Rio Sepotuba

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Rio Sepotuba
Rio Sepotuba
Nascente Mato Grosso Nova Marilândia
Foz Rio Paraguai
Afluentes
principais
Rio das Tocas
Rio Sepotubinha
Rio Queima-Pé
Rio Sapo
Rio Formoso
Rio Juba
Rio Jubinha
País(es)  Brasil
País da
bacia hidrográfica
 Brasil

O Rio Sepotuba[1] é um curso de água que se situa no estado de Mato Grosso, Brasil, e um importante afluente da Bacia do Alto Rio Paraguai, sendo um dos seus principais tributários.

A bacia hidrográfica do rio Sepotuba possui uma área superior a 984.000 hectares (9.840 km2),[2] representando cerca de 1% da área do Estado de Mato Grosso. Está localizada entre as coordenadas 8.458.830 e 8.217.240 m na direção norte-sul e 315.608 e 515.708 m na direção leste-oeste do sistema de projeção cartográfica UTM, Fuso 21, Meridiano Central -57o, Datum SAD-69 (SERIGATTO, 2006).

A bacia do rio Sepotuba abrange 8 municípios, com a seguinte distribuição de áreas em hectares e percentuais:

Município Área contida na bacia (ha) Participação em relação à área total da bacia (%)
Nova Marilândia 134.948 13,82
Santo Afonso (Mato Grosso) 101.285 10,29
Tangará da Serra 446.627 46,42
Nova Olímpia (Mato Grosso) 15.485 1,57
Barra do Bugres 108.749 11,05
Salto do Céu 39.430 4,00
Lambari d'Oeste 89.240 9,06
Cáceres 47.151 4,79

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Na língua dos índios Parecis, chama-se “Kazazorezá”, que significa “Cipozal”, devido à grande quantidade de cipós encontrados em suas matas ciliares. Também recebe o nome de rio Tenente Lira, em homenagem ao Tenente João Salustiano Lyra, que foi o responsável designado por Marechal Rondon, para o levantamento topográfico da região para a instalação de linhas telegráficas, que ligava Cuiabá - Santo Antônio do Madeira. O Tenente Lyra não assistiu a finalização desse empreendimento em 1919, pois no dia 3 de abril de 1917, morreu afogado nas corredeiras do Rio Sepotuba e seu corpo jamais foi encontrado.

Nascente[editar | editar código-fonte]

As nascentes do rio Sepotuba nasce no norte de Mato Grosso, na encosta da Serra do Parecis, no município de Nova Marilândia. Esta chapada é o divisor de águas entre a bacia Amazônica e a Bacia do Paraguai e possui até 800 metros de altitude.[3]

Afluentes[editar | editar código-fonte]

Rio Sepotuba

Abaixo da Chapada do Parecis, está a Serra do Tapirapuã, um extenso planalto basáltico, com altitudes médias de aproximadamente 450 metros, cortadas pelo rio Sepotuba, até este atingir a depressão do Rio Paraguai. Seus principais afluentes são os rios Formoso e Juba. Também há rios menores, como o rio do Sapo e Russo.

  • Rio Sepotubinha
  • Rio das Tocas
  • Rio Queima-Pé
  • Rio Sapo
  • Rio Formoso
  • Rio Juba
  • Rio Jubinha

Córregos:

  • Ararão
  • Estaca
  • Tarumã
  • Água Limpa
  • Bezerro Vermelho

Pedologia[editar | editar código-fonte]

De acordo com Serigatto (2006) com relação as classes de solos encontradas na área da bacia, baseado no mapa pedológico (SEPLAN, 2000), constatou-se que na área predominam, em nível de ordem, a classe do Latossolo (132.972 ha, 13,50% da área da bacia hidrográfica), Argissolo (408.873 ha, 41,53%) e Neossolo (442.078 ha, 44,90%).

Turismo[editar | editar código-fonte]

Cachoeira Salto das Nuvens

Ao cortar a Serra Tapirapuã, o rio Sepotuba possui diversas cachoeiras e corredeiras, sendo a mais bela a Cachoeira Salto das Nuvens, com uma majestosa queda de 19 metros de altura por 100 metros de largura e a Cachoeira Salto Maciel, com sequência de corredeiras entre rochas.

Cachoeira Salto Maciel.

Documentário[editar | editar código-fonte]

No dia 08 de dezembro de 2018, foi exibido na tela do cinema o documentário “Pelas Águas do Sepotuba[4] em Tangará da Serra. A aventura de atravessar toda a extensão do Rio Sepotuba remando, foi protagonizada por José Ricardo Tognon e Carlos Eduardo Gomes, e registrada pelo cinegrafista e produtor de vídeo português radicado em Tangará da Serra, Lucenio Carvalho. Familiares, amigos, autoridades e apoiadores puderam apreciar as belíssimas imagens feitas ao longo dos 11 dias de jornada, que será inscrita em festivais de cinema do Brasil e até mesmo de Portugal. De acordo com Lucenio, a experiência foi maravilhosa e ver o trabalho concluído foi algo que proporcionou enorme alegria. Mais de 500 gigabytes de imagem em vídeo foram captados por meio das câmeras e drones guiadas por Lucenio. Ao final do documentário, que narrou a situação de degradação do Rio Sepotuba, o público aplaudiu veementemente. José Ricardo Tognon, aventureiro e idealizador da expedição, disse que foi confortável participar e destacou a necessidade de atenção que o Sepotuba precisa.

Durante a crise hídrica vivida em 2016, o Rio Sepotuba foi de grande utilidade para socorrer a falta de água em Tangará da Serra. Diante disso, por meio de depoimentos de ribeirinhos, o documentário valoriza a sua importância não apenas para a população de Tangará da Serra, bem como para todo o Bioma do Pantanal.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Projeto Rio Sepotuba Consultado em 30 de março de 2019
  2. A bacia do Rio Sepotuba e a atuação do Comitê de Bacia Consultado em 30 de março em 2019
  3. Expedição à bacia do Rio Sepotuba Consultado em 30 de março de 2019
  4. Documentário “Pelas Águas do Sepotuba” é exibido e exalta a Importância do rio Consultado em 30 de março de 2019