Samuel Kilsztajn

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Samuel Kilsztajn
Samuel Kilsztajn
Nascimento 09 de julho de 1951 (72 anos)
Jafa
Filho(a)(s) Yara Kilsztajn (1976)
Yacov Kilsztajn (1999)
Hanna Kilsztajn (2002)
Lia Kilsztajn (2004)
Alma mater USP
Unicamp
PUC - SP
New School for Social Research

Samuel Kilsztajn (Jafa, 9 de julho de 1951), filho de judeus poloneses sobreviventes do Holocausto, imigrou aos dois anos de idade para o Brasil, onde reencontrou seu perdido shtetl polonês no Bom Retiro, São Paulo.[1] Participou ativamente do movimento político estudantil em 1968, durante a Ditadura Militar no Brasil, e seguiu carreira acadêmica na área da economia política, demografia e saúde pública. Professor e pesquisador da Unicamp, com pós-doutorado na New School for Social Research/Nova York, é Professor Titular em Economia Política pela PUC - SP. Começou a exercer a profissão de terapeuta chinês em 2010 e, a partir de 2012, tem se dedicado a escrever ensaios e memórias.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Samuel passou a infância no Bom Retiro e cursou o ensino médio no Colégio Estadual de São Paulo no Parque D. Pedro II. Durante a Ditadura Militar, aos 17 anos de idade, integrou o Partido Operário Comunista formado a partir da POLOP; foi preso político em 1971 e indiciado como infrator da Lei de Segurança Nacional. Graduou-se pela USP em 1974; recebeu o título de mestre em 1978 e doutor em 1984 pela Unicamp; e de professor titular em 1994 pela PUCSP. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Economia Política e o Laboratório de Economia Social – LES[2] da PUCSP.

Jaffa, 1953

Dirigiu pesquisas em Economia Social (racismo,[3] habitação,[4] drogas[5]) e Saúde Pública (economia da saúde,[6] saúde reprodutiva,[7] violência,[8][9] AIDS[10][11]). Em 2009 formou-se em acupuntura, fitoterapia e medicina chinesa pelo Cemetrac, na tradição do Mestre Liu Pai Lin. Desde 2012 tem se dedicado a escrever ensaios e memórias da família e pessoais. Começou escrevendo as histórias de seus pais, que não queriam lembrar, mas esquecer o Holocausto; e passou a escrever as suas memórias da Ditadura Militar no Brasil. Entregou-se à sua língua e literatura materna, a Língua iídiche; e, de acordo com os valores humanistas, pacifistas, internacionalistas e racionalistas que herdou, passou a militar no movimento antissionista. Durante a pandemia do coronavírus, empenhou-se, como costumaz viajante, em ruminar as suas pregressas viagens, rodando o mundo em palavras.

DOPS, 1971

Produção acadêmica[editar | editar código-fonte]

  • Capitalismo e personificação do capital, um estudo sobre a tecnocracia (Dissertação de Mestrado/1978)[12]
  • Autoridades monetárias, dívida externa e haveres financeiros – Brasil – anos setenta (Tese de Doutorado/1984)[13]
  • O acordo de Bretton Woods e a evidência histórica, o sistema financeiro internacional no pós-guerra (Pós-doutorado/1987)[14]
  • Dowbor L, Kilsztajn S (orgs). Economia social no Brasil. São Paulo: SENAC, 2001 (menção honrosa do Prêmio Jabuti/2002)[15]
  • Planos privados e assistência à saúde do idoso no Brasil (Prêmio em Economia da Saúde do IPEA/2004)[16]
  • Autor de inúmeros artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais na área de economia política, demografia e saúde pública.[17][18]

Ensaios e memórias[editar | editar código-fonte]

Judaica[editar | editar código-fonte]

  • Yiddish
  • Shulem
  • Returnees
  • Jaffa

Política[editar | editar código-fonte]

  • 1968, sonhos e pesadelos
  • Do socialismo científico ao socialismo utópico
  • A era da distopia

Viagens pictóricas[editar | editar código-fonte]

  • Rodando o mundo em palavras
  • Partir c’est garder son équilibre


Apresentações e entrevistas[editar | editar código-fonte]

  • Yiddish Book Center[19]
  • Returnees/Círculo de Refleção #37, Casa do Povo
  • Instituto Humanitas Unisinos[20]
  • Memorial da Resistência/SP[21]


Referências

  1. https://archives.jdc.org/from-europe-to-israel-to-germany-to-brazil/
  2. Folha de S.Paulo, 21set 2001, B2: Revolução tecnológica democratiza o conhecimento, por Gesner Oliveira
  3. https://www.geledes.org.br/concentracao-e-distribuicao-do-rendimento-por-raca-no-brasil/
  4. https://aterraeredonda.com.br/moradias-populares/
  5. Revista Terra, ano 13, nº 162, p.36: Guerra do tráfico, por Leonardo Sakamoto
  6. Gazeta Mercantil, 14nov2002, caderno p.11: Envelhecimento em curso, por Eduardo Geraque
  7. https://agencia.fiocruz.br/vitalidade-do-rec%C3%A9m-nascido-n%C3%A3o-est%C3%A1-associada-ao-tipo-de-parto
  8. https://revistapesquisa.fapesp.br/a-logica-invertida-do-transito-nas-metropoles/
  9. Gazeta Mercantil, 22nov2002, caderno p.1: Violência desfocada, por Eduardo Geraque
  10. O Estado de S.Paulo, 11mar2001, A16: Uma geração fragmentada, outra ameaçada, por Roldão Arruda
  11. https://www.folhadelondrina.com.br/geral/estudo-relaciona-jovens-e-a-aids-326742.html?d=1
  12. https://www.repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/51501
  13. https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/17825
  14. https://www.rep.org.br/PDF/36-6.pdf
  15. https://www.editorasenacsp.com.br/livro/economia-social-no-brasil-3-edicao
  16. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3222?mode=full
  17. https://www.researchgate.net/profile/Samuel-Kilsztajn
  18. https://www.escavador.com/sobre/1550739/samuel-kilsztajn
  19. https://www.yiddishbookcenter.org/collections/oral-histories/interviews/woh-fi-0001059/samuel-shmulik-kilsztajn-2018
  20. https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-entrevistas/631114-a-era-da-distopia-a-populacao-revira-o-lixo-das-grandes-cidades-em-busca-de-alimentos-entrevista-especial-com-samuel-kilsztajn
  21. https://vimeo.com/882055663/9134b71153?share=copy