Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos

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Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos
Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos
Autor Domenico Failutti
Data 1921
Gênero pintura histórica, retrato
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 233 centímetro x 133 centímetro
Encomendador Afonso d'Escragnolle Taunay
Localização Museu do Ipiranga
Descrição audível da obra no Wikimedia Commons
Recurso audível (info)
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Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos é uma pintura de Domenico Failutti. A data de criação é 1921. A obra é do gênero pintura histórica. Está localizada em Museu do Ipiranga, normalmente exposta ao lado de Independência ou morte, de Pedro Américo. A obra foi uma encomenda de Afonso d'Escragnolle Taunay. Retrata Maria Leopoldina de Áustria, Pedro II do Brasil, Francisca de Bragança, Paula Mariana de Bragança, Maria II de Portugal, Januária Maria de Bragança.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 233 centímetros de altura e 133 centímetros de largura.[1] Faz parte da Coleção do Fundo Museu Paulista, com o número de inventário é 11954400000000.

O quadro retrata a imperatriz Leopoldina e seus filhos. No colo, está o futuro imperador brasileiro, Pedro II. Na esquerda, de baixo para cima, estão: Paula, Januária e Francisca de Bragança; na direita, está Maria, futura rainha de Portugal. A imperatriz e seus filhos, com roupas formais, estão em um ambiente doméstico, num local luxuoso.[2]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos foi uma encomenda do então diretor do Museu Paulista, Afonso d'Escragnolle Taunay, no contexto da formação do acervo para o centenário da Independência do Brasil. O primeiro retratista com quem Taunay tratou da encomenda, em 1920, foi Rodolfo Amoedo, que inicialmente aceitou, mas depois desistiu do trabalho.[1]

Foi possivelmente a partir da relação com Oscar Pereira da Silva que Taunay conheceu Failutti e lhe encomendou o quadro. Apesar de ter realizado alguns retratos para a elite argentina e uruguaia, Failutti era relativamente pouco conhecido no Brasil quando Taunay lhe fez a encomenda. O pintor, de acordo com correspondência com o diretor do museu, dispôs-se a diminuir seu pagamento para a realização do retrato da imperatriz, um trabalho que considerou uma "honra".[1]

Em suas encomendas, e possivelmente no caso do retrato de Leopoldina, Taunay costumava indicar que os pintores não devessem realizar interpretações, mas seguir um projeto de documentação da história brasileira. Apesar de aparentemente pretender documentar a vida familiar da família real, a cena retratada por Failutti não foi posada, mas imaginada a partir de orientações de Taunay, que assim projetou a obra:[1]

Análise[editar | editar código-fonte]

Sessão do Conselho do Estado, de Georgina de Albuquerque, que retrata a imperatriz Leopoldina como protagonista da política de sua época.

A intenção de Taunay na encomenda do quadro era supostamente diminuir o papel da imperatriz na história da formação brasileira, vista então como tendo apenas a função de "genitora". Essa visão de Leopoldina contrasta, por exemplo, com a pintura Sessão do Conselho do Estado, de Georgina de Albuquerque, finalizada em 1922. Nesse quadro, a imperatriz assume um papel de liderança no processo político de sua época, sendo retratada numa reunião oficial do Conselho de Estado.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f Cavalcanti Simioni, Ana Paula (4 de fevereiro de 2014). «Les portraits de l'Impératrice. Genre et politique dans la peinture d'histoire du Brésil». Nuevo Mundo Mundos Nuevos. Nouveaux mondes mondes nouveaux - Novo Mundo Mundos Novos - New world New worlds. doi:10.4000/nuevomundo.66390 – via nuevomundo.revues.org 
  2. Soares, Ana Carolina Eiras Coelho; Santos, Danielle Silva Moreira dos (3 de julho de 2015). «Pontes feitas apenas "com papéis" não transpõem abismos? As relações de gênero entre novas formas de pensar a história e o ensino de história.». Revista Trilhas da História. 4 (8): 66–83. ISSN 2238-1651 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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