Raquel Seruca

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Raquel Seruca
Raquel Seruca
Nascimento 1962
Morte 29 de maio de 2022 (59–60 anos)
Porto
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação investigadora, bióloga, médica
Prêmios
Empregador(a) Universidade do Porto

Raquel Seruca, de nome completo Maria Raquel Campos Seruca[1] (Porto, 1962 – Porto, 29 de maio de 2022), foi uma oncobióloga portuguesa, condecorada pelo governo português com a Ordem do Infante D. Henrique.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Raquel Seruca, nasceu, cresceu e estudou no Porto.[2]

Formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, onde virá também a obter o doutoramento na na área da genética molecular do cancro no estômago com Sobrinho Simões em 1995.[3] Foi também bolseira na Universidade de Groningen no departamento Genética Humana.[4][5]

Ao lado de Joana Paredes, liderou a equipa que foi por três vezes, pela associação No Stomach For Cancer, pelo trabalho de investigação desenvolvido no sentido de criar um conjuntos de testes que permitam identificar mutações do gene Caderina-E, responsável pelo cancro estômago, transmitidas via de geração em geração.[5]

Liderou a candidatura do projecto TeamUp4Cancer apresentada pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3s), que faz parte do Porto Comprehensive Cancer Centre, aos apoios do Norte2020, tendo sido distinguida com o Prémio ACTIVA Mulheres Inspiradoras de Ciência em 2021.

Foi autora em mais de 300 artigos científicos tendo sido citada mais de 24 mil vezes, de acordo com o Google Scholar (dados de maio de 2022).[6]

Faleceu no Porto em 2022.

Prémios e Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Foi condecorada pelo governo português com a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2009, pelo seu contributo para o estudo do cancro do estômago.[7]

Recebeu a Medalha de Mérito Científico da Câmara Municipal do Porto em 2014. No mesmo ano, foi distinguida com o Prémio Femina Por mérito na Ciência.[8]

No ano seguinte, em 2015, a associação norte-americana No Stomach for Cancer, galardoou a equipa de investigação liderada por ela e por Joana Paredes.[9]

Em 2021, ganhou o Prémio ACTIVA Mulheres Inspiradoras de Ciência, pelo seu contributo para o Comprehensive Cancer Centre.[5][10]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Biosketch - Raquel Seruca» (PDF). The 16th International Charles Heidelberger Symposium on Cancer Research. 2010. Consultado em 31 de maio de 2022 
  2. Ramalho, Tiago. «Morreu Raquel Seruca, "uma inspiração para quem faz investigação"». PÚBLICO. Consultado em 30 de maio de 2022 
  3. «Raquel Seruca». CienciaVitae 
  4. «Morreu Raquel Seruca, referência no estudo do cancro gástrico». www.jn.pt. Consultado em 30 de maio de 2022 
  5. a b c «Raquel Seruca vence Prémio ACTIVA Mulheres Inspiradoras de Ciência». Notícias U.Porto. 31 de março de 2022. Consultado em 30 de maio de 2022 
  6. «Raquel Seruca». scholar.google.pt. Consultado em 31 de maio de 2022 
  7. «ENTIDADES NACIONAIS AGRACIADAS COM ORDENS PORTUGUESAS - Página Oficial das Ordens Honoríficas Portuguesas». www.ordens.presidencia.pt. Consultado em 30 de maio de 2022 
  8. «Prémio Femina 2014 :: Premio-Femina». premio-femina8.webnode.pt. 28 de novembro de 2018. Consultado em 30 de maio de 2022 
  9. ««No Stomach for Cancer» association awards portuguese researchers». ASPIC (em inglês). 5 de maio de 2015. Consultado em 30 de maio de 2022 
  10. «"A morte de Raquel Seruca empobrece a comunidade científica portuguesa"». Notícias ao Minuto. 30 de maio de 2022. Consultado em 30 de maio de 2022 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]