Teste de associação implícita

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Teste de associação implícita é uma ferramenta computadorizada[1] desenvolvida com o objetivo de medir a associação de dois conceitos de destino com um atributo, onde os conceitos aparecem em uma tarefa de duas opções (por exemplo japoneses vs. coreanos) e o atributo em uma segunda tarefa (por exemplo, palavras agradáveis e desagradáveis em avaliação). A associação é medida com base no tempo de reação do indivíduo as questões, o pressuposto é o de que categorias mais associadas são respondidas mais rapidamente enquanto as menos associadas demandam mais tempo de resposta.[2] Este tipo de teste é frequentemente utilizado para medir o preconceito implícito que pessoas podem ter em relação a raça, etnia, gênero, status social e etc.[1] O teste foi inicialmente proposto em um artigo de 1998 pelos pesquisadores Anthony G. Greenwald e seus colegas Debbie E. McGhee e Jordan L. K. Schwartz.[2]

Críticas[editar | editar código-fonte]

O teste pode estar captando estereótipos sociais ao invés de atitudes implícitas.[3] O resultado das associações podem refletir a familiaridade do participante com os conceitos e atributos em análise mais do que o preconceito implícito dele em relação a elas.[4] Os resultados também podem ser influenciados pela assimetria de saliência independente das associações.[5]

Referências

  1. a b Gouveia, Valdiney V.; Mendes, Luis Augusto de Carvalho; Freire, Sandra Elisa de Assis; Freires, Leogildo Alves; Barbosa, Larisse Helena Gomes Macêdo (dezembro de 2014). «Medindo associação implícita com o freeIAT em Português: um exemplo com atitudes implícitas frente ao poliamor». Psicologia: Reflexão e Crítica (em inglês) (4): 679–688. ISSN 0102-7972. doi:10.1590/1678-7153.201427408. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  2. a b Greenwald, Anthony G.; McGhee, Debbie E.; Schwartz, Jordan L. K. (1998). «Measuring individual differences in implicit cognition: The implicit association test.». Journal of Personality and Social Psychology (em inglês) (6): 1464–1480. ISSN 1939-1315. doi:10.1037/0022-3514.74.6.1464. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  3. Diferença Cultural e Democracia. Identidade, cidadania e tolerância na relação entre maioria e minorias. Lisboa: ACIDI, I.P. 2011. p. 68. 299 páginas 
  4. Ottaway, Scott A.; Hayden, Davis C.; Oakes, Mark A. (abril de 2001). «Implicit Attitudes and Racism: Effects of Word Familiarity and Frequency on the Implicit Association Test». Social Cognition (em inglês) (2): 97–144. ISSN 0278-016X. doi:10.1521/soco.19.2.97.20706. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  5. Rothermund, Klaus; Wentura, Dirk (2004). «Underlying Processes in the Implicit Association Test: Dissociating Salience From Associations.». Journal of Experimental Psychology: General (em inglês) (2): 139–165. ISSN 1939-2222. doi:10.1037/0096-3445.133.2.139. Consultado em 2 de setembro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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