Renato Rezende Neto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Renato de Azevedo Rezende Neto, assina pelo nome artístico Renato Rezende (São Paulo, 8 de Abril de 1964) é um poeta, artista visual, crítico literário, teórico da arte, curador independente, tradutor e editor brasileiro.

Iniciou seus estudos acadêmicos no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP, e foi diplomado summa cum laude como Bachelor of Arts pela University of Boston – Umass/Boston, em 1989 e tem mestrado e doutorado em Processos Artísticos Contemporâneos pela UERJ. Foi pesquisador do Programa Avançado de Cultura Contemporânea – PACC – ECO/UFRJ e do Projeto Prossiga do CNPq entre 1997 e 2002. Foi professor visitante e é mestre e doutor em Arte e Cultura Contemporânea no Instituto de Artes da UERJ e pesquisador visitante do Museo Reina Sofia, em Madrid.

É autor de Ímpar (Lamparina, 2005, Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional),[1] Noiva (Azougue, 2008), Coletivos (com Felipe Scovino, 2010), No contemporâneo: arte e escritura expandidas (com Roberto Corrêa dos Santos, 2011), Experiência e arte contemporânea (com Ana Kiffer, 2012), Conversas com curadores e críticos de arte (com Guilherme Bueno, 2013), Poesia e vídeoarte (com Katia Maciel, Bolsa FUNARTE 2012), Poesia brasileira contemporânea – crítica e política (2014), Flávio de Carvalho (com Ana Maria Maia, 2015) e da “Trilogia da Fantasia” (Amarração, Caroço e Auréola), entre outros.

Tem apresentado trabalhos de artes visuais em diferentes suportes em eventos como a Draw drawing London biennale (2006), o festival de poesia de Berlim (com o coletivo GRAP = rap + poesia + grafitti, 2007), o Anarcho Art Lab, em Nova Iorque (2011), e o Urbano Digital, no Parque Lage, Rio de Janeiro (2009). Em 2014 assinou, em parceria com Armando Lôbo, a obra musical Noiva – esboço de uma ópera. Em parceria com Dirk Vollenbroich em 2010 apresentou a intervenção urbana MY HEART IN RIO,[2] no Oi Futuro de Ipanema (curadoria de Alberto Saraiva) e em 2015 S.O.S Poesia, no MAR – Museu de Arte do Rio (curadoria de Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz).[3] Renato Rezende também é tradutor, editor-chefe da editora Circuito[4] e curador.

Obras[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • 1990 - Passagem. São Paulo: João Scortecci
  • 1997 - Aura. Rio de Janeiro: 2AB
  • 1999 - Asa. Rio de Janeiro: Velocípede
  • 2000 - Leaves of Paradise. São Paulo: 100 leitores
  • 2001 - Passeio. Rio de Janeiro: Record
  • 2005 - Ímpar. Rio de Janeiro: Lamparina
  • 2008 - Noiva. Rio de Janeiro: Azougue (reimpressão especial, 2019)

Romance[editar | editar código-fonte]

  • 2011 - Amarração. Rio de Janeiro: Circuito
  • 2012 - Caroço. Rio de Janeiro: Azougue
  • 2013 - Auréola. Rio de Janeiro: Circuito

Crítica Literária[editar | editar código-fonte]

  • 2010 - Guilherme Zarvos por Renato Rezende. Rio de Janeiro: Eduerj
  • 2011 - No contemporâneo: arte e escritura expandidas (com Roberto Corrêa dos Santos). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2013 - Poesia e videoarte (com Katia Maciel). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2014 - Poesia brasileira contemporânea – crítica e política. Rio de Janeiro: Azougue

Teoria da Arte[editar | editar código-fonte]

  • 2010 - Coletivos (com Felipe Scovino). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2012 - Experiência e arte contemporânea (org. com Ana Kiffer e Christophe Bident): Rio de Janeiro: Circuito
  • 2013 - Conversas com curadores e críticos de arte (com Guilherme Bueno). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2015 - Flávio de Carvalho (com Ana Maria Maia). Rio de Janeiro: Azougue
  • 2018 - Flávio de Carvalho expedicionário (com Amanda Bonan). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2020 - Trauma – arte contemporânea brasileira (com Juliana de Moraes Monteiro). Rio de Janeiro: Circuito

Coleções (trabalho editorial)[editar | editar código-fonte]

  • Coleção Circuito (fonte primária sobre manifestações, tendências e práticas artísticas e culturais no Brasil de nossos dias). Editora Circuito
  • Coleção Trás-os-mares (com Maria João Cantinho) (prosadores portugueses contemporâneos). Editora Circuito
  • Coleção Nomadismos Argentina (com Teresa Arijón, Barbara Belloc e Sergio Cohn) (ensaístas argentinos contemporâneos). Editora Circuito e Azougue Editorial
  • Coleção Nomadismos Brasil (com Teresa Arijón e Barbara Belloc) (ensaios de artistas brasileiros). Editora Manantial (Buenos Aires)
  • Coleção Nomadismos México (com Teresa Arijón, Barbara Belloc) (ensaístas mexicanos contemporâneos). Editora Circuito
  • Coleção Ataque (com Acácio Augusto) (políticas de esquerda militante no Brasil a partir de junho 2013). Editora Circuito
  • Coleção Transversões (com Charles Feitosa) (pensamento acadêmico trans-disciplinar)

Traduções[editar | editar código-fonte]

  • 1995 - As duas culturas e uma segunda leitura (C.P. Snow). São Paulo: Edusp
  • 2002 - Duveen – o marchand das vaidades (S.N. Behrman). São Paulo: Bei
  • 2003 - Caos – terrorismo poético & outros crimes (Hakim Bey). São Paulo: Conrad
  • 2003 - Sobre a História e outros ensaios (Michael Oakeshott). Rio de Janeiro: Topbooks
  • 2005 - Brasil experimental: arte/vida: proposições e paradoxos (Guy Brett). Rio de Janeiro: Contracapa
  • 2005 - Mar de glória – viagem americana de descobrimento (Nathaniel Philbrick). São Paulo: Companhia das Letras
  • 2006 - Uma questão de vida e sexo (Oscar Moore). Rio de Janeiro: José Olympio
  • 2011 - Museu é o mundo (Hélio Oiticica). Rio de Janeiro: Azougue
  • 2012 - La Doce (Gustavo Grabia). São Paulo: Panda
  • 2014 - Intervenções críticas (Josefina Ludmer) (com Ariadne Costa). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2015 - Suturas. Um breviário (Daniel Link). (com Marcelo Reis de Mello). Rio de Janeiro: Circuito
  • 2015 - Fala, poesia (Tamara Kamenszain) (com Ariadne Costa e Ana Isabel Borges). Rio de Janeiro, Circuito
  • 2016 - The Conspiracy of Modern Art (Luiz Renato Martins). Londres: Brill
  • 2017 - Long Roots of Formalism in Brazil (Luiz Renato Martins). Londres: Brill

Obras publicadas no exterior[editar | editar código-fonte]

  • 2013 - Materialismos (Hélio Oiticica) (org. com Teresa Arijón e Barbara Belloc). Buenos Aires: Manantial
  • 2013 - El método documental (Ana Cristina Cesar) (org. com Teresa Arijón e Barbara Belloc). Buenos Aires: Manantial
  • 2014 - Laura Lima – the fifth floor (org.). MAMBA/Bonnenfantenmuseum
  • 2014 - Fecha de elaboración/ fecha de vencimento (Ferreira Gullar) (org. com Teresa Arijón e Barbara Belloc). Buenos Aires: Manantial
  • 2016 - Ímpar. (trad. Teresa Arijón). Buenos Aires: Gog y Magog
  • 2017 - Línea de tiempo (Helóisa Buarque de Hollanda) (org. com Teresa Arijón e Barbara Belloc). Buenos Aires: Manantial
  • 2019 - Hélio Oiticica – experimentar o experimental (org.). Lisboa: Oca

Curadoria[editar | editar código-fonte]

  • 2011 - A dança (Maria Navarro). Rio de Janeiro: Midrash
  • 2014 - Artevismo hoje. Rio de Janeiro: A Mesa (experiência 4)
  • 2015 - Glossário dos nomes próprios (Alex Cerveny). Rio de Janeiro: Paço Imperial: São Paulo: galeria Triângulo
  • 2015 - Ronald Duarte. Rio de Janeiro: galeria Índica
  • 2015 - Vênus no espelho (Fernando Codeço). Rio de Janeiro: galeria Índica
  • 2016 - Out of shape (com Jari Ortwig). Essen: TOTALE Maschinenhaus 19
  • 2016 - Menina de ouro (Claudia Roquette-Pinto). Rio de Janeiro: Marré de si
  • 2017 - Cassino (Heleno Bernardi). Rio de Janeiro: IED
  • 2017-2018 - Flávio de Carvalho expedicionário (com Amanda Bonan). Brasília e São Paulo: Caixa Cultural

Arte pública[editar | editar código-fonte]

  • 2010 - Eu posso perfeitamente mastigar abelhas vivas. Curadoria de Alberto Saraiva. Rio de Janeiro: Oi Futuro Ipanema
  • 2011 - MY HEART IN RIO (com Dirk Vollenbroich). Curadoria de Alberto Saraiva. Rio de Janeiro: Oi Futuro Ipanema
  • 2015 - S.O.S. POESIA (com Dirk Vollenbroich). Curadoria de Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz. Rio de Janeiro: MAR – Museu de Arte do Rio

Filmes[editar | editar código-fonte]

  • 2015 - Filme de artista (com Cláudio Oliveira e Roberto Corrêa dos Santos)
  • 2016 - Fomos filosofia e poesia... seremos crime? (com Charles Feitosa e Vinicius Nascimento)[5]

Referências: livros, resenhas e artigos[editar | editar código-fonte]

  • BARBOSA, Luiz Guilherme. “Romances de artista”. Rascunho, junho 2013
  • BARBOSA, Luiz Guilherme. “Uma e três críticas”. Prefácio: REZENDE, Renato. Poesia brasileira contemporânea: crítica e política. Rio de Janeiro: Azougue, 2014
  • BASILIO, Astier. “A metafísica do mínimo: um passeio pela poesia de Renato Rezende”. A União, João Pessoa, 29 e 30 junho 2002
  • BASILIO, Astier. “Poeta carioca redescobre-se em Ímpar”. Jornal da Paraíba, 23 de fevereiro de 2006
  • BOSCO, Francisco. “Morrer como programa”. Revista Cult, 128, setembro 2008
  • BUARQUE DE HOLLANDA, Heloísa. “Aura, de Renato Rezende”. www.klickescritores.com.br
  • BUENO, Alexei. “Passeio”. Prefácio: REZENDE, Renato. Passeio. Rio de Janeiro: Record, 2001
  • CARPINEJAR, Fabrício. “Uma escritura que não se ofende com o sujo, o escatológico”. Suplemento de Cultura, OESP, 13 de maio de 2007
  • CARPINEJAR, Fabrício. “Vou comprar dúvidas no mercado público (ou As cidades visíveis e invisíveis”). VOX XXI, n. 17, abril 2002
  • COELHO, Joaquim-Francisco. “Renato Rezende”. In: Os meus orfeus. Asa: Porto, 2001
  • CORRÊA DOS SANTOS, Roberto. “Em algum solo da dor [a propósito de Auréola, de Renato Rezende]. Confrariadovento, junho 2014
  • DAMAZIO, Reynaldo. “Amarração”. Guia Folha, Folha de S.Paulo, 28 de julho 2012
  • DINIZ, Clarissa. “Coletivos”. Revista Dasartes, n. 2, abril/maio 2011
  • DINIZ, Júlio. “Alguns rabiscos e rasuras sobre poesia brasileira”. In: FARIA, Alexandre (org.). Anos 70 – poesia & vida. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2007
  • DINIZ, Julio. “Aura”. Poesia Sempre, n. 9, março 1998
  • FAGUNDES, Igor. “Do sagrado amor”. Rascunho, n. 103, novembro 2008. Reimpresso em: FAGUNDES, Igor. 33 motivos para um crítico amar a poesia hoje. Rio de Janeiro: Multifoco, 2011
  • FAJARDO, Elias. “Amarração”. O Globo online, 19 de novembro de 2012
  • FLORIDO CÉSAR, Marisa. “S.O.S. POESIA – Renato Rezende e Dirk Vollenbroich”. Revista Dasartes, n. 30, maio, 2015
  • GONÇALVES, Guilherme. “Entre...”. Revista Usina, 15 de junho de 2014
  • HENRIQUE DA COSTA, Cristina. “S.O.S. POESIA: a metáfora viva de Paul Ricouer e a imaginação poética hoje”. In: SILVEIRA RIBEIRO, Gustavo; PINHEIRO, Tiago Guilherme; HORTA NASSIF VERAS, Eduardo (orgs.). Poesia contemporânea – reconfigurações do sensível. Belo Horizonte: Quixote+Do Editoras Associadas, 2018
  • HERKENHOFF, Paulo. “S.O.S. Poesia / MAR extracúbico”. In: S.O.S. POESIA. Catálogo da exposição. Rio de Janeiro: Circuito/MAR, 2015.
  • JUNQUEIRA, Ivan. “Aura: raro ouro”. In: O fio de dédalo. Rio de Janeiro: Record, 1998
  • LEILA, Állex. “Noiva, de Renato Rezende”. Via Atlântica, n. 15, junho 2009
  • LOSSO, Eduardo Guerreiro Brito. “Mística secularizada na poesia brasileira contemporânea: leitura de Noiva, de Renato Rezende”. In: REIS PINHEIRO, Marcus; LUCCHETTI BINGEMER, Maria Clara (orgs.). Mística e filosofia. Rio de Janeiro: Editora da Puc-Rio, 2010
  • LOSSO, Eduardo Guerreiro Brito. Renato Rezende por Eduardo Guerreiro B. Losso. Coleção Ciranda da Poesia. Rio de Janeiro: Eduerj, 2014
  • MANNARINO, Ana. “No contemporâneo: arte e escritura expandidas”. Arte & Ensaios, n. 23, novembro 2011
  • MARQUES, Fernando. “Em busca das palavras essenciais”. Prosa & Verso, O Globo, 29 de dezembro de 2001
  • MARQUES, Fernando. “Morte e renascimento”. Pensar, Correio Braziliense, 18 de março de 2006
  • NAZAR DAVID, Sérgio. “A Ítaca de Renato Rezende”. Matraga, v. 14 jul/dez. 2007
  • NUNES, Célio. “Renato Rezende: do simples ao mito”. Arte & Palavra. Suplemento Cultural do Jornal da Manhã, Aracaju, n. 25, outubro 1992
  • OLIVEIRA, Cláudio. “O caroço-oco de Renato Rezende – ou do escrito, do amor e de seus dejetos”. Posfácio: REZENDE, Renato. Caroço. Rio de Janeiro: Azougue, 2013
  • OLIVEIRA, Cláudio. “Uma noiva assassina”. Revista Cult online, dez. 2016
  • OLIVEIRA, Nelson. “A contemplação do mundo que se dissolve no ar”. Página Central, n. 16, abril 1999
  • PALACIO GAMBOA, Martín. “Renato Rezende”. In: Bicho de siete cabezas. Córdoba: Detodoslosmares, 2014
  • PEREIRA, Rogério. “Passeio entre minas e flores”. Rascunho, n. 25, maio 2002
  • PETRONIO, Rodrigo. “Escrita como uma forma de travessia”. Prosa & Verso. O Globo, 13 de fevereiro de 2007
  • PETRONIO, Rodrigo. “Vazio pleno”. Revista Desenredos, n. 19, dezembro 2013
  • PINHEIRO, Marcelo. “Pulsating Art”; “Arte pulsante”. Arte!Brasileiros, n. 2, março 2010; n. 8, março 2011
  • POTEL, Enzo. “Noiva, Renato Rezende”. Orgia Literária, 15 de fevereiro de 2010
  • SANCHES NETO, Migue. “A cidade efêmera e aberta – passeio poético”
  • SCOVINO, Felipe. “Dirk Vollenbroich e Renato Rezende – My Heart in Rio”. Revista Dasartes, n. 2, abril/maio 2011
  • SECCHIN, Antonio Carlos. “Sob a superfície serena do verso”. Prosa & Verso, O Globo, 6 de fevereiro de 1999. Reimpresso como “Plural de anjo”. In: Escritos sobre poesia e alguma ficção. Rio de Janeiro: Eduerj, 2003
  • TORRES, Bolívar. “Muito além do vale-tudo contemporâneo”. Segundo Caderno, O Globo, 17 de abril de 2013

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]