Souleymane Bachir Diagne

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Souleymane Bachir Diagne
Souleymane Bachir Diagne
Bachir Diagne em 2018
Nascimento
São Luís, Senegal
Ocupação Filósofo e professor universitário

Souleymane Bachir Diagne (nascido em 8 de novembro de 1955 em São Luís, Senegal) é um filósofo senegalês. Seu trabalho é focado na história da lógica e matemática, na epistemologia, na tradição filosófica do mundo islâmico, na formação de identidades e nas filosofias e literaturas africanas.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Após seus estudos na escola Van Vollenhoven de Dakar no Senegal onde recebe seu baccalauréat, Souleymane Bachir Diagne foi aceito no Lycée Louis-le-Grand de Paris em 1973, seguindo os passos, quase meio século depois, de seu compatriota Léopold Sédar Senghor.[1] Na Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne recebe a licenciatura e o mestrado em filosofia.

Ele é o primeiro senegalês à fazer parte da Escola Normal Superior de Paris. Lá ele estuda junto de Louis Althusser e Jacques Derrida. Como diversos outros estudantes de lá, ele se torna um maoista na época. Na Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne ele recebe sua tese de doutorado de terceiro ciclo em 1982, com o titulo 'Da álgebra numérica à álgebra da lógica'[2]

No mesmo ano ele retorna ao seus país natal para ensinar a história da filosofia no mundo islâmico na Universidade Cheikh-Anta-Diop em Dakar. ele recebe sua tese de doutorado de Estado na Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne em 1988, sempre sobre a direção de Jean-Toussaint Desanti, com o titulo de "Filosofia simbólica e álgebra da lógica: as leis do pensamento de George Boole".[3] Antigo vice-reitor da faculdade de letras e ciências humanas de Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar, ele é nomeado conselheiro pela educação e cultura em 1993 pelo presidente da República do Senegal Abdou Diouf, cargo que ele ocupa até 1999.

Em 2004, um dôssie do Nouvel Observateur o coloca na sua seleção de «25 grandes pensadores do mundo»[4], e, em 2007, ele aparece entre « as 100 personalidades que fazem a África », segundo a revista Jeune African.[5]

Ele publicou numerosos trabalhos nos campos da história da lógica, da filosofia, em particular no mundo islâmico e na África. Ele é autor, entre outros trabalhos, de uma obra dedicada à álgebra da lógica criada por George Boole e intitulada Boole, o pássaro da noite em pleno dia (Berlim, 1989), de uma tradução em francês de Leis do pensamento, do mesmo autor (Vrin, 1992) e, no campo da filosofia islâmica, de um livro de introdução à obra do poeta Muhammad Iqbal: Islã e a sociedade aberta, a fidelidade e o movimento no pensamento de Muhammad Iqbal (Maisonneuve & Larose, 2001). Ele publicou também um ensaio sobre Léopold Sédar Senghor: 'A arte africana como filosofia (Rieveneuve éditions, 2007) Ele dirigiu em 2013 a consulta nacional sobre o futuro do ensino superior e pesquisa no Senegal, que recomendou uma ambiciosa reforma do sistema universitário em torno de doze decisões maiores em favor de uma reorientação em direção às ciências, à informática e às tecnologias

Obras[editar | editar código-fonte]

Livros (Em inglês)[editar | editar código-fonte]

  • Open to Reason: Muslim Philosophers in Conversation with the Western Tradition, Translated by Jonathan Adjemian, Columbia University Press (2018).
  • The Ink of the Scholars: Reflections on Philosophy in Africa (2016).
  • African Art as Philosophy: Senghor, Bergson, and the Idea of Negritude, Translated by Chike Jeffers, (2011).

Livros (Em francês)[editar | editar código-fonte]

  • Le Fagot de ma mémoire (2021)
  • Comment philosopher en Islam (2010)
  • Léopold Sédar Senghor: l’art africain comme philosophie. Paris: Riveneuve Editions, 2007.
  • 100 mots pour dire l’islam. Paris: Maisonneuve et Larose, 2002.
  • Islam et société ouverte, la fidélité et le mouvement dans la pensée de Muhammad Iqbal. Paris : Maisonneuve & Larose, 2001.
  • Logique pour philosophes. Dakar: Nouvelles Editions Africaines du Sénégal, 1991 .
  • Boole, l’oiseau de nuit en plein jour. Paris: Belin, 1989.

Artigos[editar | editar código-fonte]

  • "Édouard Glissant : l’infinie passion de tramer", Littérature, n° 174, p. 88-91.
  • "On the Postcolonial and the Universal?", Rue Descartes, n° 78, p. 7-18.
  • "Philosopher en Afrique", Critique, n° 771-772, p. 611-612.
  • "Breathless...", Philosophy World Democracy.
  • "Individual, Community, and human Rights, a lesson from Kwasi Wiredu’s philosophy of personhood", Transition, an international Review, No. 101, pp. 8-15.

Referências

  1. Bachir Diagne : le « gai savoir » métissé
  2. http://www.sudoc.abes.fr/cbs/DB=2.1/SRCH?IKT=12&TRM=008695482
  3. http://www.sudoc.abes.fr/cbs/DB=2.1/SRCH?IKT=12&TRM=041313550
  4. « 25 grands penseurs du monde entier », Dossiers du Nouvel Observateur, 2004.
  5. « Les 100 personnalités qui font l'Afrique », Jeune Afrique, no 2450-2451, du 23 décembre 2007 au 5 janvier 2008, p. 51.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]