Rafael de Nogales Méndez

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rafael Méndez
Rafael de Nogales Méndez
Rafael de Nogales Mendéz em um uniforme militar otomano da Primeira Guerra Mundial.
Nascimento 14 de outubro de 1879
San Cristóbal
Morte 10 de julho de 1936 (56 anos)
Cidade do Panamá
Serviço militar
País  Venezuela
Conflitos Guerra Hispano-Americana em (1902)
Revolução Libertadora em (1902)
Guerra Russo-Japonesa (1904)

Rafael Inchauspe Méndez, conhecido como Rafael de Nogales Méndez (San Cristóbal, 14 de outubro de 1879 – Cidade do Panamá, 10 de julho de 1936) foi um escritor e militar venezuelano. Quando jovem, seu pai o enviou para estudar na Europa, frequentou universidades na Alemanha, Bélgica e Espanha, lugares onde aprendeu várias línguas fluentemente. Apesar dessa educação, Nogales sentiu-se atraído pela profissão militar e começou a viajar para onde havia notícia de guerras. Participou de vários conflitos na última parte do século XIX e início do XX: lutou pela Espanha contra os americanos na Guerra Hispano-Americana; em 1902 na Revolução Libertadora da Venezuela; em 1904 na Guerra Russo-Japonesa. Voltou para a Venezuela em 1908, após o golpe militar de Juan Vicente Gómez, que derrubou seu inimigo Cipriano Castro. Mesmo assim, voltou para o exílio depois de fazer-se inimigo do novo presidente.

Primeira Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, depois de tentar sem êxito alistar-se em diversos exércitos europeus, Nogales se alistou no exército Otomano e foi designado para a Frente do Cáucaso, onde alcançou o posto de Bey. Liderou parte das tropas durante o cerco de Van, mas pediu para ser removido, por compaixão com os insurgentes.[1]

Mais tarde, ele escreveu um livro descrevendo suas experiências com o exército Otomano na Primeira Guerra Mundial.

Depois de ser transferido do Cáucaso, participou de combates na frente do Sinai e na Palestina. Lutou no exército Otomano durante toda a guerra e foi premiado com a Cruz de Ferro pelo rei Guilherme II da Alemanha.

Pós-guerra[editar | editar código-fonte]

Após o fim da guerra, ele trabalhou com o revolucionário nicaraguense Augusto César Sandino. Posteriormente, residiu no Alasca durante a época da corrida do ouro e também trabalhou como vaqueiro no Arizona.

Escreveu vários livros sobre suas experiências: Memorias del general Rafael de Nogales Méndez, Cuatro años bajo la Media Luna, sobre suas experiências como um oficial do Império Otomano, e El saqueo de Nicarágua. Seus comentários sobre as atrocidades cometidas contra o povo armênio por parte das autoridades turcas estão no livro Cuatro años bajo la Media Luna.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • De Nogales, Rafael. Four Years Beneath The Crescent. London: Charles Scribner's Sons, 1926. Mais recentemente republicado como: [http://www.gomidas.org/books/nogales.htm Four Years Under the Crescent, (Sterndale Classics), ISBN 1-903656-19-2.
  • De Nogales, Rafael. Memoirs of a soldier of Fortune. New York: Garden City Publishing Company, Inc., 1932. Recentemente reeditado em brochura.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Mann, Michael; " The Dark Side of Democracy: Explaining Ethnic Cleansing "; p. 154; Cambridge University Press; (2005); url = http://www.cambridge.org/9780521831307.
  • McQuaid, Kim, The Real and Assumed Personalities of Famous Men: Rafael De Nogales, T.E. Lawrence. and the Birth of the Modern Era ,1914–1937 (As personalidades reais e assumidas de homens famosos: Rafael De Nogales, TE Lawrence, e o Nascimento da Era Moderna,1914-1937), London. Gomidas Institute, 2010, ISBN 978-1-903656-97-6

Ligações externas[editar | editar código-fonte]