Thildo Gama

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Thildo Gama
Informação geral
Nome completo Thildo dos Santos Gama
Nascimento 5 de junho de 1945
Origem Salvador, Bahia
País  Brasil
Gênero(s) Rock and roll;Jovem Guarda
Instrumento(s) Vocal, guitarra elétrica, teclados, saxofone, trompete, gaita e violão
Período em atividade 1963 - 1989
Afiliação(ões) Os Panteras;
Relâmpagos do Rock

Thildo dos Santos Gama (Salvador, 5 de junho de 1945Salvador, 8 de dezembro de 2011) foi um músico, artista, professor e auditor brasileiro.

Foi o primeiro guitarrista de Raul Seixas e um dos pioneiros do rock baiano.[1] Além de músico, também foi auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, professor universitário[2] e, mais recentemente, tornou-se palhaço, criando os personagens "Zig Zig Zaa" e "Tô de boa".[3]

Carreira Artistica[editar | editar código-fonte]

Thildo começou a tocar com o amigo Raul na adolescência e foram dois dos primeiros roqueiros de Salvador, ainda nos anos 1950.[1][4] Em 1962, eles formam o grupo Relâmpagos do Rock[4], junto com Enelmar Chagas. A banda torna-se rapidamente popular em Salvador. Pouco tempo depois, Chagas sai do grupo e é substituido pelo irmão de Thildo, Délcio Gama. Ainda em 1962, Os Relâmpagos do Rock se apresentam na TV Itapoã. A gravação desta apresentação está no álbum O Baú do Raul (1992). Segundo a revista A Bahia, Os Relâmpagos do Rock era o melhor conjunto de rock de todo o estado.[5]

Com o sucesso, o grupo cresceu e foi rebatizado de The Panthers, agora contando com Mariano Lanat, Carleba e Carlô (vizinha de Raul, que ficou na banda até 1964), além de Raul Seixas e Thildo. Thildo sai do grupo em 1967, não estando presente no primeiro disco de Raul Seixas, "Raulzito e os Panteras", de 1968.[4] Participou ainda de outros conjuntos, como Thildo e Seus Bossas e Os Jovens, tendo lançado o compacto Thildo Gama com Os Terríveis pela Astor, em 1967.[6] Esse compacto tinha no lado A, a canção 'Bonequinha', versão de Waldir Serrão para 'Pretty Woman', de Roy Orbison; no lado B havia 'Você é Inspiração' (Jeff Cezar e Thildo Gama), ambas canções vinham com a designação surf, considerada a primeira gravação de um artista baiano a designar sua produção dentro do subgênero surf music.[6]

Nos anos 80 Thildo também participou de um grupo grupo folclorico baiano, fazendo apresentações na Italia e no Chile. Thildo sempre esteve presente na cena musical de Salvador: tocou em bandas, realizou varios shows e gravou discos independentes. Em 2002, junto com o também auditor fiscal Francisco Benjamin, formou a dupla Beja&Gama que tocava em shows dançantes.[2]

Em 2009, Gama se apresentou na Virada Cultural de São Paulo com Os Panteras, ocasião na qual tocaram o primeiro disco de Seixas na íntegra.[3][4][7]

Faleceu vítima de um câncer de cérebro[8][9], está sepultado no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.[4]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • 1995 - "A trajetória de um ídolo", Pen Editora, SP
  • 1997 - "Raul Seixas, entrevistas e depoimentos", Coleçao Mitos do Pop

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Thildo Gama com Os Terríveis, Astor, 1967.[6]
  • Thildo Gama – Venga la Bahia, independente, 1987.
  • Thildo Gama – Anos Dourados da Jovem Guarda (Tributo a Raul Seixas), Polidysc, 1990.[10]
  • Thildo Gama – Conexão Raul Seixas, independente, 1992.

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]