Serra dos Carajás

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 Nota: Para o programa econômico regional, veja Projeto Grande Carajás. Para a zona fisiográfica e de atividades de extração mineral brasileira, veja Província Mineral Carajás.
Serra dos Carajás
—  acidente geográfico  —
Serra dos Carajás
Vista de satélite de uma das minas da Serra dos Carajás.
Localização
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Coordenadas
Continente
Países  Brasil
Localização Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu
Pará
Características gerais
Tipo
Cume(s) mais alto(s) Monte Redenção; Serra Sul
Dimensões
Altitude máxima 716 m
Área
  • 18 000 quilómetro quadrado

A Serra dos Carajás é uma grande cordilheira e acidente geográfico presente no sudeste do estado do Pará, no Brasil. A serra leva o nome dos índios Carajá que habitam a área há séculos. Confluente ao seu território está a Província Mineral Carajás, onde desenvolve-se o Projeto Grande Carajás, um imenso projeto de extração mineral, de produção agrícola, de transformação e beneficiamento mineral, de produção energética e de infraestruturas logísticas. Anteriormente à colonização de origem portuguesa, esse território era povoado pelos povos carajás, suruís-aiqueuaras e caiapós.

A extensão da serra subdivide-se em regiões, como Serra Norte, Serra Sul, Serra Leste, Serra do Sossego, Serra Oeste, Serra do Buriti e outras. Ao sul da Serra dos Carajás há a formação da Serra dos Gradaús e ao oeste a Serra do Cachimbo.

A Serra dos Carajás, assim como seu entorno, atualmente encontram-se densamente povoados. Grandes centros urbanos se instalaram nas proximidades do acidente geográfico, fato que contribuiu para a profunda modificação paisagística ocorrida no local a partir da década de 1970. A própria serra encontra-se em contínuo processo de modificação paisagística devido aos grandes projetos minerários assentados em seu território.[1][2]

Importância econômica para a região[editar | editar código-fonte]

Faz parte da maior região da Floresta Amazônica e é conhecida por seus ricos recursos minerais, principalmente minério de ferro. Carajás é uma das maiores províncias minerais do mundo e contém vastas jazidas de minério de ferro de alto teor. A Mina de Carajás, operada pela mineradora brasileira Vale, é uma das maiores minas de minério de ferro a céu aberto do mundo. Está em operação desde a década de 1980 e contribui significativamente para a economia brasileira.[3]

Além do minério de ferro, a região da Serra dos Carajás também é conhecida por suas jazidas de outros minerais, como manganês, ouro e cobre. Esses recursos atraíram atividades de mineração, levando ao desenvolvimento de cidades e infraestrutura na área.[4]

Além da mineração, a região da Serra dos Carajás também possui atividades agrícolas, principalmente a pecuária e o cultivo da soja. A Estrada de Ferro Carajás, que liga a região ao litoral, facilita o escoamento tanto de minérios quanto de produtos agrícolas.

Importância ambiental[editar | editar código-fonte]

É o lar de uma grande variedade de espécies vegetais e animais, incluindo várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Esforços têm sido feitos para proteger o ambiente natural da região, com o estabelecimento de unidades de conservação como a Floresta Nacional de Carajás e o Parque Nacional Tapirapé-Aquiri[5]

Serra N1 em fevereiro de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Rezende, N. - Carajás: memórias da descoberta, Editora Gráfica Stamppa, 2009, 316 pg.
  2. Vale - Projeto Ferro Carajás S11: Um novo impulso ao desenvolvimento sustentável do Brasil, disponível em http://saladeimprensa.vale.com/_arquivos/Final%20-%20Book%20S11D%20-%20PORT.pdf Arquivado em 1 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine., acessado em 08/11/2013.
  3. RIOS, Francisco Javier; VILLAS, Raimundo Netuno; DALUAGNOL, Roberto. O Granito Serra dos Carajás: I-Fácies petrográficas e avaliação do potencial metalogenético para estanho no Setor Norte. Brazilian Journal of Geology, v. 25, n. 1, p. 20-31, 1995.
  4. LINDENMAYER, Zara Gerhardt; LAUX, Jorge Henrique; TEIXEIRA, João Batista Guimarães. Considerações sobre a origem das formações ferríferas da Formação Carajás, Serra dos Carajás. Brazilian Journal of Geology, v. 31, n. 1, p. 21-28, 2008.
  5. OLIVEIRA-DA-SILVA, Fúvio Rubens; ILKIU-BORGES, Anna Luiza. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Sematophyllaceae. Rodriguésia, v. 69, p. 1035-1044, 2018.