Setor Palácio Presidencial

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Vista do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil.

O Setor Palácio Presidencial (SPP) é um setor localizado na Zona Cívico-Administrativa, em Brasília, no Distrito Federal. Corresponde à área do Palácio da Alvorada, do Palácio do Jaburu e da Área de Tutela da Vila Planalto. Caracteriza-se por extensas áreas verdes públicas e de segurança nacional, em torno dos palácios, localizadas na extremidade da orla do Lago Paranoá.[1]

Os palácios[editar | editar código-fonte]

Palácio da Alvorada[editar | editar código-fonte]

A construção do Palácio da Alvorada em 1957.
Ver artigo principal: Palácio da Alvorada

É a residência oficial do Presidente do Brasil. Diferente de alguns países onde a sede do executivo é também a casa do presidente e de sua família, o Brasil tem um palácio para o gabinete presidencial, o Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, e o Alvorada, que serve de residência para o chefe do executivo. Tem três pavimentos e é usado também para recepções oficiais. Sua arquitetura moderna icônica é um dos símbolos mais conhecidos da cidade - mesmo o brasão do Distrito Federal é inspirado em suas colunas.[2]

Situa-se às margens do lago Paranoá e foi primeiro edifício oficialmente inaugurado na cidade, em 30 de junho de 1958, tendo sido projetado por Oscar Niemeyer e sendo Patrimônio Cultural tombado.[3] Ficam no terreno também a capela e a praça do Palácio da Alvorada.[4]

O Palácio da Alvorada a noite e de dia, em 1962.
Vista do Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice-presidente do Brasil.

Palácio do Jaburu[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Palácio do Jaburu

É a residência oficial do Vice-presidente do Brasil, ficando as margens da Lagoa do Jaburu. Foi concluído em 1977, tendo servido de moradia aos vices desde então, exceto entre 1985 e 1990, quando foi usado pelo Itamaraty como moradia temporária para chefes de estado estrangeiros em visita, e entre 2016 e 2018, quando Michel Temer decidiu ficar no local após assumir a presidência. É bem menos monumental do que o Alvorada, tendo sido considerado mais aconchegante por alguns de seus ocupantes que o palácio presidencial, sendo voltado apenas a moradia. Seu destaque é a ampla área externa. Seus espaços internos são mais intimistas e privados, mas seu estilo é moderno, também sendo projetado por Niemeyer e, como o Alvorada, é Patrimônio Cultural tombado.[5] [6]

Elementos geográficos[editar | editar código-fonte]

Bosque dos Leões[editar | editar código-fonte]

As margens do Paranoá, fica entre o Palácio da Alvorada e o Setor de Hotéis e Turismo. Tem palmeiras imperiais e vegetação rasteira do Cerrado.[7]

Os Jardins de Burle Marx no Palácio do Jaburu.

Jardins de Burle Marx[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Jardins de Burle Marx

Localizados no Palácio do Jaburu, tem uma área implantada de aproximadamente 231.074,00 metros quadrados, tendo sido projetado por Roberto Burle Marx. É composto por árvores frutíferas, plantas típicas do cerrado brasileiro e outras plantas oriundas de outras regiões do Brasil. Faz parte de um conjunto de jardins tombados do famoso paisagista.[1][8][9][10]

Lagoa do Jaburu[editar | editar código-fonte]

Um pequeno corpo de água natural próximo ao Paranoá, do qual o Palácio do Jaburu herdou o nome. Esteve perto de secar no fim dos anos 1990, tendo recebido água do Paranoá para manter o nível.[11]

Acesso[editar | editar código-fonte]

O setor pode ser acessado através da Via Palácio Presidencial e pela via Estrada Hotéis de Turismo (EHT). O Palácio da Alvorada também possui um heliponto, exclusivo para o Presidente da República.

Referências

  1. a b «Setor Palácio Presidencial e Área de Tutela da Vila Planalto» (PDF). Consultado em 9 de agosto de 2020 
  2. Ilana Di Brito (8 de setembro de 2016). «Conheça o Palácio da Alvorada». Casa Vogue. Consultado em 23 de março de 2017 
  3. «Obras de Oscar Niemeyer são tombadas como Patrimônio Cultural». Correio Braziliense. 7 de junho de 2017. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  4. «Palácio da Alvorada». Governo do Brasil. 23 de novembro de 2014. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  5. «Brasília – Palácio Jaburu». iPatrimonio. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  6. «Temer não se adapta ao Alvorada e volta a morar no Palácio do Jaburu». Folha de S.Paulo. 1 de março de 2017. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  7. «Áreas Verdes». Novacap. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  8. Muniz, Lara (5 de outubro de 2018). «Conheça o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente do Brasil». Casa e Jardim. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  9. «Brasília – Jardins de Burle Marx». iPatrimônio. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  10. «Abandonados e até alvo de pichações, jardins de Burle Marx agonizam». Correio Braziliense. 19 de julho de 2011. Consultado em 9 de agosto de 2020 
  11. Gonçalves, T. D.; Matos, E. M.; Campos, J. E. G. «Estudo do Rebaixamento da Lagoa do Jaburu: Causas e Estratégias de Recuperação e Cartilha (Livrete): Vida e Esperança de Recuperação da Lagoa do Jaburu - Brasília - DF» (PDF). Consultado em 8 de agosto de 2020