Randi Blehr

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Randi Blehr
Randi Blehr
Randi Blehr
Presidente da Associação Norueguesa pelos Direitos das Mulheres
Período 1895–1899
Antecessor(a) Ragna Nielsen
Sucessor(a) Fredrikke Marie Qvam
Período 1903–1922
Antecessor(a) Fredrikke Marie Qvam
Sucessor(a) Aadel Lampe
Dados pessoais
Nome completo Randi Marie Nilsen
Nascimento 12 de fevereiro de 1851
Bergen, Noruega
Morte 13 de junho de 1928 (77 anos)
Oslo, Noruega
Nacionalidade norueguesa
Progenitores Mãe: Margrethe Andrea Tornøe
Pai: Andreas Rasmussen Nilsen
Cônjuge Otto Blehr
Filhos(as) Eivind Blehr
Partido Partido Liberal
Ocupação sufragista, pacifista e ativista dos direitos das mulheres

Randi Blehr (nascida Randi Marie Nilsen; Bergen, 12 de fevereiro de 1851Oslo, 13 de junho de 1928) foi uma feminista, política liberal, sufragista, pacifista e ativista dos direitos das mulheres norueguesa. Blehr foi uma das principais líderes do movimento pelos direitos das mulheres na Noruega na década de 1880 e fez parte da Associação Norueguesa pelos Direitos das Mulheres, sendo presidente da instituição de 1895 a 1899 e de 1903 a 1922. Ela também participou da criação da Associação Norueguesa de Saúde Pública Feminina, que mais tarde tornou-se uma organização humanitária com cerca de 250 mil membros.

Randi Blehr era casada com Otto Blehr, primeiro-ministro da Noruega. Ela foi uma das principais defensoras da independência norueguesa da Suécia e assumiu funções de representante da Noruega durante o mandato de seu marido como primeiro-ministro.[1][2][3]

Início de vida[editar | editar código-fonte]

Randi Marie Nilsen nasceu em 1851 em Bergen. Ela era filha do corretor de navios Andreas Rasmussen Nilsen (1822–98) e Margrethe Andrea Tornøe (1827–1909); era a mais velha dos onze filhos. Randi não recebeu educação formal, mas era interessada por artes desde pequena, incluindo desenho, teatro e música. Quando tinha dezessete anos se juntou ao Vestmannalaget, a associação de idiomas mais antiga da Noruega. Em 1876 Randi esteve envolvida na fundação do Den Nationale Scene, maior e mais antigo teatro de Bergen, e no mesmo ano casou-se com Otto Blehr, advogado e político filiado ao Partido Liberal que mais tarde se tornaria primeiro-ministro da Noruega; o filho do casal, Eivind Blehr, também seguiu a carreira política.[2][4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Blehr começou a se envolver com o movimento feminista norueguês na década de 1880. Em 1883 ela se juntou ao Skuld, grupo de discussão voltado para mulheres estudantes, e no ano seguinte participou da fundação da Associação Norueguesa pelos Direitos das Mulheres (Kvindesagsforening). Blehr foi presidente da associação por dois períodos: de 1895 a 1899 e de 1903 a 1922. Como presidente Blehr lutou pela melhoria das condições econômicas e sociais das mulheres donas de casa, da classe trabalhadora e de classe média baixa. Ela pediu ao parlamento para formalizar a educação profissional para mulheres, criando cursos de formação para empregadas domésticas, costureiras, cozinheiras e donas de casa.[2] Sob a liderança de Blehr, a associação também defendia salários iguais e que crianças nascidas fora do casamento tivessem sua paternidade reconhecida legalmente.[5]

Em 1885 a Associação Norueguesa pelos Direitos das Mulheres decidiu não incluir o sufrágio feminino em sua agenda. Blehr, então, participou da fundação da Associação do Sufrágio Feminino (Kvinnestemmerettsforeningen), sob a liderança de Gina Krog.[2] Um ano depois també ajudou a fundar a Associação Norueguesa de Saúde Pública Feminina (Norske Kvinners Sanitetsforening).[5] Em 1903 ela foi eleita presidente da Associação de Paz das Mulheres Norueguesas (Norske Kvinners Fredsforbund). Durante os períodos em que a carreira política de seu marido exigiu que eles deixassem sua casa em Oslo e morassem na Suécia, ela assumiu funções representativas como esposa do primeiro-ministro e anfitriã na residência do governo norueguês em Estocolmo.[2]

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Morte[editar | editar código-fonte]

Randi Blehr morreu em 1928 e foi sepultada no Cemitério de Nosso Salvador, em Oslo.[5][6]

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Randi Blehr», especificamente desta versão.

Referências

  1. «Randi Marie Blehr». Store norske leksikon (em Norwegian). Oslo: Kunnskapsforlaget. Consultado em 7 de setembro de 2014 
  2. a b c d e Moksnes, Aslaug. «Randi Blehr». In: Helle, Knut. Norsk biografisk leksikon (em Norwegian). Oslo: Kunnskapsforlaget. Consultado em 7 de setembro de 2014 
  3. «Randi Marie Blehr (1851-1928)». Kvinnemuseet. Consultado em 1 de fevereiro de 2018 
  4. «Randi Blehr». lokalhistoriewiki.no. Consultado em 1 de fevereiro de 2018 
  5. a b c d Skaarer, Åse Camilla; Kåss, Ingrid Wreden. «Randi Marie Blehr (1851–1928)». stemmerett.no. Consultado em 7 de setembro de 2014 
  6. a b «Kongens fortjenstmedalje». lokalhistoriewiki.no. Consultado em 1 de fevereiro de 2018