Paule Marshall

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paule Marshall
Nascimento 9 de abril de 1929
Brooklyn
Morte 12 de agosto de 2019 (91 anos)
Richmond
Prémios Prémio John Dos Passos (1989)
Género literário romance, conto
Movimento literário pós-modernismo

Paule Marshall (Brooklyn, 9 de abril de 1929 - Richmond, 12 de agosto de 2019) foi uma escritora estadunidense.[1]

Nascida no seio de uma família negra oriunda das ilhas Barbados, nas suas obras descreve as condições de vida e sociais dos negros da América do Norte e das Antilhas.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Filha de Ada Clement e Samuel Burke, Marshall nasceu no dia 9 de abril de 1929, na cidade do Brooklyn e recebeu o nome de Valenza Pauline Burke. Passou sua infância no bairro de Stuyvesant Heights. Seu pai imigrou de Barbados para os Estados Unidos, em 1919, e trabalhou em uma fábrica de colchões. Burke deixou a família, quando Marshall ainda era criança, para seguir um culto religioso. E sua mãe trabalhou como governanta. Marshall, com 9 anos de idade, morou com sua avó por um ano em Barbados, e quando retornou, passou a escrever poemas sobre suas reflexões.[2][3][4][5]

Marshal apreciava romances britânicos antigos, as poesias em dialeto de Paul Laurence Dunbar e obras de Hurston e Hughes.[6]

Se formou no ensino médio pela Bushwick High School. Estudou na Hunter College com o objetivo de se tornar assistente social. Após um ano de estudos, contraiu tuberculose. Quando melhorou, foi estudar literatura inglesa no Brooklyn College, e se formou no ano de 1952.[3][4][7]

Em 1950, casou-se com Kenneth Marshall, com quem teve um filho chamado Evan Marshall em 1959. E se divorciaram em 1963. Em 1970, casou-se com Nourry Menard.[2][4][5]

Em 12 de agosto de 2019, Marshall falece aos 90 anos de idade, devido a demência.[7]

Vida profissional[editar | editar código-fonte]

Marshall, assim que se formou, trabalhou brevemente como bibliotecária. Logo depois, trabalhou como jornalista pela Revista Nosso Mundo, e escreveu artigos do Brasil e de Barbados. Enquanto trabalhava para a revista, escrevia seu primeiro romance, Brown girl, Brownstone, em seus tempos livres.[3][5][7][8]

No ano de 1960, recebeu o Guggenheim Fellowship e publicou seu segundo livro, o Soul Clap Hands and Sing em 1961, que ganhou o prêmio National Institute of Arts. Em 1964, o poeta Langston Hughes convidou Marshall para acompanhá-lo em uma turnê pela Europa, devido ao sucesso de seus dois primeiros livros.[2][5]

Nos anos de 1970, trabalhou na Universidade de Yale, na Columbia, na Iowa Writer's Workshop e na Universidade da Califórnia. Entre os anos de 1984 e 1994, trabalhou como professora de escrita criativa e literatura inglesa na Universidade de Virginia Commonwealth. Em 1997, foi professora de literatura e cultura na Universidade de Nova York, onde ocupou a Helen Gould Sheppard Chair of Literature and Culture; e no ano de 2009, Marshall se aposenta como professara.[2][5][9][10]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Brown girl, Brownstone (1959)[1]
  • Soul clap hands and sing (1961)[1]
  • Some Get Wasted (1964)[7]
  • To Da-Duh: In Memorandum (1967)[7]
  • The Chosen Place, The Timeless People (1969)[2]
  • Reena and other Stories (1983)[9]
  • Praisesong for the widow (1984)[1]
  • Daughters (1991)[3]
  • The Fisher King (2001)[2]
  • Triangular Road (2009)[2]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Guggenheim Fellowship (1960)[7]
  • The American Book Award (1984)[7]
  • The Langston Hughes Medallion Award (1986)[7]
  • John dos Passos (1989)[2]
  • MacArthur Fellowship (1992)[7]
  • Library Lion (1994)[10]
  • Anisfield-wolf book awards (2009)[2]

Referências

  1. a b c d e «Paule Marshall». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 12 de dezembro de 2019 
  2. a b c d e f g h i Innes, Lyn (19 de agosto de 2019). «Paule Marshall obituary». The Guardian (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2022 
  3. a b c d Sandomir, Richard (16 de agosto de 2019). «Paule Marshall, Influential Black Novelist, Dies at 90». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  4. a b c «Paule Marshall, Educator, and Writer born». African American Registry (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2022 
  5. a b c d e Weller, Talmage; Washington, Sharlene; e Sims Alicia. (23 de maios de 2001). Voices from the Gapsː Paule Marshall. (em inglês). University of Minnesota
  6. «Paule Marshall, author of 'Daughters,' 'Brown Girl, Brownstones,' dead at 90». USA TODAY (em inglês). 16 de agosto de 2019. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  7. a b c d e f g h i Hoffman, Brian Gene (12 de março de 2008). «Paule Marshall (1929-2019)». Black Past (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2022 
  8. Smith, Harrison (16 de agosto de 2019). «Paule Marshall, literary chronicler of the African diaspora, dies at 90». Washington Post (em inglês). ISSN 0190-8286. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  9. a b «Paule Marshall». Anisfield-Wolf Book Awards (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2022 
  10. a b McNeill, Brian (16 de agosto de 2019). «In memoriam: Paule Marshall, acclaimed writer and VCU professor emeritus». VCU News (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2022 
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.