SIDAC (software)

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Sistema de Identificação de Assistente Chamador (SIDAC)
Captura de tela
SIDAC (software)
Uma agente da Polícia Militar atende chamadas no Copom de São Paulo em 1990
Desenvolvedor Dígitro
Lançamento outubro de 1985 (38 anos)
Idioma(s) Português

O Sistema de Identificação de Assistente Chamador (SIDAC) foi o primeiro produto da Dígitro na área de segurança pública.[1] Foi criado em outubro de 1985 para o Centro de Operações da Polícia Militar de Santa Catarina (Copom-SC) para combater o trote aos números de emergência (190 e 185). O sistema usava os dados da Telecomunicações de Santa Catarina (TELESC) para identificar o número de telefone que ligou para a linha e se ele era particular ou público, além de poder gravar os dados em disquetes. O produto também foi pensado para a iniciativa privada. O Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) o usou para dar posições de aplicações no open e over para seus clientes. Depois que o sistema foi divulgado na imprensa de Florianópolis, os trotes caíram em 50%.[2] Mais tarde, o SIDAC passou operar juntamente com o Termux, invenção da Compusoft que fornecia outros dados do assinante da linha, como seu nome, localização e pontos de referência. O sistema completo custou NCz$ 300 mil, que de acordo com a PM, se pagou em três meses com a economia gerada pela supressão ao trote.[3] Em 1987, o a Dígitro vendeu o SIDAC para a Argentina, com planos de expansão para o Peru.[4] Em 1988, o sistema foi instalado em Curitiba.[5] Em 1990, o Copom-SP comprou o sistema por Cr$ 1,2 milhão.[5]

O SIDAC foi criticado por Márcio Thomaz Bastos, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por atentar contra o princípio constitucional que proibe gravações de conversas telefônicas como provas, mas foi defendido por por José Roberto Batochio, também ex-presidente da OAB, pelo entendimento que a lei protege a privacidade, mas não o anonimato.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Primeiro produto da Dígitro para Segurança Pública». Revista Dígitro (124). Dezembro de 2010. Consultado em 13 de janeiro de 2023 
  2. «Em SC, computador combate os trotes». Folha de S. Paulo. 30 de outubro de 1985. Consultado em 13 de janeiro de 2023 
  3. «Informatização agiliza ação da PM e diminui trotes por telefone em SC». Folha de S. Paulo. 10 de julho de 1989. Consultado em 13 de janeiro de 2023 
  4. «Empresas do sul exportam para países vizinhos» (PDF). Jornal do Brasil (173). 28 de setembro de 1987. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  5. a b c Claudio Julio Tognolli, Manuela Carta (3 de julho de 1990). «PM vai implantar detector de trotes contra 10 mil alarmes falsos por dia». Folha de S. Paulo. Consultado em 14 de janeiro de 2023