Polysom

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Polysom
Polysom
Empresa detentora Deckdisc
Fundação 16 de abril de 1999
Gênero(s) Discos de vinil
País de origem Brasil Brasil
Localização Belford Roxo, RJ
Página oficial www.polysom.com.br

Polysom é uma gravadora de discos de vinil fundada em 16 de abril de 1999 em Belford Roxo, RJ. Foi fundada na época que a indústria fonográfica abandonou o formato de vinil. Em novembro de 2007, já enfrentando inúmeras dificuldades, a fábrica foi obrigada a fechar. Na segunda metade de 2008, os proprietários da Deckdisc, informados do volumoso crescimento na venda de vinis nos Estados Unidos e na Europa, depararam-se com a possibilidade de adquirir o maquinário da antiga fábrica e reativá-la[1]. Em setembro do mesmo ano, começaram as diligências e os estudos que resultaram na aquisição oficial, em abril de 2009. No final de novembro de 2009, depois de meses de restauração, a fábrica finalmente fica pronta, sendo feitos os primeiros testes com os LPs produzidos.

A Polysom produz vinis para a Universal Music, Sony Music, Som Livre e também para a sua proprietária Deckdisc.

História[editar | editar código-fonte]

Fundada em 16 de abril de 1999, a Polysom iniciou suas atividades em 1º de maio do mesmo ano. Fundada por Nilton José Rocha, que trabalhava há 30 anos no meio fonográfico, aconteceu quando a indústria fonográfica abandonou o formato de vinil para se dedicar exclusivamente aos CDs. Com isso, foi facilitada a aquisição dos velhos equipamentos das fábricas que iam se desativando, especialmente das gravadoras Polygram e Continental.

Durante muito tempo, a alta demanda de vinis por parte das igrejas evangélicas manteve a fábrica em alta rotação. Quando se estabeleceu como a única fábrica de toda a América Latina, condição que mantém até hoje, a Polysom passou a ter novos clientes, como artistas independentes e gravadoras de pequeno e grande porte.

Em novembro de 2007, já enfrentando inúmeras dificuldades, como a falta de demanda e a incidência de problemas técnicos que repercutiam diretamente na qualidade dos discos prensados, aliadas a atrasos nas entregas, cancelamento de pedidos, acúmulo de dívidas e falta de perspectivas futuras, seus proprietários não tiveram alternativa senão fechar suas portas.

Reativação[editar | editar código-fonte]

Na segunda metade de 2008, os proprietários da Deckdisc, depararam-se com a possibilidade de adquirir o maquinário da antiga fábrica e reativá-la [2]. Em setembro do mesmo ano, começaram as diligências e os estudos que resultaram na aquisição oficial, em abril de 2009.

Iniciou-se assim, uma obra de grandes proporções no prédio de Areia Branca, bairro do município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que todo o maquinário - prensas, compressores, motores – eram completamente remontados[2]. Foram sete meses de trabalho duro, dificuldades e dúvidas, até que no final de novembro, quando os primeiros testes foram realizados e os resultados foram bons, todas as dúvidas se dissiparam. A Polysom estava preparada para concorrer em qualidade com qualquer fábrica do mundo e retomar a produção em série do vinil.

A Polysom produz LPs de 140gr e 180gr. A rigor, a gramatura não influi em nada na qualidade, uma vez que a profundidade e a largura dos sulcos serão sempre as mesmas. Os DJs, por exemplo, sempre exigentes com a qualidade do som, preferem os LPs de gramatura mais baixa, para que suas mochilas e malas de transporte não fiquem exageradamente pesadas. A fábrica tem capacidade para produzir 28 mil LPs e 14 mil compactos por mês[2]. A partir de 2013, alguns grandes artistas brasileiros passaram a lançar seus discos também no formato vinil. Através de acordos com as principais gravadoras a Polysom lançou a série Clássicos em Vinil aonde títulos importantes da música brasileira retornaram ao mercado em luxuosas reedições. Cada vez mais artistas independentes também procuram a Polysom para prensar os seus discos. Os primeiros discos foram dos artistas da própria Deckdisc: Cinema, da banda Cachorro Grande, Onde Brilhem os Olhos Seus, Fernanda Takai; Fome de Tudo, da Nação Zumbi e "Chiaroscuro", da Pitty.[3]. Em 2017, a Polysom editou a trilha sonora da supersérie Os Dias Eram Assim da Rede Globo, em um vinil com 11 faixas, edição limitada.

Referências

  1. «Portal Rock Press». Consultado em 31 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 23 de março de 2010 
  2. a b c «O Globo 31 de janeiro de 2010» 
  3. «Fábrica de vinil lança LPs da Pitty, Nação Zumbi, Fernanda Takai e Cachorro Grande» (html). R7. Rede Record. 26 de janeiro de 2010. Consultado em 28 de fevereiro de 2010 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]