Siparuna reginae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSiparuna reginae
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Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Laurales
Família: Siparunaceae
Género: Siparuna
Espécie: Siparuna reginae

Siparuna reginae é uma espécie de planta do gênero Siparuna e da família Siparunaceae. É chamada de negramina no sudeste do Brasil.[1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie foi descrita em 1868 por Alphonse Pyramus de Candolle.[2]

Os seguintes sinônimos já foram catalogados:[1]

  • Siparuna bahiensis Tolm.
  • Siparuna manaosensis Jangoux
  • Siparuna micrantha A.DC.
  • Siparuna rionegrensis Jangoux
  • Siparuna surinamensis Lanj.

Forma de vida[editar | editar código-fonte]

É uma espécie terrícola e arbórea. [1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Árvore ou arvoreta monoica, 3-12 (-40) m de altura, dap de 20-25 cm, mais raro atingindo até 70 cm, sapopemas discretas as vezes presentes, casca castanho-amarronzada, ramos novos cilíndricos, densamente cobertos por tricomas em tufos longos (até 3 mm de compr.), 5-8 ramificados, mais raro bífidos ou simples, ferrugíneos ou amarelados, depois glabrescentes.  Folhas opostas, pecíolos 0,5-2,2 cm de compr., canaliculado; lâmina elíptica, obovada ou lanceolada, 13-24 (-30) x (4-) 8-15 (‑17) cm, base aguda ou obtusa, raro arredondada, ápice acuminado, acúmen 0,6- 1,5 (2,3) cm de compr., inteira, as vezes ondulada ou semi-bulada, in sico marrom a castanho-amarronzada, cartácea, na face adaxial glabra ou com poucos tricomas em tufos e as vezes simples, especialmente sobre as nervuras, na face abaxial densamente ou escassamente tomentosa; nervuras secundárias 10-14 (-16) pares, alternados ou sub-opostos, planas ou um tanto imersas na face adaxial, então deixando a lâmina semi-bulada, proeminentes na face abaxial. [1]

Cimas axilares ou subterminais, bífidas, 2,5 – 5 (-6,5)  cm de compr., indumento tomentoso de tricomas em tufos ferrugíneos ou amarelados, com 30- 50 (-80) flores regularmente espaçadas, flores amareladas, as pistiladas inseridas na parte proximal, no eixo primário ou na base do eixo secundário, e as flores estaminadas, mais numerosas, na parte distal, de modo geral 3 vezes mais flores estaminadas do que pistiladas, Flore estaminada com pedicelo de (3.5-) 6-7 (-11), alongando-se durante a antese., receptáculo subgloboso, ovado, cupuliforme ou urceolado, 1,3-3,2 mm compr. x 1.2-3 mm diam., superfície minutamente tuberculada, tépalas pouco distintas formando uma borda, de ca. 0.5 mm de larg., densamente tomentosa, vélum reduzido ou obsoleto, membranáceo, glabro, circundando o poro, que é largo, ca. 0,5 mm diam.; estames (6-)13 – 16(-20), desiguais em comprimento e largura,, carnosos, dispostos sub-espiraladamente, amadurecendo sucessivamente, 1 - 3 “maduros” e excertos por vez, os maiores alcançando ca. 0.7 mm compr., anteras introrsas, 0.12 mm. Flore pistilada com pedicelo de ca. 2 mm, receptáculo ovado ou subgloboso, 2-2.8 (-3,5) mm de compr. x 1.5-3.2 (-3,5) mm de diam., superfície minutamente tuberculada, tomentosa, tricomas em tufos, tépalas minutas ou obsoletas, eretas e frequentemente apressas ao vélum cônico, glabro ou tomentoso, 0,5 mm de altura, circundando o orifício de ca. 0,1mm, carpelos 6-8, estiletes livres ou coniventes formando coluna excerta 0,2 – 0,3 mm. Receptáculo frutífero globoso a subgloboso, 1-1,5 cm diam., tuberculado ou espinuloso, tomentoso, mais raro glabro, quando fresco e maduro róseo ou vermelho-escuro, com forte odor adstringente; pedicelo frutífero 3 - 4 mm compr;,  drupéolas  (2) 4-6, lisa, sem arilo estilar.[1]

Distingue-se pelas inflorescências bífidas, receptáculo frutífero tuberculado a espinuloso, folhas com nervuras salientes na face abaxial, nervuras secundárias anastomosando-se distante da margem.  Compartilha com Siparuna bífida a inflorescência em cima bífida com mais de 2,5 cm de comprimento e o receptáculo frutífero tuberculado. Podem ser diferenciadas pelo indumento mais denso de tricomas em tufos na superfície abaxial das folhas, flores de maiores dimensões e o sistema sexual monoico em S. reginae (indumento espaço de tricomas estrelados mais ou menos apressos na face abaxial das folhas, flores de menores dimensões, 0,9-1,5 de compr. x 1-2 mm de diâm.,  e o sistema sexual dioico em S. bifida). [1]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo,[4] Minas Gerais,[5][6] Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.[1] A espécie é encontrada nos domínios fitogeográficos de Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica, em regiões com vegetação de floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila pluvial.[1]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Meneguzzo, T.E.C. Gomesa in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Siparuna reginae (Tul.) A.DC.». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. «Siparuna reginae». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022 
  3. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 
  4. Souza, Agostinho Lopes de; Schettino, Stanley; Jesus, Renato Moraes de; Vale, Antonio Bartolomeu do (agosto de 2002). «Dinâmica da regeneração natural em uma floresta ombrófila densa secundária, após corte de cipós, Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce S.A., estado do Espírito Santo, Brasil». Revista Árvore: 411–419. ISSN 0100-6762. doi:10.1590/S0100-67622002000400003. Consultado em 30 de abril de 2022 
  5. Santos, Matheus Fortes; Serafim, Herbert; Sano, Paulo Takeo (dezembro de 2012). «Composição e estrutura arbórea em floresta estacional semidecidual no Espinhaço Meridional (Serra do Cipó, MG)». Rodriguésia: 985–997. ISSN 0370-6583. doi:10.1590/S2175-78602012000400015. Consultado em 30 de abril de 2022 
  6. Silva, Nívea Roquilini Santos; Martins, Sebastião Venâncio; Meira Neto, João Augusto Alves; Souza, Agostinho Lopes de (junho de 2004). «Composição florística e estrutura de uma floresta estacional semidecidual montana em Viçosa, MG». Revista Árvore: 397–405. ISSN 0100-6762. doi:10.1590/S0100-67622004000300011. Consultado em 30 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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