Timóteo I de Constantinopla

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Timóteo I de Constantinopla
Nascimento Desconhecido
Morte 5 de abril de 517
Cidadania Império Bizantino
Ocupação sacerdote
Religião Cristianismo calcedônio

Timóteo I (em grego: Τιμόθεος Α; romaniz.:Timotheos I) foi um padre cristão e foi apontado como patriarca de Constantinopla pelo imperador bizantino Anastácio I Dicoro em 511[1] e um não calcedônio. Timóteo morreu em 5 de abril de 517

Carreira[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Controvérsia monofisista

Timóteo foi um padre cristão e guardião dos ornamentos da catedral de Constantinopla. Duas inovações litúrgicas são atribuídas a ele, as orações na Sexta-feira Santa na igreja da Virgem e a recitação do credo de Niceia em todos os serviços, embora esta última seja também creditada a Pedro, o Pisoeiro. Algumas pessoas o consideravam ser um homem de mau caráter e dizia-se que ele tinha adotado doutrinas não calcedônias por ambição ao invés de convicção.[1]

Patriarca de Constantinopla[editar | editar código-fonte]

Timóteo foi apontado como patriarca por Anastácio II no dia seguinte à deposição de Macedônio II. Ele enviou cartas circulares para todos os bispos, na qual ele requisitou que eles a subscrevessem, concordando com sua ascensão, e consentissem com a deposição de seu antecessor. Alguns consentiram a ambos os pedidos, outros com nenhum deles, enquanto outros subscreveram a carta, mas se recusaram a consentir com a deposição. Alguns não calcedônios, como o João Niciota, patriarca de Alexandria, cujo nome ele tinha inserido nos dípticos, primeiro o ignoraram, pois apesar de ele ter aceito o Henótico Timóteo não rejeitou o concílio de Calcedônia. Pelo mesmo motivo, Flaviano II de Antioquia e Elias de Jerusalém mantiveram contato, a princípio, com ele.[1]

Quando Severo de Antioquia se tornou o patriarca de Antioquia, Timóteo reuniu um sínodo que condenou o concílio de Calcedônia, após o que ele conseguiu se comunicar com Severo. Timóteo enviou também os decretos do sínodo para Jerusalém, onde Elias se recusou a recebê-los. Timóteo então incitou Anastácio a depô-lo.[1] Ele também convenceu o imperador a perseguir o clero, monges e leigos que ainda apoiavam Macedônio, muitos dos quais foram banidos para os oásis da Tebaida, enquanto seus emissários em Alexandria anatemizaram, a partir do púlpito, o concílio de Calcedônia. Em menos de um ano de sua ascensão, Timóteo ordenou que o Ter Sanctus deveria ser recitado com a adição de "...que foi crucificado por nós", o que provocou distúrbios em duas igrejas, onde muitos foram assassinados entre 4 e 5 de novembro, e uma terrível rebelião no dia seguinte que quase provocou a deposição do imperador Anastácio.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Timóteo I de Constantinopla
(511 - 518)
Precedido por:

Patriarcas ecumênicos de Constantinopla

Sucedido por:
Macedônio II 51.º João da Capadócia

Referências

  1. a b c d e Este artigo incorpora texto do verbete Timotheus, patriarch of Constantinople no "Dicionário de Biografias Cristãs e Literatura do final do século VI, com o relato das principais seitas e heresias" (em inglês) por Henry Wace (1911), uma publicação agora em domínio público.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]