Ricardo Gondim

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Ricardo Gondim
Ocupação teólogo
Página oficial
http://www.ricardogondim.com.br

Ricardo Gondim Rodrigues (14 de janeiro de 1954, Fortaleza, Ceará[1]), é teólogo brasileiro, pastor progressista, presidente nacional da Igreja Betesda, sediada em São Paulo, presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos[2], conferencista. Tem programa de rádio e é colunista de vários veículos de comunicação. É autor premiado de vários livros e artigos polêmicos.

É graduado em Teologia pelo Gênesis Training Center, da Califórnia, em 1977, em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará, em 1980, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, em 2009. Recebeu o Prêmio Areté, da Associação de Editores Cristãos, em 2004.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu católico de uma família que teve padres e freiras na árvore genealógica" e, contrariando as perspectivas familiares, ingressou na Igreja Presbiteriana, onde participou efetivamente e liderou a "União de Mocidade" onde "acreditava ser um dos eleitos" da "presciência" de Deus, crendo fielmente em todos seus dogmas calvinistas, até que teria recebido o batismo com o Espírito Santo e, segundo suas palavras, fora "intimado a comparecer a uma versão moderna da Inquisição", onde lhe pediram: "Peça para sair, evite o trauma de um julgamento sumário. Poupe-nos de nos transformarmos em algozes".[4]

Por influência de seu "melhor amigo, presidente da Aliança Bíblica Universitária", ingressou na Assembleia de Deus, onde percebera que a mesma "estava engessada" e "sobrava legalismo", passando a denunciar, segundo o próprio, a "gerontocracia assembleiana". Afirma que rompeu com a "maior denominação pentecostal do Brasil" e passou a caminhar com a Betesda.[4]

Seus ensinos rompiam com obrigações rigorosas dos Usos e Costumes. Ao escrever o livro "É Proibido: o que a Bíblia Permite e a Igreja Proíbe" em 1998, causou o costumeiro alvoroço em torno de suas polêmicas publicações. O livro hoje não é tão polêmico, dadas as aberturas provocadas pelo segmento evangélico, por intermédio da Igreja Universal, mas Ricardo Gondim sempre está sob os olhos do público religioso com inovadoras publicações teológicas, tendo por último abraçado ensinos do Teísmo Aberto.

Por conta disso, esteve envolto em troca de farpas com defensores de outras teologias. Não aderiu abertamente o Teísmo Aberto mas nomeou sua pretensão de Teologia Relacional, que nada mais seria que uma variante do Teísmo Aberto. Chegou a afirmar que rompia com o protestantismo, mas depois retificou sua fala ao publicar que seu rompimento era com os religiosos e sua "ortodoxolatria".

Sempre negou ser teísta aberto, mas nunca negou sua atração por conceitos ensinados por Clark Pinnock. Publicou alguns artigos falando da impossibilidade de Deus conhecer o que não pode ser conhecido, e tornou-se, no Brasil, um dos maiores representantes dessa teologia, com nuances antropomorfistas, juntamente com Ed René Kivitz.

Por conta dessa última polêmica, conquistou vários manifestos calvinistas contra sua linha de raciocínio, o que resultou numa instabilidade em sua congregação religiosa e houve uma reação de alguns líderes e membros de sua igreja. Ricardo Gondim, então abriu o patrimônio da Igreja Betesda onde ofereceu a liberdade de seus pastores saírem com suas igrejas, somente não abrindo mão do nome da igreja, o que considerava seu maior patrimônio. Por volta de quarenta pastores saíram da Igreja Assembléia de Deus Betesda, levando o patrimônio que geriam e formaram outras congregações religiosas.

Em 2008 desvinculou-se da Assembleia de Deus, tornando a Betesda uma comunidade cristã independente. A partir de 2012 começa a definir e ministrar o tema Espiritualidade Viva.

Seus livros e escritos, em alguns casos, denunciam uma suposta mentira e manipulação pastoral. É um dos oponentes da teologia da prosperidade, da maldição hereditária, própria do neopentecostalismo, além de crítico da teologia calvinista.

Entre as denominações cristãs históricas encontra uma forte manifestação de denúncia e já foi apontado como detentor de doutrina herética. Em 2011, quando o STF reconheceu as uniões homoafetivas, Ricardo Gondim também defendeu o direito de homossexuais se casarem, declarando se arrepender de já ter pregado contra a homossexualidade.[5] Atualmente a sua igreja é aberta ao público LGBT, recente em um dos seus escritos revelou não considerar pecaminosas as relações homossexuais.[6]

É um preletor carismático e participa de eventos que não são muito comuns aos pastores pentecostais, tendo anunciado participação, pela décima vez, numa maratona.[7]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • A Cura da depressão
  • Saduceus e Fariseus
  • Os santos entram em guerra (1993)
  • O Evangelho da nova Era (1993)
  • Ultrapassando barreiras - Vol. 2 - Ricardo Gondim e outros (1994)
  • Creia na possibilidade da vitória (1995)
  • Fim de Milênio: os Perigos e Desafios da Pós-Modernidade na Igreja (1996) ISBN 8585931310
  • É Proibido: o que a Bíblia Permite e a Igreja Proíbe (1998) ISBN 85-7325-181-6
  • Cristianismo, Verdade ou Embuste (1998)
  • Vivendo em Triunfo (2000)
  • Orgulho De Ser Evangélico (2000) ISBN 85-86539-31-7
  • Artesãos de uma Nova História (2001) ISBN 8573521422
  • Como Vencer a Inconstância (2004) ISBN 8573677686
  • A presença imperceptível de Deus (2005)
  • Triunfando num mar de crises (2005)
  • Você acredita em maldição familiar? (2005)
  • Do púlpito 5 (2006) ISBN 85-871-4405-7
  • O Que os Evangélicos (Não) Falam (2006) ISBN 85-86539-92-9
  • Eu Creio, Mas Tenho Dúvidas (2007) ISBN 978-85-7779-011-1
  • Sem perder a alma (2008) ISBN 9788578450038
  • Direto ao ponto (2009) ISBN 9788562562006
  • Missão Integral: em busca de uma identidade evangélica (2009) ISBN 9788586671661
  • Deus imerso no sofrimento humano (2010)
  • Pensando fora da caixa (2010)
  • Possibilidades para a Fé Cristã (2011) ISBN 9788563607553
  • Não Desperdice sua Vida (2012)
  • Pra começo de conversa (2012)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. (PDF) https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/31474/Lu%C3%ADs%20Roberto%20Navarro%20Avellar.pdf?sequence=1  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. Santos, Everthon (21 de julho de 2022). «Vídeo: Pastor Ricardo Gondim, líder da igreja Betesda, diz que vai receber pessoas LGBTQIA+ ao alegar inclusão». Portal de Prefeitura. Consultado em 3 de dezembro de 2022 
  3. «Ricardo Gondim Rodrigues». Escavador. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  4. a b Gondim, Ricardo (31 de março de 2006). «As cem (sem?) razões de meu desencanto». Rede Sepal 
  5. Lopes, Leiliane (12 de maio de 2022). «Ricardo Gondim diz que "homossexualidade não é pecado" e se arrepende de pregar contra a prática». JM Notícia. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  6. «A guerra da igreja evangélica que ousou tratar LGBTs de forma igualitária». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  7. Gondim, Ricardo (9 de abril de 2009). «Minha décima maratona». Blog do Ricardo Gondim 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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