Poliana Okimoto

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Poliana Okimoto
Poliana Okimoto
Natação
Nome completo Poliana Okimoto
Estilo maratona aquática
Nascimento 8 de março de 1983 (41 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Medalhas
Competidora do Brasil
Jogos Olímpicos
Bronze Rio 2016 10 km
Campeonatos Mundiais
Ouro Barcelona 2013 10 km
Prata Barcelona 2013 5 km
Bronze Roma 2009 5 km
Bronze Barcelona 2013 5 km equipe
Jogos Pan-Americanos
Prata Rio de Janeiro 2007 10 km
Prata Guadalajara 2011 10 km

Poliana Okimoto (São Paulo, 8 de março de 1983) é uma maratonista aquática brasileira.[1][2]

Com sua medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2016, tornou-se a primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica na natação feminina.[3]

Poliana é 3.º sargento do Exército Brasileiro.[4]

Trajetória esportiva[editar | editar código-fonte]

Poliana nada desde os dois anos de idade, e começou a competir aos sete anos.[5] Aos 14 anos, passou a nadar pelo Corinthians, seu primeiro clube.[6] Competiu pelo Vasco em 2000, voltou ao Corinthians em 2001, transferiu-se para a Universidade Santa Cecília (UNISANTA) em 2003, defendeu o Pinheiros de 2004 a 2009, retornou ao Corinthians em 2010, foi para o Minas em 2012, e em 2013 retornou à UNISANTA, onde encerrou a carreira.[7][8]

Esteve no Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta de 2002 em Moscou, onde ficou em 18.º lugar nos 800 metros livre.[9]

Venceu a Travessia dos Fortes nas edições de 2005 e 2010.[2][10]

Poliana terminou em segundo lugar na prova dos 5 km do Campeonato Mundial de Natação em Águas Abertas de 2006, em Nápoles.[11] Na largada da prova de 10 km do mesmo evento, ela levou uma cotovelada na orelha da competidora russa Larisa Ilchenko, que perfurou seu tímpano, obrigando-a a fazer uma cirurgia e ficar três meses sem nadar.[12] Apesar disso, ela também conquistou a medalha de prata nesta prova.[2][11]

Competiu na primeira aparição da modalidade nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, em que recebeu a medalha de prata na prova de 10 km, sendo a primeira medalha brasileira desta edição.[2][13]

Nos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim, Poliana chegou em sétimo lugar na prova da maratona aquática feminina.[1][2]

Em 2009, ela conquistou a Copa do Mundo de Maratona Aquática, vencendo 9 das 11 etapas disputadas, tornando-se a primeira brasileira campeã da modalidade.[2]

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2009, obteve a medalha de bronze na maratona aquática de 5 km. Com isso, quebrou um jejum de 15 anos para o Brasil no mundial, e tornou-se a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha na história da competição.[14] Ela também terminou em sétimo lugar na maratona de 10 km.

Foi considerada pela Revista Época uma dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[15]

Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, ela repetiu o resultado de 2007 e novamente obteve a medalha de prata na prova de 10 km.[16]

Participou das Olimpíadas de 2012 em Londres, na prova da maratona aquática feminina, na qual foi desclassificada após sofrer hipotermia e desmaiar após desistir da prova.[17]

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2013 em Barcelona, Poliana obteve um desempenho histórico: primeiro ganhou a medalha de prata na Maratona Aquática de 5 km, fazendo dobradinha com a brasileira Ana Marcela Cunha, que ganhou o bronze;[18] poucos dias depois tornou-se campeã mundial, obtendo a medalha de ouro na prova de 10 km, novamente fazendo dobradinha com Ana Marcela Cunha, que obteve a prata;[19] ganharia, ainda, a medalha de bronze na prova por equipes, com Allan do Carmo e Samuel de Bona, fechando sua campanha no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2013 com três medalhas conquistadas.

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2015, ela terminou em sexto lugar na maratona aquática de 10 km.[20][21]

Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, Poliana inicialmente terminou em quarto. Uma desclassificação da segunda colocada, a francesa Aurélie Muller, deu a ela o bronze, a primeira medalha de uma mulher brasileira na natação olímpica.[22]

Okimoto aposentou-se do esporte profissional em dezembro de 2017, citando como razões a vontade de ser mãe e a perda de patrocinadores.[8] Na última prova da carreira, participou do quarteto que venceu o evento Rei e Rainha do Mar, no Rio de Janeiro.[23]

Em 2018, entrou para o International Marathon Swimming Hall of Fame.[24][11]

Conquistas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Perfil no Sports Reference». Sports Reference. 2013. Consultado em 8 de março de 2013 
  2. a b c d e f «Campeã mundial Poliana Okimoto revela fobia: 'Morria de medo do mar'». SporTV. 24 de janeiro de 2012. Consultado em 8 de março de 2013 
  3. Diego Garcia. «Francesa é desclassificada, Okimoto herda bronze e é 1ª medalhista mulher do Brasil na natação». ESPN Brasil. MSN. Consultado em 15 de agosto de 2016 
  4. «Sargento Poliana Okimoto garante vaga para o mundial de natação». Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Consultado em 15 de agosto de 2016. Arquivado do original em 18 de agosto de 2016 
  5. Lajolo, Mariana (15 de agosto de 2016). «Aos 33, Poliana Okimoto sobe ao pódio 20 anos após 1ª convocação para seleção». Folha de S. Paulo. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2016 
  6. «Poliana Okimoto se junta a ídolos históricos na Calçada da Fama do Corinthians». Sport Club Corinthians Paulista. 31 de agosto de 2019. Consultado em 8 de março de 2024 
  7. Faria, Elizabeth (10 de junho de 2016). «Poliana Okimoto: Medalhista Olímpica, sinônimo de superação e pioneirismo». Unisanta. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2020 
  8. a b «Emocionada, Poliana Okimoto anuncia aposentadoria: "Quero muito ser mãe"». ge. 4 de dezembro de 2017. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2021 
  9. «Resultados dos 800m livres no Mundial de Moscou 2002». OmegaTiming. 4 de abril de 2002. Consultado em 27 de março de 2013 
  10. «Poliana domina Travessia dos Fortes e conquista 1º título pelo Corinthians». Uol. 4 de abril de 2010. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 8 de março de 2024 
  11. a b c Costa, Guilherme (18 de outubro de 2017). «Nomeada para o Hall da Fama, Poliana Okimoto se emociona: "Tudo valeu a pena"». ge. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 8 de março de 2024 
  12. «Poliana Okimoto tenta escapar de pancadaria». Tribuna do Norte. 23 de outubro de 2009. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 8 de março de 2024 
  13. «Poliana Okimoto conquista a prata». Globoesporte. 14 de julho de 2007. Consultado em 8 de março de 2013 
  14. «Poliana Okimoto leva bronze e quebra jejum de 15 anos para o Brasil no Mundial». Globoesporte. 21 de julho de 2009. Consultado em 8 de março de 2013 
  15. «Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009». revistaepoca.globo.com. Consultado em 20 de dezembro de 2009 
  16. «Brasileira Poliana Okimoto fatura a prata na maratona aquática». R7. 22 de outubro de 2011. Consultado em 8 de março de 2013 
  17. Leite, José Ricardo (9 de agosto de 2012). «Poliana Okimoto tem hipotermia, desmaia e vai para o pronto socorro após abandonar maratona aquática». Uol. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2012 
  18. Poliana e Ana Marcela levam Brasil ao pódio com prata e bronze nos 5km
  19. Poliana e Ana Marcela fazem história e conquistam ouro e prata nos 10km
  20. «Ana Marcela Cunha é bronze nos 10 quilômetros da maratona aquática e garante vaga na Olimpíada». R7. 28 de julho de 2015. Consultado em 30 de julho de 2015. Arquivado do original em 30 de julho de 2015 
  21. «Resultados da Maratona de 10 km no Mundial de Kazan 2015». OmegaTiming. 28 de julho de 2015. Consultado em 30 de julho de 2015 
  22. «Francesa é desclassificada, Poliana herda bronze e supera trauma de Londres». UOL. 15 de agosto de 2016. Consultado em 15 de agosto de 2016 
  23. «Na despedida de Poliana, Brasil vence Rei e Rainha do Mar nos últimos metros». ge. 10 de dezembro de 2017. Consultado em 8 de março de 2024. Cópia arquivada em 8 de março de 2024 
  24. «Ana Marcela Cunha agora é Hall of Fame». Globoesporte. 27 de março de 2019. Consultado em 27 de março de 2019