Reduto do Morro de São Diogo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Reduto do Morro de São Diogo
Reduto do Morro de São Diogo
Morro de São Diogo, Rio de Janeiro (vestígios)
Construção (1711)
Aberto ao público Não

O Reduto do Morro de São Diogo foi uma fortificação projetada para o alto do morro de São Diogo, na cidade e estado do Rio de Janeiro, no Brasil.

Tinha como função cobrir o então chamado Saco de São Diogo, uma extensa área de manguezal que até meados do século XIX se estendia da foz do rio Comprido (na baía de Guanabara) até à atual praça Onze, cuja retificação está na origem do atual canal do Mangue (avenidas Presidente Vargas e Francisco Bicalho).

História[editar | editar código-fonte]

O alto do morro de São Diogo foi ocupado e fortificado pelo corsário francês René Duguay-Trouin quando da invasão de setembro de 1711, juntamente com o alto do morro da Conceição e a ilha das Cobras. Uma fonte francesa coeva ratifica que o alto do morro de São Diogo recebeu fortificação de campanha, tendo sido artilhado com dez peças.[1]

Para guarnecer essa posição existe um projeto de autoria do Engenheiro Brigadeiro Jacques Funck ("Plan des Fortifications proposées sur la hauteur de S. Diogo (Rio de Janeiro)", 1768-1769. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa).

Um outro projeto, anônimo, atribuído a José Custódio de Sá e Faria ("Plano da Cidade do Rio de Janeiro Capital do Estado do Brazil", 1769. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro) também prevê um Reduto para o morro de São Diogo, em "B. Reductos destacados para ocupar os Padrastos mais próximos da cidade (…)".

Estes projetos não chegaram a ser executados.

No morro de São Diogo, deste tempos coloniais existiu uma pedreira, de onde foi extraído granito até à década de 1960. Devido a essa atividade e aos aterros promovidos na região entre o último quartel do século XIX e o início do século XX, do primitivo morro chegou até aos nossos dias apenas um vestígio, nas proximidades da Estação Leopoldina.[2]

Referências

  1. "M. Bayones de 10 canons qui M. de Beau_ a fait." OZANNE, Nicolas Marie. "Plan de la baye et de la ville de Rio de Janeiro", c. 1745. Gravação: Dronet. Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.
  2. Santo Cristo in Portalgeo.rio.rj.gov.br Consultado em 8 out 2011. Ver ainda iconografia em: Pedreira de São Diogo in vfco.brazilia.jor.br Consultado em 8 out 2011.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
  • SOUSA VITERBO, Francisco Marques de. Dicionário Histórico e Documental dos Arquitetos, Engenheiros e Construtores Portugueses (v.I). Lisboa: INCM, 1988.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Ícone de esboço Este artigo sobre arquitetura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.