Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona

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O Palau Requesens em Barcelona, sede da Academia.

A Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona (em espanhol Real Academia de Buenas Letras de Barcelona, Real Academia dos Boms Escritos de Barcelona) é uma sociedade literária catalã, baseada em Barcelona. Foi fundada em 1729 e tem a sua sede desde 1902 no Palau Requesens no Bairro Gótico de Barcelona.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Como resultado dos Decretos de Nueva Planta todas as universidades catalãs foram fechadas e fundou-se uma única universidade em Catalunha em Cervera.

A Reial Acadèmia de Bones Lletres foi fundada em 1729 por um grupo de intelectuais de Barcelona. Esta instituição deveria continuar a tradição da Acadèmia dels Desconfiats (Academia dos Desconfiados). Esta instituição foi abolida em 1714 por Filipe V. O objetivo desta sociedade era o estudo da história, da língua e da poesia catalã. Os fundadores tinham medo do impacto negativo da deslocamento das universidades catalãs para Cervera, que já durava em torno de 15 anos então.

A Universidade de Barcelona foi fechada em 1715, junto com o resto das universidades catalãs (Tarragona, Girona, Solsona, Vic e Lleida) como consequência dos Decretos do Novo Plano. Em reconhecimento ao apoio da cidade de Cervera durante a Guerra da Sucessão Espanhola, Filipe V concentrou todas as universidades catalãs numa única instituição. Isso perdurou pelos próximos 150 anos na Catalunha.

Em 1752 a Reial Acadèmia de Bones Lletres obteve o título de real academia, concedido pelo rei Fernando VI. Como noutras academias reais, o trabalho da Reial Acadèmia de Bones Lletres estava limitado a um campo específico, neste caso, a língua e a literatura. Uma das primeiras tarefas desta academia foi a compilação dum dicionário catalão.[2]

Durante os três anos do Triênio Liberal, quando a Espanha desfrutou de um maior grau de liberdade política, que durou desde 1820 até 1823 e terminou com a invasão francesa da Espanha, novos membros com novas ideias ingressaram na Academia, como por exemplo Bonaventura Carles Aribau.

Desde a década dos 1850s a Reial Acadèmia de Bones Lletres tornou-se uma das instituições culturais mais dinâmicas da Catalunha. Obteve cinco cátedras e contribuiu para possibilitar o retorno da Universidade a Barcelona em 1837. Muitas das personalidades da Renaixença foram membros seus, como por exemplo Jacint Verdaguer.

Durante todo o século XIX a academia praticou o multilinguismo, embora a língua principal fosse o castelhano. Porém em 1841 e 1857 a academia patrocinou duas competições poéticas, que são usualmente consideradas como os primeiros passos para o início dos Jogos Florais em língua catalã em 1859.

Desde 1901 publica um boletim anual.[3]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Uma descrição deste prédio se pode ver em esta ligação. (em catalão)
  2. Resumo da história da academia no artigo da Grande Enciclopédia Catalã. (em catalão)
  3. Pode ler-se on line. (em catalão)