Simão Faiguenboim

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Simão Faiguenboim
Nome completo Simão Faiguenboim
Nascimento 15/11/1916
Paissandu, Uruguai
Morte 03/04/1991
São Paulo, Brasil
Residência São Paulo
Nacionalidade Brasileira
Progenitores Mãe: Felícia Fani Galperin Faiguenboim
Pai: Guilherme Faiguenboim
Cônjuge Elisa Maghidman Faiguenboim
Filho(a)(s) Guilherme Faiguenboim, Ceres Frommer Faiguenboim, Irene Faiguenboim
Ocupação Professor de química
Principais trabalhos Anglo
Religião Judeu

Simão Faiguenboim (Paissandú, 15 de novembro de 1916 - São Paulo, 3 de abril de 1991) foi um professor brasileiro que era formado em química pela USP em 1941[1] e um dos fundadores do Anglo Vestibulares, o mais antigo curso pré-vestibular do país.

Ficou conhecido por sua brilhante capacidade de ensinar. Seu lema era "Ensinar é um ato de amor".[2]

Morreu de infecção generalizada, em São Paulo, aos 74 anos.[3]

O Sistema Anglo de Ensino[editar | editar código-fonte]

As sementes do Anglo foram lançadas ainda no século 19, quando, em 1894, o educador português Antônio Guerreiro chegou ao Brasil e fundou, na cidade de São Paulo, o Ginásio Professor Guerreiro - por ele renomeado, depois da Primeira Guerra Mundial, Ginásio Anglo-Latino, em homenagem aos aliados.[4]

Logo após a Revolução de 1932, Celestino Rodrigues, jovem estudante de Engenharia que havia ingressado em 1º lugar na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e Leo Bonfim, professor da Poli que preparava candidatos para o vestibular da escola, associaram-se e instalaram, no prédio do ginásio, um curso preparatório que se denominou Curso Anglo-Latino.

No final dos anos 30, com o falecimento do Prof. Guerreiro, os herdeiros venderam as instalações para Leo, Celestino e outros professores, que expandiram o ginásio e abriram o Colégio Anglo-Latino. Na década seguinte, o Anglo-Latino firmou-se como o melhor colégio particular de São Paulo e o melhor curso preparatório para Exatas.

Em 1950, vislumbrando oportunidades na área da construção civil, Leo e Celestino decidiram fechar o ginásio e o colégio. Transferiram os alunos para outras instituições de ensino e venderam os prédios.

O Prof. Simão Faiguenboim, que dirigia o Curso Anglo desde o término da Segunda Guerra Mundial (1947), convidou os professores Emílio Gabriades, que era formado em engenharia química pela Poli-USP em meados dos anos 40, mas que ensinava física[5] e Abram Bloch, que lecionava matemática,[6] para prosseguirem com as atividades nas instalações do Colégio São Paulo de Piratininga. Carlos Marmo, professor de Desenho, completou o quarteto, que ficou conhecido em todo o país nas décadas de 50 e 60 graças aos seus recursos didáticos.

Sob o comando de Simão, Gabriades e Bloch, o Anglo criou os primeiros fascículos teóricos, os primeiros simulados e o "O Anglo Resolve", publicação com resoluções e comentários das questões dos principais vestibulares. Os anos 60 trouxeram para a equipe o matemático Cid Guelli, que mais tarde se tornaria o professor-símbolo do Anglo, pela sua competência e dedicação.

Na década de 70, sob a coordenação pedagógica de Nicolau Marmo, houve inovações importantes: o Anglo criou a apostila-caderno, que viria revolucionar o setor de material didático e ampliou a sua atuação, antes concentrada na área de Exatas, para as áreas de Biológicas e Humanas.

No início dos anos 80, o Anglo iniciou a produção de material didático destinado ao então Segundo Grau, para atender as unidades conveniadas, e inaugurou a sua segunda unidade na cidade de São Paulo, na Rua Sergipe.[7]

A terceira unidade seria inaugurada na Avenida João Dias na década seguinte, quando o Anglo também daria o passo que faltava para completar o atendimento prestado aos parceiros: passou a produzir material para o Ensino Fundamental e a Educação Infantil.

Homenagens nas ruas de São Paulo[editar | editar código-fonte]

Na cidade de São Paulo há duas homenagens ao professor Simão Faiguenboim. Uma fica no bairro Alto de Pinheiros, onde o professor dá nome a uma praça e a outra dá nome às famosas Marginais. O que se conhece por Marginal Tietê e Pinheiros é, na verdade, a junção de diversas avenidas que integram a SP-015, ou Via Prof. Simão Faiguenboim. O trecho que muita gente chama de marginal é uma parte do Anel Viário Metropolitano, que tem o mesmo status de uma rodovia estadual. Por essa razão, a via é identificada oficialmente pela sigla SP-015, como as outras estradas.[8]

Referências bibliográficas

  1. Filho, Geólogo Nelson Custódio da Silveira. «Lista de formandos do curso de Química da antiga FFCLUSP. Período de 1937 - 1969.». www.figueiradaglete.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  2. «Simão Faiguenboim, professor que ficou conhecido por sua brilhante capacidade de ensinar.». www.oexplorador.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  3. «Abril Accounts». acervo.veja.abril.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  4. Design, DM System &. «Colégio Singular». Colégio Singular 
  5. «Folha de S.Paulo - Emílio Gabriades (1925-2010): Criou o Anglo na rua Tamandaré - 24/11/2010». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  6. Motoyama, Shozo (2006). USP 70 anos: imagens de uma história vivida. [S.l.]: EdUSP. ISBN 9788531409530. Consultado em 10 de dezembro de 2017 
  7. «Nossa História». homolog.cursoanglo.com.br. Consultado em 10 de dezembro de 2017. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2017 
  8. SP, © Sesc. «Marginais Pinheiros e Tietê»