Praça Bona Primo

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Praça Bona Primo
Praça Bona Primo
Vista parcial da Praça Bona Primo com a Catedral de Santo Antônio encimada por um arco-íris.
Localização Centro Histórico de Campo Maior  Piauí
País  Brasil
Tipo Praça pública
Paisagista Ana Marcia Moura (arquiteta na restauração de 2007)
Inauguração Período Imperial
Administração Prefeitura de Campo Maior

A Praça Bona Primo, também conhecida como Praça da Matriz, é um espaço público e histórico da cidade de Campo Maior, município do estado brasileiro do Piauí. Está localizada na margem direita do Rio Surubim no coração da cidade, no Centro Histórico, e existe desde os primórdios da cidade e foi em torno dela que nasceu a construção urbana de Campo Maior[1].

História[editar | editar código-fonte]

Lápide, no Cemitério da Irmandade de Santo Antonio, de Antonio José Nunes Bona Primo (1847 - 1927). Um político, militar e fazendeiro campomaiorense, que dá nome à Praça.
Vista do local em 1928
Placa da restauração de 2007

A área territorial da praça já é mencionada na Descrição da Capitania de São José do Piauí, do ouvidor Antônio José de Morais Durão, datada de 15 de junho de 1772[2]. Foi sede do pelourinho até o mesmo ser destruído por um raio[3]. Em 1823 o local serviu de base das aclamações de partida dos combatentes da Batalha do Jenipapo Em 1930 um decreto a denominou de Praça João Pessoa e em 1948 e denominada para Praça Bona Primo em homenagem ao agropecuarista e membro da Guarda Nacional, Antônio José Nunes Bona Primo(1847-1927)[4].

No volume 15 da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros referenciando-se em Pereira da Costa (1885) e em Apolinário Monteiro (1923) menciona-se o seguinte: "No centro da vila, nota-se uma bela praça de 200 metros quadrados, na qual está situada a igreja matriz. Além deste edifício, conta a vila mais o seguinte: a igreja de Nossa Senhora do Rosário, ainda em construção, a casa da câmara, a cadeia, o mercado e o cemitério da irmandade de Santo Antônio". A repeito desse pronunciamento de Pereira da Costa, comenta Apolinário Monteiro, em trabalho inserido no volume II de " O Piauí no Centenário de sua Independência": - "Pereira da Costa, naturalmente confundiu 200 metros quadrados com 200 metros em quadro. Só assim se poderá explicar de haver dado à praça a que se refere a área de 200 metros quadrados, quando tem ela, mais ou menos, uma superfície de 200 metros em quadro e conseguintemente de 40 000 metros quadrados".[5]

Arvoredo[editar | editar código-fonte]

Vista parcial do arvoredo.

A arborização da praça Bona Primo compõe-se de espécies nativas tais como carnaúba, angico-branco, oiticica, tamarindo, ipê-amarelo, ipê-branco, oitizeiros e de espécies ornamentais exóticas, onde elenca-se: palmeiras, nim da índia, pinheiro, castanhola e outros.

Conjunto arquitetônico[editar | editar código-fonte]

No entorno da mesma fica localizado[6] o Palácio do Jenipapo (sede da Câmara Municipal) a Catedral de Santo Antônio, a Academia Campomaiorense de Artes e Letras, o sobrado dos Bona, o painel ao vaqueiro e à Batalha do Jenipapo, o palacete episcopal, o espaço cultural e várias residências de arquitetura dos períodos colonial e imperial[7].

Referências

  1. MASCARENHAS, Marielly Ibiapina. Entre telhas e carnaúbas: breve história da arquitetura de Campo Maior - Piauí. Teresina; ed autora, 2012
  2. MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Projeto Petrônio Portela, 1985
  3. LIMA, Reginaldo Gonçalves de. Geração Campo Maior: anotações para uma enciclopédia. Teresina; Gráfica Junior, 1995.
  4. Decreto-Lei Nº 04, de 09/07/1948. In: ALVES FILHO. João. Campo Maior e o contraditório. Campo Maior; ACALE, 2011. p.15
  5. IBGE. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Volume 15. Rio de Janeiro, edição do IBGE, 1959. p. 449[1]
  6. LIMA, Francisco de Assis de. A Batalha, o reconhecimento. Campo Maior; edição autor, 2009
  7. MATTOS, João Batista de (Tenente-coronel). Os Monumentos Nacionais - Piauí. Rio de Janeiro; Imprensa Militar, 1949.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Paulo Thedim. O Piauí e Sua Arquitetura. Centro de Estudos Folclóricos. Rio de Janeiro, 1952.