Portão de Todas as Nações

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Portão de Todas as Nações
Portão de Todas as Nações
Estilo dominante Aquemênida
Inauguração
Website http://whc.unesco.org/en/list/114
Altura
  • 16,5 metro
Área
  • 612 metro quadrado
Geografia
País Irã Irão
Região Marvdasht
70 km a nordeste da cidade moderna de Shiraz na Província de Fars
Coordenadas 29° 56' 10" N 52° 53' 20" E

O Portão de Todas as Nações (em persa antigo: duvarthim visadahyum ou em árabe: بوابة كل الأمم), também conhecido como o Portão de Xerxes, está localizado em Takht-e Jamshid, próximo às ruínas da antiga Persépolis, no Irã.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O nome deste monumento foi descoberto a partir de uma antiga inscrição no portão, conhecida como XPa.[1] O texto é trilíngue, no centro em antigo persa, e as traduções à esquerda em acádio e à direita em elamita. Semelhante ao encontrado na Inscrição de Xerxes.

A Inscrição[editar | editar código-fonte]

A inscrição de pedra diz:

"Grande é Aúra-Masda, Deus, que criou esta Terra, que criou os céus, que criou a humanidade, que criou a felicidade para a humanidade, que fez Xerxes, o Rei de muitos, um Senhor de muitos. Eu sou Xerxes, Grande Rei, Rei dos reis, rei das terras, rei de muitos povos, rei desta terra em toda parte, filho de Dario, o rei, o aquêmenida. O rei Xerxes diz: Pela graça de Aúra-Masda eu construí este Portal de Todas as Nações. Coisas bonitas foram construídas na Pérsia. Eu as construí e meu pai as construiu. Tudo que construímos que parece bonito, construímos pela graça de Aúra-Masda. O rei Xerxes diz: Que Aúra-Masda me proteja e a meu reino e tudo o que é construído por mim, tanto quanto o que foi construído por meu pai".

Construção[editar | editar código-fonte]

A construção das Escadas de Todas as Nações e do Portão de Todas as Nações foi encomendado pelo rei aquemênida Xerxes I (486-465 a.C.), sucessor do fundador de Persépolis, Dario I, o Grande.[2]

A estrutura consistia de uma grande sala cujo teto era sustentado por quatro colunas de pedra com bases em forma de sino. Paralelo às paredes internas da sala corria um banco de pedra, interrompido pelas portas. As paredes externas, feitas de amplos blocos da barro, enfeitadas. Cada uma das três paredes, a leste, oeste e sul, tinha uma pedra muito grande na porta de entrada. Um par de enormes touros vigiavam a entrada oeste; dois Lamassu no estilo Assírio, embora, de proporções colossais, atingiam a porta de entrada leste. Gravado em cima de cada um dos quatro colossos há uma inscrição trilíngue, atestando Xerxes ter construído e concluído a obra. A porta de entrada para o sul, a abertura para o Apadana, é o maior das três. O mecanismos de giro foram encontrados no interior de todas as portas, o que indica que eles devem ter sido portas de duas folhas, que foram, possivelmente feitas de madeira e cobertas com folhas de metal ornamentado.

Grafite[editar | editar código-fonte]

O primeiro ocidental a visitar Persépolis e fazer desenhos precisos foi o artista holandês Cornelis de Bruijn no inverno de 1704. De Bruijn registrou seu nome no monumento.

Nos últimos séculos, muitos visitantes se alternavam e admiravam a majestade dos monumentos. Em particular na Porta de Todas as Nações, foram deixados no interior dos pilares vários nomes e autógrafos, alguns deles até famosos:[3]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «XPa». Livius.org. Consultado em 20 de dezembro de 2018 
  2. «Portão de Todas as Nações». Consultado em 19 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 7 de março de 2014 
  3. «Persepolis, Gate of All Nations - Livius». www.livius.org. Consultado em 20 de dezembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]