Sociedade-cotovelo

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Sociedade-cotovelo é uma ordem social na qual o egoísmo, a crueldade, o interesse próprio, a concorrência e o ressentimento prevalecem.[1][2] O termo, já muito em voga por décadas na economia e sociologia, foi criado na Alemanha dos anos 20 e escolhido como a «Palavra do Ano» em 1982 nesse mesmo país.[3][4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O ambiente capitalista das grandes cidades estimula o que se costuma referir como sociedade-cotovelo.

O termo vem do alemão Ellenbogengesellschaft e foi cunhado a partir da expressão alemã die Ellenbogen benutzen («dar cotoveladas»), cujo significado imprimia a ideia de forçar a passagem para ganhar vantagem sobre os outros.[1][2]

Conceito[editar | editar código-fonte]

Numa sociedade desse tipo impera o clima de frieza, sendo portanto um ambiente em que a empatia e o pensamento coletivo praticamente não existem.[1] O princípio central de uma sociedade-cotovelo reside em «cada um por si» ou «uns contra os outros», popularizado pelo termo «cobra engolindo cobra», sendo portanto uma sociedade assentada na competição e no individualismo. É uma prática comum em grandes conurbações urbanas, onde o o cotidiano estimula o isolamento e a individualidade.

O conceito foi muito usado por pensadores e críticos alemães orientais para designar a sociedade alemã ocidental.[5]Por vezes é também usado o termo «sociedade da selva» para se referir a este tipo de comportamento social.

Referências

  1. a b c TIEFENBACHER, Angelika (2009). Allgemeinbildung: das ultimative Wissen. [S.l.]: Compact Verlag. 320 páginas. ISBN 9783817469222 
  2. a b GLEYE, Paul (1991). Behind the Wall: An American in East Germany, 1988-89. [S.l.]: SIU Press. 207 páginas. ISBN 9780809317431 
  3. Adm. do sítio web (16 de dezembro de 2011). «Stresstest: júri elege a palavra do ano na Alemanha». Embaixada e Consulados Gerais da Alemanha no Brasil. Consultado em 24 de junho de 2015 
  4. BÄR, Joachim A. (2014). Von Aufmüpfig bis Teuro: die Wörter der Jahre 1971 bis 2002. [S.l.]: Bibliographisches Institut GmbH. 352 páginas. ISBN 9783411901029 
  5. HODGIN, Nick and PEARCE, Caroline (2011). The GDR Remembered: Representations of the East German State Since 1989. [S.l.]: Camden House. 300 páginas. ISBN 9781571134349