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Alagoas foi um navio de guerra do tipo monitor encouraçado operado pela Armada Imperial Brasileira e, por um breve período, pela recém-criada Marinha do Brasil, após a Proclamação da República. O monitor foi o terceiro navio construído da Classe Pará no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, durante a Guerra do Paraguai. Esta classe fora construída para suprir a necessidade específica da Marinha por navios blindados de calado raso capazes de resistir a grandes incêndios.
O monitor recebeu o nome de Alagoas em homenagem à província de Alagoas, sendo o primeiro navio da Marinha a ostentar este nome. Como os outros de sua classe, media pouco mais de 36 metros de comprimento total, com boca de 8,54 metros e calado entre 1,51 e 1,54 metros. A torre longa do único canhão, de cano curto, ficava em uma plataforma circular que tinha um eixo central mecanicamente girada por um sistema de engrenagens. O casco era blindado com três camadas de madeira de orientação alternada, e revestido por madeira de lei peroba.
O navio participou de algumas batalhas da Guerra do Paraguai em 1868 e 1869. Em particular, na Passagem de Humaitá, destacou-se dentre os demais, pois seu capitão, ignorando ordens, conduziu o monitor às barreiras e canhões inimigos sem apoio de outras embarcações, que já haviam atravessado o passo, contribuindo para a vitória dos aliados. Após a guerra, o Alagoas foi designado para a recém-formada Flotilha do Alto Uruguai, sediada em Itaqui, onde participou em 1874 de bombardeio contra Alvear, na Argentina, ordenado por Estanisláo Przewodowski em tempos de paz. Foi descomissionado em 1896.