South Atlantic Anomaly Probe

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South Atlantic Anomaly Probe

Um foguete Black Brant IV sendo preparado para lançamento
Tipo Avaliar o ambiente radioativo sobre o Atlântico Sul
Operador(es) BrasilCNAE, CLBI
Website PROJETO SAAP (South Atlantic Anomaly Probe) - CLBI
Propriedades
Massa 36 kg
Missão
Contratante(s) NASA, Manned Spacecraft Center
Data de lançamento O 1º foi em 11 de junho de 1968
Veículo de lançamento Black Brant IV
Local de lançamento BrasilCLBI, Brasil
Destino Mais de 800 km de altitude
Portal Astronomia


O programa South Atlantic Anomaly Probe (SAAP), foi concebido pela NASA em 1968 para aumentar a segurança dos voos tripulados do Projeto Apollo. O projeto teve a assistência, para os lançamentos dos foguetes de sondagem à partir do Brasil, da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).


Nesse mapa magnético da Terra, fica evidente a área de Anomalia do Atlântico Sul.


O objetivo básico do projeto, era obter uma avaliação de resposta rápida ("fast response") sobre as possíveis influências da radiação capturada pela Anomalia do Atlântico Sul, sobre as espaçonaves tripuladas lançadas de Cabo Canaveral, que em geral, passavam sobre esta região na sua trajetória de ascensão. No caso do Projeto Apollo, isso era essencial para garantir a segurança dos astronautas.

O Plano Original[editar | editar código-fonte]

O programa, na sua concepção original, consistia de lançamentos de foguetes de sondagem a uma frequencia de um a cada ano, à partir de Junho de 1968, com o objetivo de recolher dados sobre os efeitos da radiação acumulada sobre a área da Anomalia do Atlântico Sul e transmitir esses dados para o Manned Spacecraft Center (MSC) (atualmente Lyndon B. Johnson Space Center), em Houston, Texas.[1]

A Evolução[editar | editar código-fonte]

A medida que o Projeto Apollo progredia, o projeto SAAP também evoluiu, de forma a permitir que: por ocasião dos lançamentos de naves tripuladas a partir do Cabo Canaveral, a equipe da Barreira do Inferno, mantivesse um foguete Black Brant IV pronto para lançamento. Nesses períodos, seria mantida uma escuta de rádio com o Manned Spacecraft Center (MSC), e dependendo das previsões de anomalias nas radiações solares, haveria ou não solicitação de um lançamento. Ou seja, deveria ser possível efetuar um lançamento em até 24 horas após o aviso, ou em apenas 90 minutos durante os períodos de missões do Projeto Apollo.[2]

Características[editar | editar código-fonte]

O foguete lançador do SAAP era o Black Brant IV, um foguete de dois estágios de combustível sólido, de pouco mais de 11 m de altura, fabricado pela Bristol Aerospace, e fornecidos ao Brasil por contrato desta com a NASA. Sua missão era impulsionar a carga útil à cerca de 888 km de altitude.[1]

O foguete Black-Brant-IV usado para lançar os experimentos do projeto SAAP.

A carga útil com os instrumentos, pesava cerca de 36 kg, consistia de: três câmaras de ion com dosimetria, um tubo de medidor geiger com spectrômetro, e um detector de ions pesados. O motivo das três câmaras de ion, era para efetuar as medições sobre amostras diferentes de proteção: a primeira não teria proteção alguma, a segunda, teria uma proteção de espessura igual à do Módulo Lunar, e a terceira, com uma proteção de espessura igual à do Módulo de Comando.[1]

O conjunto de instrumentos usados na obtenção de dados para o projeto SAAP.

As medições se iniciavam quando o foguete atingia 110 km de altitude aos 50 segundos de voo. Os instrumentos transmitiam os dados para as estações de terra, gravados em fitas magnéticas e enviados para análise no MSC.[1]

Responsablidades[editar | editar código-fonte]

Quanto às responsabilidades de cada instituição:[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]