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O Cruzador Bahia

O Bahia foi um navio cruzador operado pela Marinha do Brasil e construído pelos estaleiros da Armstrong Whitworth, no Reino Unido. Sua montagem teve início em agosto de 1907, o lançamento ao mar em janeiro de 1909 e o comissionamento em maio de 1910. A Revolta da Chibata estourou seis meses depois a bordo do Bahia e outros navios da marinha, com os amotinados mantendo a capital Rio de Janeiro sob ameaça de bombardeamento durante quatro dias, até o governo ceder às suas exigências, que incluíam a abolição de chicoteamentos como forma de punição.

O navio, junto a seu irmão Rio Grande do Sul, foi designado para a Divisão Naval em Operações de Guerra, durante a Primeira Guerra Mundial, a principal contribuição da Marinha do Brasil no conflito. A esquadra ficava baseada em Serra Leoa e Dacar, na África, e tinha a função de escoltar comboios aliados por uma área que acreditava-se estar repleta de u-boots alemães em patrulha. Ao final da guerra, o Bahia foi atingido pela pandemia da gripe espanhola, com 95% de sua tripulação sendo infectada, espalhando a doença para outras embarcações do grupo.

O cruzador passou por modernizações na década de 1920, quando recebeu novas turbinas e novas caldeiras, além de ser convertido para queimar óleo em vez de carvão. A reforma também resultou em mudanças estéticas na forma da adição de uma terceira chaminé. Os armamentos também foram modificados. O Bahia novamente serviu como escolta na Segunda Guerra Mundial, por quatro anos. A embarcação explodiu em 4 de julho de 1945, durante um exercício de treinamento no Oceano Atlântico, com apenas um pequeno número de sobreviventes sendo resgatados dias depois.


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