Stanislas-Marie Maillard

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Stanislas-Marie Maillard
Stanislas-Marie Maillard
Stanislas Maillard dessiné par Gabriel, Paris, musée Carnavalet.
Nascimento 11 de dezembro de 1763
Gournay-en-Bray
Morte 11 de abril de 1794
Paris
Cidadania França
Ocupação solicitador, revolucionário
Causa da morte tuberculose

Stanislas-Marie Maillard, nascido em Gournay-en-Bray, França no dia 11 de Dezembro de 1763 e morto em Paris no dia 15 de Abril de 1794, hussardo de profissão, foi um personagem emblemático da Revolução Francesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Stanislas-Marie Maillard participa de forma marcante da Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789, considerado marco inicial da Revolução Francesa. Depois desse feito, intitulando-se "Capitão dos Voluntários da Bastilha", toma parte ativa em todos as jornadas revolucionárias que se seguiram. Alinhado com a tendência «hebertista», foi encarregado pelo Comitê de Salvação Pública de organizar a polícia revolucionária. Foi também um dos líderes da Jornada de 5 e 6 de Outubro de 1789[1], quando da «Marcha das Mulheres» sobre Versailles. Improvisando-se como porta-voz da multidão vinda de Paris, sobe à tribuna da Assembléia Constituinte para ler a seguinte declaração: «Estamos em Versailles para pedir pão e, ao mesmo tempo, para punir os guardas de serviço que insultaram a cocarda patriótica[2].» Os manifestantes exprimem-se violentamente, notadamente contra a rainha Maria Antonieta, sobre quem as imprecauções mais assustadoras são lançadas.

O Massacre da Princesa de Lamballe.

Nomeado capitão da Guarda Nacional, em 1790, assina, em 17 de Julho de 1791 a petição do Campo de Marte, reclamando a criação de uma República.

Encarregado pela Comuna de Paris, em Setembro de 1792, de por fim aos massacres de prisioneiros, vai desempenhar um papel controverso: acusado de dar-lhes maior amplitude, cobrindo-os sob um manto de legalidade, para uns, por outros é creditado como tendo «um papel providencial[3].» A posteridade vai conhecê-lo como o «grande juiz da Abadia», ou ainda como o «chefe dos matadores». Presidente de um tribunal improvisado na Prisão da Abadia, ele relaxa a prisão do Marquês Charles François de Virot de Sombreuil, salvo por sua filha Marie-Maurille, a quem a lenda conferiu o título de heroína. Sobre este episódio, Jules Claretie relata de segunda mão este retrato feito por uma testemunha ocular: «Maillard era um homem jovem com cerca de trinta anos, moreno, grande, olhar soberbo, cabelos em rabo-de-cavalo. Ele vestia nesse dia (2 de Setembro de 1792) uma roupa cinza com bolsos largos[4]

Preso duas vezes no período do Terror como aliado dos Hebertistas, morre na miséria, de tuberculose.

Ligações Internas[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. é o que aparece da pesquisa feita "a posteriori" pelo Châtelet- ver "Ligações Externas"
  2. Biografia de Luís XVI (em francês), de Viguerie, edições Du Rocher, 2003, "a marcha de mulheres sobre Versailles" p.262
  3. "Ruinas e Fantasmas" (em francês) de Jules Claretie -leitura "on line"=http://www.inlibroveritas.net/lire/oeuvre4390-page64.html#page}}[ligação inativa]
  4. Jules Claretie p. 63[ligação inativa]