Phelps & Phelps Jr Jr, 1949 – Serranía do Perijá, na fronteira nordeste de Colômbia, noroeste de Venezuela, e Andes do oeste de Venezuela.
  • Piprites chloris tschudii (Cabanis), 1874 – sudeste de Colômbia até o centro de Peru e noroeste de Brasil.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Piprites Verde Piprites chloris (Temminck, 1822) en Avibase. Consultado el 27 de noviembre de 2019.
  2. a b Tudor, Guy; Ridgely (2009). Field guide to the songbirds of South America: the passerines. Col: Mildred Wyatt-World series in ornithology (em inglês) 1.ª ed. Austin: University of Texas Press. ISBN 978-0-292-71748-0. Piprites chloris, p. 289, lámina 63(11)  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  3. Bailarín verde Piprites chloris Erro na predefinição wayback: Verifique |url= value. Vazio.; AvesPampa.
  4. Jobling, J.A. (2010). Helm Dictionary of Scientific Bird Names (em inglês). Londres: Bloomsbury Publishing. pp. 1–432. ISBN 9781408133262. Piprites, Pipra p. 308; chloris p. 102 
  5. Snow, D. & de Juana, E. (2020). del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E., ed. «Wing-barred Piprites (Piprites chloris), version 1.0.». Birds of the World (em inglês). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. Consultado em 12 de outubro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]