Plano Banzer

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O Plano Banzer é o nome dado a um plano vazado para desacreditar a teologia da libertação e suprimir a dissidência de esquerda na Igreja Católica Romana. Apoiado por dez governos latino-americanos na década de 1970, o chamado Plano Banzer foi originalmente formulado na Bolívia em 1975. Foi desenvolvido em colaboração com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.[1] O nome provém do presidente Hugo Banzer, então governante da Bolívia.

Histórico[editar | editar código-fonte]

O chamado Plano Banzer, elaborado pelo Ministério do Interior boliviano com o apoio da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, foi desenvolvido no início de 1975 e posteriormente vazado para a igreja por um funcionário indignado do governo. O coronel Hugo Banzer, então governante da Bolívia, apresentava-se como um defensor da "civilização cristã".[2] Os alvos incluíam Jorge Manrique Hurtado, arcebispo de La Paz, e as táticas sugeridas envolviam plantar documentos nas dependências eclesiásticas e censurar ou fechar propriedades da igreja e estações de rádio.[3] Nas áreas rurais, as paróquias foram invadidas, os padres foram presos e expulsos e, às vezes, torturados e assassinados.[1]

O plano foi endossado por outros nove governos latino-americanos em 1977.[3]

Notas de rodapé[editar | editar código-fonte]

  1. a b Orta 2004, p. 95.
  2. Linden 2009, pp. 122–123.
  3. a b Berryman 1987, p. 101.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Banzer Plan».