Problema do macaco e das bananas

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O problema do macaco e das bananas é um famoso problema brinquedo em inteligência artificial, particularmente em programação lógica e planejamento.

Formulação do problema[editar | editar código-fonte]

Um macaco está em um quarto. Suspenso no teto está uma penca de bananas, além do alcance do macaco. No canto da sala está uma caixa. Como o macaco pode obter as bananas?

A solução é que o macaco deve empurrar a caixa bem abaixo das bananas, e, em seguida, ficar em cima da caixa, e depois pegar as bananas. No entanto, descobrir isso requer um algoritmo de planejamento.

Em outras variações do problema, no lugar da caixa, o macaco deve alcançar as bananas com uma cadeira e uma vara que se encontram no quarto[1]. Em uma outra variação, as bananas estão em um baú e o macaco deve abrir o baú com uma chave.

Propósito do problema[editar | editar código-fonte]

Existem muitas aplicações deste problema. Um deles é como um problema brinquedo para ciência da computação. Notavelmente em linguagens voltadas à resolução de problemas em inteligência artificial como a Prolog[2][3].

Outra finalidade possível do problema é levantar a questão: são macacos inteligentes? Ambos humanos e macacos têm a capacidade de usar mapas mentais para lembrar coisas como onde ir para encontrar um abrigo, ou a forma de evitar o perigo. Eles também podem se lembrar para onde ir para obter comida e água, bem como a forma de comunicar-se uns com os outros. Os macacos têm a capacidade não só de lembrar como caçar, e recolher, mas a habilidade de aprender coisas novas, como é o caso com o macaco e as bananas: apesar do fato de que o macaco pode nunca ter estado em situação idêntica, com os mesmos artefatos em mãos, um macaco é capaz de concluir que é necessário mover a caixa no chão, posicioná-la abaixo das bananas, e escalar a caixa para alcançá-las.

O grau em que tais habilidades devem ser atribuídas ao instinto ou à aprendizagem é uma questão de debate.

Referências

  1. RICH, Elaine; KNIGHT, Kevin (1994). Inteligência Artificial 2ª ed. Rio de Janeiro: Makron Books. 73 páginas. ISBN 85-346-0122-4 
  2. BRATKO, Ivan (2001). Prolog. Programming for Artificial Intelligence (em inglês) 3ª ed. Harlow, England: Addison-Wesley. pp. 46–50. ISBN 0201-40375-7 
  3. COELHO, Helder (1994). Inteligência Artificial em 25 Lições. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian. pp. 296–300. ISBN 972-31-0679-5