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Ranavalona III

Ranavalona III (Amparibe, 22 de novembro de 1861 - Argel, 23 de maio de 1917) foi a última soberana do Reino de Madagascar. Seu reinado foi marcado pelos contínuos e infrutíferos esforços de resistência aos projetos coloniais do governo francês. Quando jovem, ela foi selecionada entre várias Andriana e qualificada para suceder a rainha Ranavalona II após sua morte. Assim como fizeram suas duas antecessoras, Ranavalona casou-se por conveniência política com um membro da elite Hova que, desempenhando as funções de primeiro ministro, foi quem de fato governou o reino durante esse período. Tentando impedir a invasão e colonização francesas, Ranavalona procurou fortalecer as relações comerciais e diplomáticas com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha ao longo de seu reinado. Entretanto, ataques franceses às cidades portuárias e a tomada da capital e do palácio real, em 1895, acabaram com a soberania e a autonomia política do secular reino.

Com a instalação do governo colonial francês, Rainilaiarivony foi enviado para o exílio em Argel, enquanto Ranavalona e sua corte receberam permissão para permanecerem no país como meras figuras simbólicas. Contudo, a eclosão de um movimento popular de resistência - a rebelião menalamba - e descoberta de intrigas políticas anti-francesas na corte, levaram os franceses a exilar a rainha na ilha da Reunião, em 1897. Rainilaiarivony morreu naquele mesmo ano e logo em seguida Ranavalona foi transferida para uma villa em Argel, juntamente com vários membros de sua família. Apesar dos repetidos pedidos do Ranavalona, ela nunca obteve permissão para retornar a Madagascar. Ela morreu de uma embolia em Argel, em 1917, com a idade de 55 anos.