Pena de morte na Grécia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A pena de morte na Grécia moderna foi realizada com a guilhotina (até 1913) ou com o pelotão de fuzilamento. Foi aplicada pela última vez em 1972, e a pena de morte foi abolida em etapas entre 1975 e 2005.

História[editar | editar código-fonte]

As execuções durante a Guerra da Independência Grega foram realizadas por pelotão de fuzilamento, embora quando a monarquia introduziu o Código Penal em 1834, a decapitação por guilhotina se tornasse o único modo de execução.[1] Em 1847, dificuldades em disponibilizar a guilhotina para cada execução[2] fizeram com que o governo estabelecesse o pelotão de fuzilamento como um modo alternativo de execução. Ambos seriam usados até o pelotão de fuzilamento ser estabelecido como o único meio de execução em 1929 (a última execução por guilhotina ocorreu em 1913). Mais de 3.000 execuções ocorreram entre 1946 e 1949 durante a Guerra Civil Grega.[3] A última execução ocorreu em 25 de agosto de 1972, quando Vassilis Lymberis, de 27 anos, foi morto a tiros pelo pelotão por causa do assassinato de sua esposa, sogra e dois filhos (ele os queimou vivos dentro de casa) na ilha de Creta.[4]

A pena capital foi abolida por crimes em tempos de paz que não sejam alta traição durante a guerra pelo artigo 7 da Constituição de 1975.[5] Anteriormente, três policiais foram condenados à morte durante os Julgamentos da Junta grega, mas essas sentenças foram comutadas para prisão perpétua pelo governo Karamanlis.

Em 1997, a Grécia ratificou o Segundo Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, visando a abolição da pena de morte; no entanto, foi feita uma reserva permitindo o uso da pena de morte para os crimes mais graves, ou seja, alta traição, cometida durante a guerra. O Protocolo nº 6 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), que prevê a abolição da pena de morte em tempos de paz, foi ratificado em 1998.[6]

A Grécia aboliu a pena de morte para todos os crimes em 2004.[7] Em 2005, a Grécia ratificou o Protocolo n.º 13 à CEDH, relativo à abolição da pena de morte em todas as circunstâncias.[8]

O partido Golden Dawn pediu em 2013 a restauração da pena de morte para imigrantes condenados por crimes violentos.[9]

Referências

  1. Vojtěch Jirat-Wasiutyński (2007). Modern Art and the Idea of the Mediterranean. University of Toronto Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8020-9170-3 
  2. The Athenæum. [S.l.: s.n.] 1847 
  3. Mark Mazower (Janeiro de 2000). After the War was Over: Reconstructing the Family, Nation, and State in Greece, 1943-1960. Princeton University Press. [S.l.: s.n.] pp. 81–. ISBN 0-691-05842-3 
  4. "1972: Vassilis Lymberis, the last executed in Greece", Executed Today, accessed 24 November 2015
  5. Philippos K. Spyropoulos; Théodore Fortsakis (2009). Constitutional Law in Greece. Kluwer Law International. [S.l.: s.n.] ISBN 978-90-411-2878-2 
  6. Chart of signatures and ratifications of Treaty 114, Council of Europe Treaty Office, accessed 24 November 2015
  7. "International Views on the Death Penalty" Arquivado em 2012-11-06 no Wayback Machine, Death Penalty Focus, accessed 24 November 2015
  8. Chart of signatures and ratifications of Treaty 187, Council of Europe Treaty Office, accessed 24 November 2015
  9. "Golden Dawn Seeks Death For Violent Migrants", Greek Reporter, 31 March 2013

Ligações externas[editar | editar código-fonte]