The Fallen Angel

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The Other Woman
O Anjo Caído (PT)
Anjo Caído (BR)
Autor(es) Daniel Silva
Idioma inglês
País  Estados Unidos
Género Espionagem, Thriller
Série Gabriel Allon
Editora Harpercollins
Lançamento 2012
Páginas 405 (1ª edição)
ISBN 9780062073129
Edição portuguesa
Editora Bertrand Editora
Lançamento 10-2013
Páginas 400
ISBN 9789722527125
Edição brasileira
Editora Arqueiro
Lançamento 01-2013
ISBN 978-8580412093
Cronologia
Portrait of a Spy
A Rapariga Inglesa

The Fallen Angel (O Anjo Caído, na edição em Portugal, ou Anjo Caído, na edição no Brasil) é um romance de espionagem de 2012 de Daniel Silva. É o décimo segundo da série Gabriel Allon.

Numa mistura inebriante de arte, intriga e história, a acção de The Fallen Angel parte das salas mais restritas do Vaticano e vai até às elegantes pistas de esqui de St. Moritz, depois para as graciosas avenidas de Berlim e Viena e, finalmente, até um clímax de tensão no pedaço de terra mais sagrado e contestado do mundo. Nas suas páginas perpassam espiões, amantes, sacerdotes e ladrões. É uma história de fé e do poder destrutivo dos segredos e um lembrete de que aqueles que não conseguem ter presente o passado estão condenados a repeti-lo.[1]:Badana da Contracapa

Enredo[editar | editar código-fonte]

Ao contrário dos títulos recentes da série, este livro é ambientado principalmente em Itália, pois Allon ajuda o secretário particular do papa, monsenhor Luigi Donati, num caso que está a incomodar o Vaticano. A conclusão ocorre em Jerusalém.

Depois de ter sobrevivido por um triz à sua anterior missão, Gabriel Allon, o herói dos serviços secretos israelitas, refugiou-se no interior dos muros do Vaticano, onde se encontra a restaurar uma das obras-primas de Caravaggio. Mas numa manhã ele é chamado à Basílica de São Pedro por monsenhor Luigi Donati, o influente secretário privado de Sua Santidade o (fictício) Papa Paulo VII. O cadáver de uma bela mulher foi ali encontrado sob a magnífica abóbada desenhada por Miguel Ângelo. A polícia do Vaticano suspeita que se trata de suicídio, mas Allon não concorda.[2]

E o mesmo pensa Donati que receia que uma investigação pública possa vir a provocar um escândalo no seio da Igreja e, por isso, pede a Gabriel que descubra discretamente o que realmente se passou. Com uma advertência: «Regra número um no Vaticano», diz Donati. «Não faça demasiadas perguntas.» Gabriel descobre que a mulher morta desvendara um segredo perigoso, que ameaça uma organização criminosa que anda a pilhar tesouros da Antiguidade e a vendê-los a quem oferecer mais dinheiro. Mas não se trata apenas de ganância. Um agente misterioso planeia uma sabotagem que irá mergulhar o mundo num conflito de proporções apocalípticas.[2]

Referências a pinturas[editar | editar código-fonte]

Como é usual nos livros de Daniel Silva, dado que o personagem principal é apresentado como restaurador de arte, e dado que a acção decorre em grande medida no Vaticano, em O Anjo Caído também são referidas pinturas de grandes mestres.

A primeira a ser referenciada é a A Deposição de Cristo, (c. 1602-04) que o escritor indica como sendo "amplamente considerada a mais fina obra" daquele pintor. Esta obra encontra-se nos Museus Vaticanos, e no enredo do livro Allon estava inicialmente a restaurá-la.[1]:12

Capela Sistina

Pouco depois são referidas duas outras pinturas de autores diferentes, A Crucificação de São Pedro de Guido Reni e O Martírio de Santo Erasmo de Nicolas Poussin, obras que se encontram também nos Museus Vaticanos, e que segundo o enredo Allon havia igualmente restaurado anteriormente.[1]:13

Existem duas cenas que ocorrem na Capela Sistina, uma num momento inicial e outra na fase final, sendo explicitamente referidos dois dos frescos de Michelangelo, a Criação de Adão e o Último Juízo.[1]:18:304

Mais tarde, em O Anjo Caído, à semelhança do que já fizera em dois livros anteriores, Daniel Silva faz de novo referência a uma obra de Caravaggio que se encontra desaparecida, a Natividade com São Francisco e São Lourenço, que se encontra em paradeiro incerto após ter sido roubada em 1969 do seu local original, o Oratório de São Lourenço em Palermo.[1]:47 Em outubro de 1969, dois ladrões entraram no Oratório de São Lourenço, em Palermo, Itália, e retiraram da sua moldura a tela Natividade com São Francisco e São Lourenço. Especialistas estimam o valor comercial desta obra em US$20 milhões.[3]

Pouco depois, caracterizando a pose de um personagem, Daniel Silva refere a obra Retrato do Doge Leonardo Loredan de Giovanni Bellini.[1]:77

Em suporte diferente, mas igualmente pintura, é também invocado um vaso de Eufrónio quando Allon vai encontrar-se com outra personagem na Villa Giulia, em Roma, que alberga o Museu Nacional Etrusco, repositório nacional italiano de arte etrusca. Existindo vários vasos de Eufrónio que chegaram aos nossos dias, Daniel Silva não designa especificamente nenhum deles apenas referindo que nele está representado o cadáver de Sarpedão, filho de Zeus, a ser carregado no enterro pelas personificações do Sono e da Morte, imagem que o escritor considera com semelhanças notáveis com a composição da A Deposição de Cristo.[1]:89:91

Depois, por ocasião de um jantar numa residência faustosa, o proprietário leva Allon à sua galeria particular sendo referido um Canaletto com, segundo o escritor, uma representação luminosa da Praça de São Marcos, mas sem designar o título da pintura. Na sequência, o mesmo proprietário propõe a Allon que proceda ao restauro de uma Adoração dos Pastores de Guido Reni e assistentes.[1]:120:121

Ao fazer a apresentação de um ladrão de arte que irá colaborar com Allon, Daniel Silva refere duas pinturas que teriam feito parte do "portfolio" de roubos do ladrão, a saber, Autoretrato com penso numa orelha de Van Gogh, que teria sido roubado do Instituto Courtauld, em Londres, e um Retrato de uma Mulher Jovem de Rembrandt.[4][1]:164

Também é referida uma outra pintura que teria sido roubada de uma moradia particular. Trata-se de The House of the Jas de Bouffan de Paul Cezanne.[1]:170

Recepção[editar | editar código-fonte]

Como outras novelas de Daniel Silva da série Allon, The Fallen Angel é um best-seller do New York Times tendo subido ao 1º lugar na lista de ficção de capa dura em agosto de 2012. [5]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Daniel Silva, The Fallen Angel, Harpercollins, 2012, isbn 9780062073129
  2. a b Ficha sobre o livro na página web da Bertrand Editora
  3. Sooke, Alastair (23 de dezembro de 2013). «Caravaggio's Nativity: Hunting a stolen masterpiece». BBC — Culture. Consultado em 29 de abril de 2015 
  4. Rembrant criou várias pinturas que têm a designação de Retrato de uma Mulher Jovem
  5. «Best Sellers». New York Times 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]