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Michele Angiolillo Lombardi (Foggia, 5 de junho de 1871, - Vergara, 20 de agosto de 1897) foi um tipógrafo anarquista italiano que assassinou o primeiro ministro Antonio Cánovas del Castillo em 8 de Agosto de 1896, em um balneário termal em Santa Águeda, em Mondragón.

As motivações de Angiolillo residem na necessidade moral de represália tanto à violência do governo espanhol contra os movimentos independentistas de Cuba e das Filipinas (locais em que o estado espanhol cometera milhares de assassinatos para garantir sua soberania) quanto às medidas repressivas desproporcionais que culminaram nos horrores dos Processos de Montjuïc contra libertários espanhóis e latino-americanos. Diante das marcas das torturas nos corpos de anarquistas que conhecera, e das narrativas trazidas das colônias, Angiolillo tomou para si como imperativa a necessidade de se vingar do governo que cometera tais atrocidades.

Preso na logo após cometer o regicídio Michele Angiolillo seria executado no garrote vil na prisão da cidade de Vergara quase um ano depois de sua ação. Desde então é considerado um dos grandes nomes do anarco-ilegalismo por sua vendetta individual, uma figura algo mítica de grande prestígio entre os libertários espanhóis.