Tati de Moraes

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Tati de Moraes
Beatriz Azevedo de Mello de Moraes
Pseudônimo(s) Tati de Moraes
Outros nomes Tati A. de Mello
Nascimento 1911
Morte 1995
Nacionalidade  Brasil
Cônjuge Vinícius de Moraes
Filho(a)(s) Suzana de Moraes (1940-2015)

Pedro de Mello de Moraes (1942-2022)

Ocupação tradutora

Beatriz Azevedo de Mello de Moraes (1911 - 1995) mais conhecida como Tati de Moraes e também como Tati A. de Mello, foi uma tradutora, jornalista e crítica de cinema brasileira, que se tornou mais conhecida por ser a primeira esposa de Vinícius de Moraes, num casamento que durou 11 anos e gerou um casal de filhos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Tati era de uma família rica tradicional de São Paulo, amiga de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Raul Bopp. Casou com Vinícius de Moraes em 1938, por procuração, pois ele ganhara uma bolsa de estudos em Oxford, para estudar línguas e literatura inglesa. Considera-se que ela foi a grande incentivadora intelectual para que ele se tornasse poeta,[1] assim como também o incentivou a fazer o concurso para a carreira diplomática no Itamaraty. Em 1939, devido ao início da Segunda Guerra Mundial, já casado com Tati, Vinícius volta ao Brasil.[2]

Anteriormente, Tati servira de modelo para duas personagens de Monteiro Lobato: o peixinho vermelho Tati e, por causa de seu nariz arrebitado, a Narizinho, em Reinações de Narizinho.[3][4] No livro “Ela é Carioca: uma enciclopédia de Ipanema”, Ruy Castro relata que Tati de Moraes suspeitava ser filha de Monteiro Lobato, com quem sua mãe tivera um envolvimento, iniciado em Taubaté, por volta de 1910, e continuado em São Paulo.[5]

Tati e Vinícius ficaram casados durante 11 anos, e tiveram dois filhos, Suzana (1940-2015) e Pedro (1942). Para ela, o poeta escreveu um de seus mais conhecidos e belos sonetos, o “Soneto de Fidelidade”.[6] Em 1953, a cantora Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de autoria de Vinícius, em parceria com Antônio Maria, e a canção fora dedicada à Tati, marcando, porém, o fim do seu casamento, após o que Vinícius casaria mais oito vezes.

Traduções[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. Correio Braziliense
  2. Vinícius de Moraes
  3. Alfarrábio
  4. BASTOS, Neusa Barbosa. In: Língua Portuguesa, Reflexões Lusófonas
  5. CASTRO, Ruy. Ela é carioca – Uma enciclopédia de Ipanema. Companhia das Letras, 1999
  6. Vinícius de Moraes
  7. Associação Paulista de Críticos de Teatro
  8. Revista Intercâmbio