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Abdul Rahman (nascido em 1965) é um cidadão afegão que foi preso em fevereiro de 2006 acusado de apostasia em seu país. Sua conversão do islão para o cristianismo era passível de pena de morte segundo a maioria das interpretações da charia, a lei islâmica. Sua prisão e julgamento chamaram a atenção de diversos países para uma contradição que parece haver na Constituição do Afeganistão, que reconhece tanto a liberdade de religião e a escola hanafita da charia. O processo de Abdul Rahman foi condenado internacionalmente, em particular pelos Estados Unidos, que comandaram a operação para derrubar o regime Talibã em 2001 e são o principal aliado e patrocinador do Afeganistão.

Rahman foi libertado a 27 de março de 2006 por ordem do governo afegão. A Itália e a Alemanha propuseram-se recebê-lo, tendo finalmente sido Roma o seu destino escolhido. Até à sua saída do país em direcção a Roma a 29 de março de 2006, Abdul foi protegido pela ONU e mantido em local secreto.




Mohammed Omar (em pachto: ملا محمد عمر; Nodeh, c. Kandaar, 19501962 - Paquistão, 2013), chamado simplesmente de Mulá Omar, foi o líder do Talibã, movimento radical islâmico do Afeganistão, e chefe de Estado de facto do país de 1996 a 2001 sob o título oficial de Chefe do Conselho Supremo. Também manteve o título de Miralmuminim ("Comandante dos Fieis"), utilizado no Emirado Islâmico do Afeganistão. Foi procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por "dar guarida a Osama bin Laden e à sua rede Alcaida nos anos que antecederam e no período durante e imediatamente posterior aos ataques de 11 de setembro." Acreditava-se que estava conduzindo o Talibã em sua guerra contra o governo de Hamid Karzai e as tropas internacionais da OTAN no país a partir do Paquistão.

Durante seu mandato como emir do Afeganistão Omar saiu poucas vezes de Candaar, e raramente se encontrou com forasteiros, preferindo confiar em seu Ministro do Exterior, Wakil Ahmed Muttawakil, para a maior parte das necessidades diplomáticas.




Amanulá Cã (Paghman, 1 de junho de 1892Zurique, 25 de abril de 1960) foi o monarca do Reino do Afeganistão de 1919 a 1929, primeiramente como emir e após 1926 como maleque (rei). Seu reinado, durante o qual o Afeganistão obteve a independência do Reino Unido sobre suas relações exteriores, foi marcado por uma mudança política e social dramática. Foi o primeiro governante afegão que tentou modernizar o Afeganistão em projetos ocidentais. No entanto, não conseguiu isso por causa de uma revolta popular por Habibullāh Kalakāni e seus seguidores. Em 14 de janeiro de 1929, Amanulá abdicou e fugiu para a vizinha Índia britânica, enquanto o Afeganistão caia em uma guerra civil. A partir da Índia britânica foi para a Europa, onde morreu em Zurique, na Suíça, em 1960.




Gulbuddin Hekmatyar é o ex-primeiro-ministro do Afeganistão e o fundador e líder ativo do partido político Hezb-e Islami e um "terrorista global" conforme designado pelos Estados Unidos. Após ter escapado da prisão no Afeganistão, em 1973, se mudou para o Paquistão. Quando a guerra soviética no Afeganistão começou em 1979, a CIA começou a financiar sua crescente organização mujahidin Hezb-e Islami através do ISI.

Na sequência da destituição do presidente afegão Mohammad Najibullah em 1992, Hekmatyar e outros senhores da guerra começaram uma guerra civil no Afeganistão, que levaria à morte de cerca de 50.000 civis somente em Cabul. Nesse meio tempo, Hekmatyar foi promovido para se tornar primeiro-ministro do Afeganistão entre 1993 a 1994 e de novo brevemente em 1996. Isto foi seguido pela tomada de Cabul pelo Talibã e a fuga de Hekmatyar a capital iraniana, Teerã.