Paulo Hecker Filho

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Paulo Hecker Filho
Nascimento 26 de julho de 1926
Porto Alegre
Morte 12 de dezembro de 2005 (79 anos)
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Poeta, crítico literário, contista, novelista, dramaturgo, tradutor e editor
Principais trabalhos Diário

Paulo Hecker Filho (Porto Alegre, 26 de julho de 192612 de dezembro de 2005)[1] foi um poeta, crítico literário, contista, novelista, dramaturgo, tradutor e editor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de um conhecido espiritualista que lotava cinemas por ocasião de suas palestras, foi também advogado, formado pela PUC - RS, jornalista e redator de publicidade. Fez parte de conhecidas revistas literárias do Rio Grande do Sul, tais como a Quixote, da qual foi o primeiro editor-chefe, e Fronteira, tendo fundado a revista chamada Crucial. No período de duração da Crucial (1952 - 1954) manteve correspondência com Oswald de Andrade, a qual foi publicada nas páginas da revista [2]

Participou também, desde o início, do grupo homômino que deu origem à referida Revista Quixote, junto com nomes como Raymundo Faoro, da ABL. Polemista, terminou por ser afastado da função de redator da primeira revista do grupo, o qual ele próprio ajudou a fundar (Quixote).

Como poeta, privilegiou os poemas que publicou a partir da década de 1980, republicando nesta época poemas revistos e também poemas inéditos que o autor não considerava prontos até então.

Como tradutor, transcriou poetas como Guillaume Apollinaire e Arthur Rimbaud. Publicou livros de prosa desde 1949, e de poemas desde 1950, havendo incluindo os poemas da década de 50 refeitos nos livros publicados a partir de 1985. Vencedor de prêmios literários com poemas e peças teatrais, já teve uma novela traduzida em 1983 nos EUA (Internato, de 1951), a pedido do editor Winston Leyland.[3]

Publicou crítica literária durante quarenta anos em jornais tais como O Estado de S. Paulo, 'Zero Hora e Correio do Povo.

Por ocasião do Prêmio Parks do ano de 1949, do qual Hecker saiu como vencedor, com um ensaio feito de observações não-acadêmicas produzidas na adolescência sobre obras literárias, Carlos Drummond de Andrade comenta em carta: “Não conheço outro caso entre nós de uma aventura intelectual tão vivida aos vinte anos como a sua.”[4]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Cassiano Ricardo (1986), com a obra “Perder a vida”.
  • Prêmio Sagol para melhor peça de teatro do ano no RS (1957), com “O provocador”.
  • Prêmio PARKS de melhor ensaio do ano no país (1949), "O Diário".

Obra resumida[editar | editar código-fonte]

Obra poética[editar | editar código-fonte]

  • Patética (1955) - Hiperion. Porto Alegre.
  • Perder a vida (1985) – Editora Tchê! Porto Alegre.
  • Cartas de amor (1986 – formado de dois capítulos de “A vida nos braços”, 1954) – Editora Tchê!
  • A noite não se importa (1987) - Editora Tchê! Porto Alegre.
  • Araponga (1988) - Editora Tchê! Porto Alegre.
  • Os adeuses (1989) - Editora Thcê! Porto Alegre.
  • Vento, águia, coelho (1991) – Coleção Petit poa. Coordenação do Livro e Literatura. Prefeitura de Porto Alegre.
  • Poesia como espetáculo (2004) - Livraria Nova Roma, 2004. Porto Alegre.

Crítica e autocrítica[editar | editar código-fonte]

  • Diário (1949) – Edição do autor.
  • Um tema crucial (Editora Sulina), 1989)

Contos e Novelas[editar | editar código-fonte]

  • Internato(1951)
  • O digno do homem (1957)
  • Todas as mulheres (1986)

Teatro[editar | editar código-fonte]

  • O adolescente (1952)
  • O provocador (1957)
  • Camões, nosso contemporâneo (1972)

Traduções[editar | editar código-fonte]

  • Apollinaire, Guillaume. Escritos de Apollinaire. Porto Alegre: LP&M, 1984.
  • Leblanc, Maurice. Ladrão de casaca. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1972.
  • Leblanc, Maurice. Arsène Lupin contra Sherlock Holmes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1979.
  • Leblanc, Maurice. As oito pancadas do relógio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
  • Nerval, Gérard de. Aurélia. Porto Alegre: LP&M, 1997.
  • Rimbaud, Arthur. Uma temporada no inferno. Porto Alegre: LP&M, 1997.
  • Sade, Marquês de. O marido complacente. Porto Alegre: LP&M, 1997. (1984, L&PM)
  • Escobar, Jaime Jaramilo. X-504, seleção de poemas e prosa. Editora e ano não informados; informação do autor. Fonte: Vento, águia, coelho (1991) – Coordenação do Livro e Literatura. Prefeitura de Porto Alegre.
  • Rojas, Fernando de. A Celestina (Editora Sulina, 1990)
  • Yasunari, Kawabata.Nuves de ássaros Brancos.Rio de Janeiro:Editora Nova Fronteira.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Delfos - Espaço de Documentação e Memória Cultural. PUC. Porto Alegre. RS.
  • Hecker Filho, Paulo. Vento, águia, coelho (1991) – Coleção Petit poa. Coordenação do Livro e Literatura. Prefeitura de Porto Alegre.
  • Silveira, Éder. Tabuleiro de Letras. Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem. Nº 5, Dezembro de 2012. Uneb
  • Miranda, Antonio. Paulo Hecker Filho. Site de Poesia Ibero-americana. 2009, revisto em 2013.
  • Kawabata, Yasunari.Nuvens de Pássaros Brancos.

Referências