Sikhanyiso Dlamini

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Sikhanyiso Dlamini
Sikhanyiso Dlamini
Nascimento 1 de setembro de 1987
Mebabane
Cidadania Essuatíni
Progenitores
Alma mater
Ocupação política, executiva de negócios
Título princesa

SAR Princesa Sikhanyiso de Essuatíni (Mebabane, 1 de setembro de 1987) é a filha mais velha do Rei Mswati III de Essuatíni. Ela é a primeira dos seus trinta filhos, e sua mãe é a primeira das dez rainhas do Rei Mswati, Inkhosikati LaMbikiza.

Vida e educação[editar | editar código-fonte]

Sikhanyiso Dlamini foi educada na grã-Bretanha, na colégio particular St Edmund's College, em Ware na Inglaterra, onde ela ficou na Casa Challoner. Ela continuou a estudar teatro na Universidade Biola, na Califórnia.[1] Em 2012, a Princesa Sikhanyiso graduou-se da Universidade de Sydney, com um diploma de mestre em comunicação digital. Enquanto na Austrália, ela residia em Glebe com seu assessor nomeado pelo palácio Yemma Sholo.[2] Ela é a primeira filha de Inkhosikati LaMbikiza e tem mais de duas centenas de tios e tias com relação sanguínea, através de seu avô, o Rei Sobhuza II, que tinha setenta esposas e duas centenas de crianças. Ela é também uma de seus mil netos na Casa de Dlamini.[3]

Em 2001, Mswati III instituiu o umchwasho - um ritual tradicional de castidade - na Essuatíni, como meio de combater a epidemia de AIDS. A princesa tornou-se foco de controvérsia enquanto ainda estava no estrangeiro, pois não estava seguindo as restrições do ritual.[4] Enquanto estudava no exterior, a Princesa Sikhanyiso desenvolveu uma reputação de ignorar, ou de se rebelar, contra as tradições do seu país natal.[5] Sikhanyiso veste calça jeans e minissaias, algo que as mulheres na Essuatíni são proibidas de fazer.[6]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em 14 de dezembro de 2003, um relatório apareceu no jornal Times of Swaziland, alegando que a Princesa Sikhanyiso havia embarcado em uma viagem para os Estados Unidos e grã-Bretanha, e que o governo Suazi tinha gastado cerca de 100 mil dólares na viagem. O gabinete do Primeiro-Ministro, posteriormente, emitiu um comunicado de imprensa para refutar essas afirmações.[7]

No fim do banimento de 2005, a Princesa Sikhanyiso, então com dezessete anos de idade, comemorou com uma festa com música alta e álcool na residência da Rainha-mãe. Como punição pelo desrespeito da princesa à residência real, durante o qual Mswati anunciou seu noivado com uma nova mulher, um oficial da supervisão de assuntos tradicionais bateu na Princesa Sikhanyiso com uma vara.[8]

No ano seguinte, a princesa criticou a instituição da poligamia em Essuatíni, dizendo: "a poligamia traz todas as vantagens de um relacionamento para o homem, e isto para mim é injusto e mal". A Princesa foi subsequentemente "amordaçada" pelo Palácio Real e a imprensa não foi autorizada a contactá-la.[9] Ela é uma aspirante a atriz e rapper e é comumente conhecida como "Pashu" em Essuatíni.[10][11]

Em 2007 foi destaque em um documentário intitulado Without the King (Sem o Rei em português) sobre a monarquia de Essuatíni, a disparidade entre a riqueza da realeza e a pobreza generalizada de seus súditos e a crise de HIV e AIDS.[12][13]

No final de setembro de 2013, a Princesa teve uma conversa de cerca de três horas de duração com uma organização suazi proscrita no Twitter, o Movimento Popular Democrático Unido.[14] Após o ocorrido, sua conta no Twitter foi apagada sem explicação.[carece de fontes?]

Conquistas[editar | editar código-fonte]

O Rei apoiou a Princesa com o seu lançamento da Fundação Imbali em abril de 2014.[15] A fundação foca na saúde, educação e espiritualidade do Imbali YemaSwati (O regimento de donzelas suazi dirigido pela Inkhosatana ou a donzela-chefe). A Princesa concorre no concurso de beleza Miss Turismo Essuatíni.[16] A Associação de Deficientes Auditivos da Essuatíni solicitou o seu patrocínio para o Miss África Surda e recebeu o apoio do governo.[17]

Durante a breve permanência da princesa na Malásia para um programa de estágio na Universidade de Limkokwing, ela gravou uma música achamada "Hail Your Majesty" em homenagem ao pai. A estréia da música-tributo recebeu uma ovação em Limkokwing durante a atribuição de um doutorado honorário ao rei Mswati III em 4 de julho de 2013.[18]

A Princesa é membro do conselho de administração da MTN Swazilândia, uma empresa multinacional de telecomunicações móveis.[19] Ela nomeou um empresário da Malásia, o diretor do MyStartBiz Sdn Bhd, Muhammad Qadeer, como seu enviado especial para a Promoção de Investimentos no Reino de Essuatíni[20]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  1. "Abeze Kim" (feat M'du e Princesa Lindani)
  2. "Hail Your Majesty"

Ancestralidade[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Busari, Stephanie (29 de maio de 2008). «British blue blood top 'Hottest Royal' list». CNN. Consultado em 12 de maio de 2011 
  2. Frost, Carleen (5 de maio de 2012). «Royal rapper Princess Sikhanyiso Dlamini of Swaziland masters Sydney». Sydney Daily Telegraph. Consultado em 13 de julho de 2014 
  3. Matsebula, Bhekie (4 de dezembro de 2001). «Profile: Troubled King Mswati». BBC. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  4. Matsebula, Bhekie (17 de dezembro de 2001). «Swazi princess dons chastity tassel». BBC. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  5. «Swazi women fear losing their trousers». 24 de junho de 2002. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  6. «Profile: Swaziland bans 'rape-provoking' miniskirts». The Age. 24 de dezembro de 2012. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  7. «The Issue of 'E1 Million Spent on Princess Sikhanyiso' and The Issue of 'Building' Royal Palaces». 26 de janeiro de 2004. Consultado em 7 de agosto de 2017. Cópia arquivada em 17 de junho de 2006 
  8. «Report: Swazi princess whipped for loud music». CNN. 28 de agosto de 2005. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  9. «The princess's polygamy slur». 1 de setembro de 2006. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  10. «PASHU D». Consultado em 7 de agosto de 2017 
  11. «Pashu em ReverbNation». Consultado em 7 de agosto de 2017 
  12. Scheib, Ronnie (23 de abril de 2008). «Without the King». Variety 
  13. Catsoulis, Jeannette (25 de abril de 2008). «An Extravagant Ruler of a Modest Kingdom». The New York Times 
  14. «Swaziland Princess tweets with terrorists». Royalty in the News. Consultado em 27 de maio de 2017. Arquivado do original em 19 de outubro de 2014 
  15. Tshabalala, Nontobeko (22 de junho de 2013). «King approves Imbali Foundation». Consultado em 7 de agosto de 2017 
  16. «Imbali Foundation to Host Miss Tourism SD». Times of Swaziland 
  17. Masuku, Kwazi (30 de junho de 2014). «DPM pledges support for miss deaf pageant». Times of Swaziland 
  18. Yee, Pete (10 de julho de 2014). «'Royal Rapper' Sikhanyiso shines». Limkokwing University. Consultado em 19 de novembro de 2011 
  19. «Sikhanyiso for MTN board». Times of Swaziland. 4 de junho de 2012. Consultado em 7 de agosto de 2017 
  20. Motau, phephile (10 de novembro de 2015). «Princess Sikhanyiso appoints Malaysian to promote country». Times of Swaziland. Consultado em 7 de agosto de 2017