Sadie Plant

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Sadie Plant
Sadie Plant
Nascimento 16 de março de 1964 (60 anos)
Birmingham
Residência Bienna
Cidadania Reino Unido
Alma mater
Ocupação escritora, filósofa, teórica
Empregador(a) Universidade de Warwick, Universidade de Birmingham
Movimento estético ciberfeminismo, Aceleracionismo
Página oficial
http://www.sadieplant.com/

Sadie Plant, nascida Sarah Jane Plant (Birmingham, 16 de março de 1964), é uma filósofa, teórica, autora e professora de estudos culturais inglesa, mais conhecida por seu trabalho de pesquisa na área de cibercultura e pela influência do seu trabalho no surgimento do movimento ciberfeminista dos anos 90.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Sadie Plant fez seu pós-doutorado em Filosofia se tornando PhD pela Universidade de Manchester em 1989 e em seguida passou a dar aulas na Universidade de Birmingham no Departmento de Estudos Culturais. Posteriormente, ela fundou a Unidade de Pesquisa em Cultura Cibernética (Cybernetic Culture Research Unit) com seu colega Nick Land na Universidade de Warwick, onde ela era membro facultativo. Sua pesquisa original era relacionada ao movimento cultural Internacional Situacionista (IS), expressa em seu livro The most radical gesture (1992), antes de se voltar para o potencial social e político da ciber-tecnologia.[4][5][6]

Ela também contribuiu para as teorias aceleracionistas, no contexto de outros intelectuais da Universidade de Warwick influenciados pelos franceses Deleuze e Guattari. Nos início dos anos noventa, com a popularização da internet e de sua influência cultural, diversos estudos surgiram apontando a influência das tecnologias de informação e da globalização em uma reafirmação futura do capitalismo. Contudo, dentro do aceleraciosmo haviam visões diferentes: uma delas ficou conhecida como a "Ideologia Californiana", uma visão utópica e otimista de que a tecnologia por si só era a solução dos problemas da sociedade e de outro lado os aceleracionistas britânicos como Sadie, que estudam esse período sob uma visão mais crítica. Também foi nesse contexto que ela fundou o Cybernetic Culture Research Unit (CCRU).[7]

Em 1997, Sadie deixou a Universidade de Warwick para escrever em tempo integral. Seus trabalhos ao longo da década de noventa influenciaram o desenvolvimento do ciberfeminismo, quando ela começa a usar esse termo para se referir a uma aliança entre mulheres, máquinas e novas tecnologias. [8][9][10] No mesmo ano ela lança seu livro Zeros e Uns, onde ela começa a estudar a a cultura computacional e recupera a história do papel das mulheres no desenvolvimento da tecnologia da informação, a partir de figuras históricas como por exemplo Ada Lovelace, para desmistificar a ideia vigente na época de que a tecnologia é inerentemente masculina e sexista.[11] A partir desse olhar que recupera a história de quando os computadores ainda eram pessoas, em sua maioria mulheres que calculavam as primeiras máquinas, ela argumenta que as tecnologias estariam apenas reproduzindo as estruturas patriarcais da sociedade e que o desenvolvimento das TI estão entrelaçados com com as desigualdades de gênero na sociedade.[12][13]

Obras[editar | editar código-fonte]

Livros

  • The most radical gesture, Routledge, Londres, 1992.[14][15]
  • Zeros e Uns, 1997[16]
  • Writing on Drugs, 1999
  • Mulher Digital: O Feminismo e as Novas Tecnologias, Rosa dos Tempos, 1999[17]

Referências

  1. «Intermedia Art: Sadie Plant | Tate». www.tate.org.uk. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  2. «Sadie Plant». CCCB (em espanhol). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  3. «Sadie Plant - Literature». literature.britishcouncil.org. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  4. «Divus | Nick Land – An Experiment in Inhumanism». web.archive.org. 18 de janeiro de 2014. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  5. «Quantum Feminist Mnemotechnics: The Archival Text, Digital Narrative and The Limits of Memory | ELMCIP». web.archive.org. 24 de março de 2016. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  6. Doyle, Rob. «Writing On Drugs by Sadie Plant (1999)». The Irish Times (em inglês). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  7. «Accelerationism: how a fringe philosophy predicted the future we live in». the Guardian (em inglês). 11 de maio de 2017. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  8. «Sadie Plant - Monoskop». monoskop.org. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  9. TIMETO, Federica. «Por uma teoria do ciberfeminismo hoje: da utopia tecnocientífica à crítica situada do ciberespaço». PPGAV-UFRGS. Porto Arte - Revista de Artes Visuais. v.24 n.40: 9 
  10. Navarro, Toni (4 de setembro de 2021). «Os filtros do Instagram que ajudam a escapar dos limites do mundo físico». El País Brasil. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  11. «Interview: Sadie Plant : IT girl for the 21st century». The Independent (em inglês). 11 de outubro de 1997. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  12. «Nonfiction Book Review: Zeros and Ones: Digital Women and the New Technoculture by Sadie Plant, Author Doubleday Books $23.95 (320p) ISBN 978-0-385-48260-8». PublishersWeekly.com (em inglês). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  13. «Sadie Plant: Zeros + Ones: Digital Women and the New Technoculture (1997) — Monoskop Log» (em inglês). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  14. Plant, Sadie (22 de janeiro de 2002). «The Most Radical Gesture». doi:10.4324/9780203210260. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  15. Plant, Sadie. «The most radical gesture» (PDF). Monoskop.org 
  16. PLANT, Sadie. «Zeros and Ones» (PDF). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  17. Sadie., Plant, (1999). Mulher digital o feminismo e as novas tecnologias. [S.l.]: Rosa dos Tempos. OCLC 230873535 
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