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Portal:Níger/Artigo selecionado/1 Uma crise constitucional de 2009-2010 ocorreu no Níger devido a um conflito político entre o presidente Mamadou Tandja e as instituições judiciais e legislativas referente ao referendo constitucional que os oponentes alegaram ser uma tentativa de estender seu mandato além do máximo constitucional. Foi realizado em 4 de agosto de 2009, antes de uma eleição parlamentar que estava prevista para ocorrer em 26 de agosto de 2009. Essa crise acabou levando a um golpe de Estado por líderes militares que derrubaram o presidente Tandja e formaram uma junta de governo.

O Presidente Tandja dissolveu a Assembleia Nacional do Níger em 26 de maio de 2009 devido à forte oposição do poder legislativo, grupos da sociedade civil e tribunais em relação à sua proposta de referendo. O Tribunal Constitucional do Níger decidiu em 12 de junho de 2009 em um caso apresentado por deputados da oposição que o referendo proposto era inconstitucional e, em 21 de junho de 2009, o Presidente anunciou que não buscaria a votação de 20 de agosto. Ele deixou em aberto a possibilidade de propor futuras mudanças constitucionais antes do final de seu mandato. Em 26 de junho de 2009, o presidente dissolveu os tribunais e anunciou que estava assumindo poderes de emergência. Seus ministros então anunciaram que o referendo de 4 de agosto prosseguiria, apesar das rejeições anteriores dos tribunais, partidos políticos e da comissão eleitoral independente para realizar essa votação.


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Mapa dos membros do G5 do Sahel, países afetados pela atividade jihadista.
Mapa dos membros do G5 do Sahel, países afetados pela atividade jihadista.

A Guerra do Sahel, também chamada de conflito armado no Sahel, insurreição islamista no Sahel ou insurreição jihadista no Sahel é um conflito armado entre os países da região do Sahel (em particular: Mali, Níger, Mauritânia, Burquina Fasso e Chade) e os grupos jihadistas salafistas ligados principalmente à al-Qaeda.

Este conflito é uma consequência indireta da Guerra Civil Argelina quando, em busca bases de retaguarda, os rebeldes islamistas argelinos decidiram se estabelecer no deserto a partir do início dos anos 2000. Progressivamente, passariam a realizar ações de guerrilha, terrorismo e tomada de reféns na região; sobretudo, passariam de modo gradual a criar laços com as populações locais e disseminar o islamismo radical que acabará por levar ao recrutamento dos autóctones, ou mesmo ao surgimento de novos movimentos muito ancorados localmente, como o Ansar Dine, MUJAO ou até mesmo Katiba Macina.

A França intervém militarmente em apoio aos Estados da região: primeiro no Mali em 2013 com a Operação Serval, depois em todo o Sahel em 2015 com a Operação Barkhane.


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O Rio Níger é o terceiro rio mais longo da África, e o principal da África Ocidental, com cerca de 4180 km de comprimento e uma bacia hidrográfica de 2,2 milhões de km². Nasce nas montanhas na fronteira entre a Guiné e a Serra Leoa, dirige-se para norte e depois para nordeste, passando por Bamaco, capital do Mali, e depois por Tombuctu, no meio do deserto do Saara, faz uma apertada curva para sueste, passando por Niamei, capital do Níger, serve de fronteira entre este país e o Benim e deságua no golfo da Guiné, num enorme delta no sul da Nigéria. O seu principal afluente é o rio Benué.

Esta estranha forma em arco parece ser devida a este rio ter sido originado pela junção de dois rios: o que segue para nordeste desaguaria num lago interior, antes do Saara se ter tornado um deserto (há cerca de 6000 anos) e o que segue para sueste teria origem nas montanhas próximas da atual curva. Por esta razão, o Níger tem uma grande importância histórica, uma vez que propiciava o abastecimento das caravanas que atravessavam o continente e deu origem a cidades importantes, como as atuais capitais e ainda Tombuctu, património da humanidade, que já foi um grande centro urbano.