Petrônio Domingues

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Petrônio Domingues
Cidadania Brasil
Ocupação professor universitário, historiador, escritor

Petrônio José Domingues[onde?][quando?] é um professor e historiador brasileiro, especializado no estudo da história do negro no Brasil no período pós-abolição.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

É graduado em História, mestre em História Econômica e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, e pós-doutor em História do Brasil Republicano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi professor visitante da Universidade Estadual da Nova Jersey, nos Estados Unidos, e deu aulas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Leciona nos programas de pós-graduação em História e Sociologia na Universidade Federal de Sergipe, onde também coordena o Grupo de Pesquisa Pós-Abolição no Mundo Atlântico.[2]

Obra[editar | editar código-fonte]

Seu trabalho como historiador enfoca diversos aspectos da história do negro no Brasil, como os movimentos sociais e políticos, memória, cidadania, associativismo, racismo e relações raciais, mobilidade social e protagonismo, participação feminina, revisão da historiografia, relações com a diáspora africana, identidade, negritude, contribuição do negro para a construção da sociedade e outros.[1][3][4][5][6][7]

Tem grande bibliografia científica publicada. Segundo João Batista Gregoire, Domingues tem se destacado como "um dos maiores estudiosos da história do ativismo negro político" e como "um historiador comprometido em expandir o entendimento do multifacetado papel do negro na construção da sociedade brasileira".[3] Segundo Flávio Gomes, "é um dos mais produtivos historiadores de uma nova geração que vem se debruçado sobre a pós-abolição",[6] área em que é um dos pioneiros[3] e uma referência, procurando desfazer mitos e resgatar a verdade histórica.[7] Em 2020, com o livro Protagonismo negro em São Paulo: história e historiografia, foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti nas categorias Ciências Humanas e Capas, o mais importante prêmio literário do Brasil.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Heinzelmann, Claudia & Palaoro, Pedro. "Estação dos Livros 2020 #04". Rádio da Universidade — UFRGS, 04/11/2020
  2. "Professor da UFS é finalista do Prêmio Jabuti com obra sobre protagonismo negro". Universidade Federal de Sergipe, 27/10/2020
  3. a b c Gregoire, João Batista Nascimento. "Ativismo político negro e o populismo em São Paulo". In: Varia Historia, 2021; 37 (73)
  4. Silva, Danilo Santos da. "Africanidade, cultura histórica e ensino de história na trajetória da população negra no século XX". In: Rocha, Solange P. & Guimarães, Matheus Silveira (orgs.). Conexões, conhecimentos e saberes: extensão, conhecimentos e saberes: extensão, ensino e pesquisa para uma educação das relações étnico-raciais. Editora UFPB, 2019, pp. 48-77
  5. Santos, Lucas Andrade dos. Em quê a raça precisa de defesa? A Frente Negra da Bahia (1932-1934). Mestrado. Universidade Federal da Bahia, 2018, pp. 15; 94
  6. a b Gomes, Flávio. "Visitando liberdades". In: Revista Pesquisa FAPESP, 2020 (293)
  7. a b Ranieri, Gustavo. "Protagonismo negro". SESC-SP, 2019