Ponciano da África

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ponciano (em latim: Pontianus Africae) foi um bispo de uma diocese desconhecida na África no século VI e participou da chamada controvérsia dos Três Capítulos, durante a qual se pretendia anatemizar Teodoro de Mopsuéstia e suas obras, algumas obras específicas de Teodoreto e a carta de Ibas de Edessa para Máris de Calcedônia (obras que, juntas, formam os "três capítulos").

Vida e obras[editar | editar código-fonte]

Ponciano escreveu uma carta crítica ao imperador Justiniano em 544-45 respondendo a um pedido para que assinasse um édito de condenação (aos "capítulos"). Nela, ele pede a Justiniano que desista de condenar Teodoro de Mopsuéstia e os monotelitas envolvidos na questão[1]. Esta carta ainda existe e foi publicada por Migne na Patrologia Latina (lxvii.996-7). Ele argumenta que não conhecia os textos condenados e que os autores, já mortos, não deviam ser condenados pelos vivos, uma prerrogativa de Deus (ignorando os precedentes já existentes de condenações póstumas)[2]. Finalmente, Ponciano argumenta que o resultado do Concílio de Calcedônia de 451, que condenou o eutiquianismo, não deve ser enfraquecido.

Referências

  1. "Three Chapters" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2. Michael Maas, Exegesis and Empire in the Early Byzantine Mediterranean (2003),p. 63.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • William Smith e Henry Wace, A Dictionary of Christian Biography, Literature, Sects and Doctrines (1887), vol.IV-1, article p. 438.