Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano

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A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano é uma iniciativa pública e governamental brasileira oficializada em 1988 pela portaria 322, de 26 de maio de 1998,[1] sendo voltada para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e para a doação de leite humano para bebês prematuros e com baixo peso ao nascer. Parte integrante do Sistema Único de Saúde,[2] é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a maior e mais complexa do mundo.[3]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

No Brasil existem 208 bancos de leite humano, presentes em todos os 26 estados e no Distrito Federal, que atenderam 159.308 recém-nascidos com 126.062 litros de leite humano distribuídos em 2012. Sua estrutura organizacional contempla um centro de referência nacional, sediado no Instituto Fernandes Figueira, na cidade do Rio de Janeiro,[4] e centros de referência estaduais/regionais, que coordenam as ações de cada banco de leite humano.[5]

A fim de facilitar o acesso aos bancos de leite e incentivar a doação, o site de maternidade Trocando Fraldas criou a ferramenta LOBALE (Localizador de Bancos de Leite Humano) que permite localizar e contatar os bancos mais próximos da usuária através de uma simples consulta com o CEP.

A missão dos bancos de leite humano no Brasil é de promover a saúde materno-infantil por meio de parcerias entre os setores públicos, privados e a sociedade, e são, por definição, centros de atenção à saúde especializados, vinculados a hospitais com atenção materno-infantil.[6]

A doação de leite deve ser realizada por mulheres saudáveis, que estejam amamentando seus bebês, e que tenham excesso de leite materno. Toda a doação e distribuição é voluntária, sendo proibida a venda e comercialização de leite humano em todo o território brasileiro. Em 2012, 163.522 mulheres doaram voluntariamente seu excesso de leite para os bancos de leite humano em todo o território nacional.

Todo o leite humano coletado passa por um processo de controle de qualidade, sendo pasteurizado e classificado de acordo com suas características nutricionais, para então ser distribuído para os recém-nascidos.

Outro componente dos bancos de leite humano é o atendimento às lactantes: em 2012 foram realizadas 229.750 consultas individuais, 62.714 consultas em grupo, e 39.892 atendimentos domiciliares.

Referências

  1. Brasil. Ministério da Saúde (1993). Normas Gerais para Bancos de Leite Humano (PDF). Brasília: [s.n.] 12 páginas. Consultado em 14 de abril de 2012 
  2. «Lei 8.080/1990» (PDF). 19 de Setembro de 1990. Consultado em 14 de abril de 2012 
  3. «Ampliada rede de bancos de leite materno com mais 21 unidades». Medicando. 30 de setembro de 2011. Consultado em 15 de abril de 2012 
  4. «Institucional». Instituto Nacional Fernandes Figueira. Consultado em 14 de abril de 2012 
  5. «Modelo de Atuação». Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Consultado em 14 de abril de 2012 
  6. «RDC ANVISA No 171» (PDF). 4 de Setembro de 2009. Consultado em 14 de abril de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Legislação