Rogério da Silva Rego

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Rogério Rego

Rogério Rego
Deputado federal pela Bahia
Período 1971-1982
Dados pessoais
Nascimento 21 de dezembro de 1933
Salvador, BA
Morte 1 de outubro de 1982 (48 anos)
Itapetinga, BA
Alma mater Universidade Federal da Bahia
Cônjuge Célia Diniz Gonçalves Rego
Partido ARENA, PDS
Profissão advogado, servidor público

Rogério da Silva Rego (Salvador, BA, 21 de dezembro de 1933Itapetinga, BA, 1º de outubro de 1982) foi um advogado, servidor público e político brasileiro, outrora deputado federal pela Bahia.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de José Raimundo Fortes do Rego e Elisa da Silva Fortes do Rego. Advogado formado em 1959 pela Universidade Federal da Bahia, tinha ligações políticas com Juracy Magalhães, de quem foi oficial de gabinete na segunda passagem do mesmo como governador da Bahia entre 1959 e 1963,[nota 1] além de ocupar os cargos de assistente jurídico da procuradoria-geral do estado e da prefeitura de Salvador, ora administrada por Heitor Dias. Posteriormente foi diretor do Departamento de Cooperativismo do Estado e procurador do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Servidores do Estado da Bahia.[1]

Em 1967 reassumiu a função de oficial de gabinete de Jutahy Magalhães quando este tornou-se vice-governador ao vencer as eleições de 1966 junto a Luís Viana Filho. No mesmo ano passou algum tempo nos Estados Unidos onde participou de seminários sobre cooperativismo na Universidade de Wisconsin, comunicação na Universidade de Michigan, e sobre o programa do Washington International Center, experiência que rendeu-lhe a publicação de Development of the cooperative system in Brazil em colaboração com José de Siqueira Rodrigues Filho.[1]

Membro da ARENA após a outorga do bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964, elegeu-se deputado federal pela Bahia em 1970, 1974 e 1978.[3] Durante sua vida parlamentar integrou o chamado "grupo renovador" de seu partido ligando-se à figura de Filinto Müller e, com o falecimento deste, a Petrônio Portela.[1] Com a restauração do pluripartidarismo migrou para o PDS em 1980[4] e nesta legenda foi candidato a vice-governador da Bahia na chapa de Clériston Andrade em 1982, mas ambos faleceram durante a campanha eleitoral num acidente aéreo que vitimou mais onze pessoas em Itapetinga em 1º de outubro de 1982.[5][6][7][nota 2]

Em razão do infausto acontecimento, o diretório estadual do PDS indicou João Durval Carneiro e Edvaldo Flores como novos candidatos a governador e a vice-governador, respectivamente, sendo que tal chapa venceu a eleição em 15 de novembro daquele ano.

Notas

  1. Juracy Magalhães fora titular do governo estadual entre 1931 e 1937, quando deixou o poder em protesto contra o Estado Novo.
  2. Vítimas de um acidente aéreo em Itapetinga em 1º de outubro de 1982, faleceram Henrique Brito e Rogério Rego, motivos pelos quais foram efetivados Vasco Neto e Edvaldo Flores. Pouco antes Heitor Dias recusou o mandato por ser conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia enquanto Romeu de Queiroz Filho não assumiu o mandato que lhe caberia.

Referências

  1. a b c d «Biografia de Rogério Rego no CPDOC/FGV». Consultado em 28 de setembro de 2019 
  2. «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Rogério Rego». Consultado em 28 de setembro de 2019 
  3. a b «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 28 de setembro de 2019 
  4. Congresso vai reabrir em março com sete indefinidos (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 17/02/1980. Primeiro caderno, Política e Governo, p. 03. Página visitada em 28 de setembro de 2019.
  5. Daniele Amorim; Luís Lima (19 de janeiro de 2017). «Relembre dez políticos brasileiros que morreram em acidentes aéreos». epoca.globo.com. Época. Consultado em 28 de setembro de 2019 
  6. Clériston morre em queda de helicóptero na Bahia (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/10/1982. Primeiro caderno, Política e Governo, p. 08. Página visitada em 28 de setembro de 2019.
  7. Rego queria ser vice pela 2ª vez (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/10/1980. Primeiro caderno, Política e Governo, p. 08. Página visitada em 28 de setembro de 2019.