Pintassilgo-do-nordeste

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Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Família: Fringillidae
Género: Spinus
Espécie: S. yarrellii
Nome binomial
Spinus yarrellii
(Audubon, 1839)
Distribuição geográfica

Sinónimos
Carduelis yarrellii

O pintassilgo-do-nordeste (Spinus yarrellii[1] ou Carduelis yarrellii) é uma ave passeriforme da família dos fringilídeos, endêmico do nordeste do Brasil, e foi introduzido no norte da Venezuela. Distinta do pintassilgo-de-cabeça-preta (Spinus magellanicus), por não apresentar a cabeça inteiramente preta, e sim com as laterais amarelas. Também é conhecido pelo nome de coroinha ou pintassilgo-baiano.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O pintassilgo-do-nordeste tem um comprimento médio de 10cm, o macho tem o alto da cabeça (coroa) preto em contraste com o ventre, o peito, a garganta, os lados da cabeça, a nuca e o uropígio que são amarelo-vivo. O dorso é amarelo-esverdeado, as asas são pretas com uma banda amarela, a cauda é preta com marcas amarelas.[2] O bico e as pernas são cinzento-escuros. As fêmeas e os juvenis são parecidos com os machos mas não têm a coroa negra e as cores são mais baças.[3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Distribui-se pelo nordeste do Brasil, estados de Alagoas, Bahia, Piauí (Serra da Capivara) e Pernambuco (desde 1958 e 1957, respectivamente, que não há registos de indivíduos nos estados de Ceará e Paraíba) e pelo norte da Venezuela (Carabobo). [2]

Habitat[editar | editar código-fonte]

Tem um habitat variado: pastos, pomares, florestas abertas, pinhais, plantações, quintais, cerrado.[4] Encontramo-lo também na Caatinga (IUCN 2012).

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Na natureza consome grande variedade de sementes de plantas herbáceas, gosta da flor do eucalipto, insectos dos pinhais, sementes de picão (Bidens pilosa), dente-de-leão (Taraxacum), colonião (panicum maximum) e serralha (Sonchus oleraceus).[5] Gosta de se alimentar de sementes de mussambê (Cleome spinosa) e também das sementes de bem-me-quer.[6]

Nidificação[editar | editar código-fonte]

A época de reprodução estende-se de Outubro a Março. A fêmea constrói o ninho em forma de taça, com raízes finas, sem revestimento ou forrado de penas e pêlos, na forquilha de árvores ou de arbustos, a pouca altura do solo. A fêmea põe de 3 a 5 ovos esbranquiçados que incuba durante 13 dias.[6]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Descrito por Audubon, em 1839, na Bahia, Brasil. Não tem subespécies.[7]

Ameaças[editar | editar código-fonte]

É considerada como espécie Vulnerável pela IUCN (2012). Segundo a Birdlife International (2012) o comércio ilegal de aves quer a nível nacional, quer a nível internacional constitui uma ameaça para a espécie, suspeitando-se de uma rápida diminuição de indivíduos, apesar de não haver números concretos. O uso de pesticidas também constitui uma ameaça.

Filogenia[editar | editar código-fonte]

Foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[8][9][10]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Frank Gill & David Donsker (Eds) (8 de janeiro de 2017). «Finches, euphonias» (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2017 
  2. a b BirdLife International 2012. Carduelis yarrellii in IUCN 2012. Version 2012.1. IUCN Red List of Threatened Species.Version 2012.1. Consultado em 29 de Setembro de 2012.
  3. Canaril Formosura Pintassilgo-do-nordeste Arquivado em 14 de dezembro de 2013, no Wayback Machine.
  4. FEOMG-Federação Ornitológica de Minas Gerais pintassilgo-do-nordeste Arquivado em 13 de março de 2013, no Wayback Machine.
  5. Planetvet coroinha[ligação inativa]
  6. a b Wikiaves pintassilgo-do-nordeste
  7. The Internet Bird Collection Yellow-faced Siskin.
  8. Arnaiz-Villena, Antonio; Alvarez-Tejado M., Ruiz-del-Valle V., García-de-la-Torre C., Varela P, Recio M. J., Ferre S., Martinez-Laso J. (1998). «Phylogeny and rapid Northern and Southern Hemisphere speciation of goldfinches during the Miocene and Pliocene Epochs» (PDF). Cell.Mol.Life.Sci. 54(9): 1031–41 
  9. Zamora, J; Arnaiz-Villena A, Ernesto L, Ruiz-del-Valle V, Moscoso J, Serrano-Vela JI, Rivero-de-Aguilar J (2006). «Rhodopechys obsoleta (desert finch): a pale ancestor of greenfinches(Carduelis spp.) according to molecular phylogeny» (PDF). Journal of Ornithology. 147 (3.): 448–456. 
  10. Arnaiz-Villena, A; Areces C, Rey D, Enríquez-de-Salamanca M, Alonso-Rubio J and Ruiz-del-Valle V (2012). «Three Different North American Siskin/Goldfinch Evolutionary Radiations (Genus Carduelis): Pine Siskin Green Morphs and European Siskins in America» (PDF). The Open Ornithology Journal. 5: 73–81. doi:10.2174/1874453201205010073. Consultado em 13 de dezembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 21 de setembro de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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