Piaractus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaPiaractus

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Serrasalmidae
Género: Piaractus
Espécies
Ver texto

Piaractus é um gênero de peixes serrasalmídeos sul-americanos de água doce.[1] As duas espécies tradicionalmente reconhecidas como Piaractus são muito parecidas e já foram incluídas no gênero Colossoma.[2][3] A terceira espécie foi descrita em 2019 como uma nova espécie, mas era formalmente considerada uma subpopulação de P. brachypomus.[4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome do gênero Piaractus tem origem no grego, piar que significa a "gordura" ou "o lado com gordura de um corpo" e aktos que significa "carregar", significando algo como "transportador de gordura".[5]

São vulgarmente conhecidos como "Pacu", palavra originaria do tupi-guarani que significa "comedor rápido".[6]

Espécies[editar | editar código-fonte]

[1][4]

O gênero Piaractus foi descrito primeiro por Eigenmann, em 1903. Goslin fez a separação do gênero com base na anatomia dos dentes, nadadeira adiposa e características ósseas, em 1951. Em 1961, Nélson marcou novas características como a morfologia da bexiga natatória e anatomia interna.[7]

O gênero se diferenciou do gênero Colossoma porque a bexiga natatória tem sua parte frontal menor que a traseira e essa apresenta apenas uma faixa muscular. Outras características são a presença de seis ou mais dentes especializados na fileira principal da mandíbula inferior e a nadadeira anal com 28 a 30 raios.

A pirapitinga e o pacu-caranha são espécies muito parecidas, quase indissociáveis morfologicamente. A pirapitinga habita as planícies da Amazônia, ao norte da América do Sul, enquanto o Pacu-caranha é endêmico no sul do continente, nas bacias dos rios Paraná e Paraguai. São espécies altamente especializadas e adaptadas às várzeas e não são encontradas fora desse sistema ecológico. Também não são encontrados em rios de águas negras como o Rio Negro. São ambas espécies onívoras.

Quando jovens alimentam-se principalmente de plâncton, enquanto adultos comem principalmente alimentos de origem vegetal, embora haja consumo de insetos e outras fontes. Embora P. brachypomus e P. mesopotamicus tenham os mesmos hábitos alimentares, eles ocupam nichos ecológicos diferentes nas águas onde são encontrados. P. brachypomus é mais ativo principalmente no início da manhã, enquanto P. mesopotamicus é mais ativo ao anoitecer.[8]

Referências

  1. a b «Piaractus». Fishbase. Consultado em 14 de março de 2024 
  2. «genus Piaractus» (em inglês). OPEFE. Consultado em 14 de março de 2024 
  3. «Piaractus brachypomus» (em inglês). USGS. Consultado em 14 de março de 2024 
  4. a b Maria Doris Escobar Lizarazo el al (abril de 2019). «A new species of Piaractus (Characiformes: Serrasalmidae) from the Orinoco Basin with a redescription of Piaractus brachypomus» (em inglês). Journal of Fish Biology. Consultado em 14 de março de 2024 
  5. «Piaractus brachypomus» (em en=). Fish Base. Consultado em 15 de março de 2024 
  6. Melyssa Maier (7 de maio de 2018). «Pacu-fish» (em inglês). Sciencing. Consultado em 15 de março de 2024 
  7. «Piaractus» (em inglês). OPEFE. Consultado em 15 de março de 2024 
  8. Ulrich Saint-Paul (1988). «Diurnal routine O2 consumption at different O2 concentrations by Colossoma macropomum and Colossoma brachypomum (Teleostei: Serrasalmidae)» (em inglês). Comparative Biochemistry and Physiology Part A: Physiology. Consultado em 15 de março de 2024